Produção de caminhões até agosto é a melhor desde 2013 e exportação cresce mais de 90%

A produção de caminhões em agosto atingiu 15 mil unidades, o maior número mensal desde fevereiro de 2014. No total dos oito meses, as fábricas instaladas no País já produziram 104,5 mil caminhões. O número indica alta de 114,8% sobre iguais meses do ano passado e é o melhor acumulado para o período desde 2013.

Os dados foram divulgados na quarta-feira, 8, pela Anfavea, associação que reúne os fabricantes do setor. Embora não informe quantas unidades, a Anfavea admite que o volume produzido seria maior se não houvesse escassez de semicondutores, o que ainda vai atingir a indústria automobilística por alguns meses.

“A maneira como afeta a produção de veículos pesados é diferente da de automóveis, mas sem dúvida também impacta. O problema tende a ser menor em caminhões leves e médios, que têm menor quantidade desses componentes”, afirma o vice-presidente da Anfavea, Gustavo Bonini.

Em tempo, caminhões leves têm Peso Bruto Total (PBT) de 6 a 10 toneladas e os médios, de 10 a 15 toneladas. De janeiro a agosto a indústria montou 51,4 mil caminhões pesados (com Capacidade Máxima de Tração, CMT, acima de 45 toneladas), resultando em alta de 114,3% sobre iguais meses do ano passado.

O menor crescimento no acumulado da produção (108,3%) ocorreu para os semipesados (com CMT abaixo de 45 toneladas), mas estes detêm o segundo maior volume, com 29,8 mil unidades montadas em oito meses. A demanda aquecida pelo mercado interno vem puxando a produção de todos os segmentos.

“O transporte de grãos, a cana-de-açúcar e os setores de carga geral e mineração movimentam os negócios”, recorda Bonini, que admite estoques baixos nas fábricas e concessionárias, assim como vem ocorrendo com automóveis.

Exportação cresce mais de 90% – Em agosto as associadas enviaram para o mercado externo 2,1 mil caminhões, indicando alta de 9,8% sobre julho. E desde janeiro foram embarcadas 14,7 mil unidades, mais que o dobro realizado nos mesmos oito meses do ano passado. Assim como no mercado interno, os pesados respondem pelo maior volume exportado, 7,1 mil unidades e alta de 93,8% pela comparação interanual.

Os semipesados cresceram mais, 114,9%, com 4,2 mil caminhões entregues ao mercado externo. Todos os segmentos registraram alta na comparação com o acumulado de 2020, assim como na produção e vendas internas.

Com informações: https://www.automotivebusiness.com.br