Para manter crescimento de 40% em 2024, empresa do setor automotivo tem itens fabricados na China que representam 15% das vendas no Brasil

Há onze anos no Brasil a AutoZone vem crescendo ao ritmo de 30% a 40% ao ano, principalmente depois da pandemia, na esteira da disparada na venda de veículos usados e seminovos e por causa da maior demanda pela manutenção dos carros. E está investindo US$ 5 milhões na aquisição de terreno em Paulínia, SP, para a construção de um novo centro de distribuição, já em obras, que exigirão aporte equivalente a duas ou três vezes este valor ao longo de 2024. A perspectiva é que seja inaugurado até dezembro.

Foi o que contou à Agência AutoData o presidente da AutoZone no Brasil, Maurício Braz. Se no princípio havia apenas oito lojas, durante os seis anos iniciais no País, que foram espécie de laboratório para entender como o mercado e o consumidor brasileiro funcionam, em 2017 o crescimento foi acelerado e, hoje são 107 revendas de autopeças e acessórios em sete estados. Até o fim do ano a proposta é alcançar 150 unidades nessas mesmas regiões, que abrangem São Paulo, Minas Gerais, Rio de Janeiro, Paraná, Santa Catarina, Rio Grande do Sul e Goiás, a fim de fortalecer sua presença.

“Percebemos, na pandemia, que o Brasil detém mercado muito resiliente. Até porque operamos com itens de necessidade, uma vez que os carros precisavam continuar rodando.”

Segundo ele, passado este período, o negócio continuou a se expandir em um perfil semelhante, com menos itens na cesta e mais focado em produtos de entrada, e a oferta foi adequada a essa procura. Tanto que a rede possui o propósito de constantemente diversificar o portfólio, assegurou o executivo, com opções de produtos que equilibram menor tempo de garantia para chegar a um preço menor, por exemplo, além de itens de qualidade superior, equivalente à das OEMs, e da linha premium:

China – “Estamos sempre abertos para experimentar novos produtos. Inclusive temos itens de marcas próprias da AutoZone fabricadas na China, que representam em torno de 15% das vendas”.

Neste cenário a empresa vê com otimismo moderado as perspectivas de retomada da economia, redução de juros e maior acesso ao crédito. E a aposta do retorno financeiro se dá mais sobre o crescimento da rede e a maior penetração no mercado do que, de fato, no avanço econômico: “Como nosso crescimento é orgânico seguimos projetando o crescimento de dois dígitos de 30% a 40%, pelo menos”.