O Brasil voltou…
Após retomada das exportações de carne in natura para os EUA, logística diferenciada pode ser decisiva e ampliar competitividade em futuros mercados.
O Brasil iniciou suas exportações de carne in natura para os EUA, 45 dias após a assinatura da reabertura do mercado, com a chegada da primeira remessa de carne produzida pela Divisão Beef da Marfrig Global Foods em solo americano, no final de setembro. A cota de exportação para aquele país é de 65 mil toneladas e segundo a ABIEC – Associação Brasileira das Indústrias Exportadoras de Carne – o potencial exportador é ainda maior: 100 mil toneladas ou mais de 420 milhões de dólares (cerca de R$ 1,4 bi). Empresa 100% brasileira, a Fermac International foi a responsável pela primeira operação logística do produto.
O avanço não para por aí. O Brasil ainda pode ter muito a ganhar com as exportações. Segundo o Dr. Francisco Jardim, Superintendente do MAPA – Ministério da Agricultura Pecuária e Abastecimento – no Estado de São Paulo, a maior conquista da abertura do mercado norte-americano é a possibilidade de o Brasil ocupar espaço na exportação de carne para o consumo de países asiáticos, como Japão e Coreia do Sul. “Se conseguimos cumprir as exigências para a entrada da carne brasileira nos EUA, poderemos chegar a este gigante mercado asiático”, prevê Dr. Jardim.
Após consolidar-se como a primeira empresa a chegar aos Estados Unidos, a Marfrig trabalha para ampliar a disponibilidade de seu produto para os consumidores estrangeiros. “A pecuária brasileira tem uma capacidade fantástica para aumentar sua produção mundial e abrir novos mercados para a carne in natura produzida aqui, na esteira da abertura do mercado norte-americano e seu efeito positivo sobre México, Canadá e outros mercados de alto valor agregado”, disse o CEO da Divisão Beef da Marfrig, Andrew Murchie.
Logística responde por 12,7% do PIB – A logística é um diferencial de competitividade importante para se atingir todos os níveis desse potencial exportador do Brasil, seja com os Estados Unidos ou com outros mercados com alto potencial de crescimento, como a Ásia. Segundo a Abag – Associação Brasileira do Agronegócio – o custo logístico no Brasil corresponde a aproximadamente 12% do PIB, o que torna essa variável bastante considerável no custo final das exportações brasileiras de carne. Já o Instituto ILOS (Instituto de Logística e Supply Chain), divulgou agora, em outubro, que este número – soma dos gastos com transporte, estoque, armazenagem e serviços administrativos – já responde por 12,7% do PIB.
Com ampla experiência no transporte e desembaraço de cargas perecíveis, a Fermac International foi a empresa responsável pelo primeiro embarque da carne in natura brasileira aos EUA. “A empresa possui total expertise quando se trata do que chamamos da cadeia do frio”, assegura Marco Aurélio Soares, diretor comercial da Fermac International. Ele que acompanhou de perto todas as operações do embarque da primeira remessa produzida pela Marfrig, realizado em setembro, no Aeroporto de Guarulhos (SP).
“Considero o fluxo de informações como o principal fator para tornar a logística da ‘cadeia do frio’ eficiente. O monitoramento deve ser 24 horas por dia, sete dias na semana. Qualquer ruído no caminho necessita a intervenção do operador logístico para o sucesso da operação”, conclui Marco Aurélio Soares.