Transporte marítimo de cargas fracionadas volta com força total

Modal prevê novo ritmo de expansão após setor aquaviário nacional registrar alta de 8,3% em 2017; expectativa é de novo crescimento em 2018, de ao menos 4%

Após registrar crescimento de 8,3% em 2017, atingindo uma movimentação de 1,086 bilhão de toneladas, o transporte aquaviário de cargas deve manter o desempenho positivo em 2018. Segundo estimativa da Agência Nacional de Transportes Aquaviários (ANTAQ), uma nova alta é esperada no volume transportado este ano, de ao menos 4%. De acordo com a entidade, as exportações são as principais responsáveis pelo bom momento do setor.

Dados do Ministério da Indústria, Comércio Exterior e Serviços (MDIC) reforçam o cenário favorável a este mercado. Apenas no primeiro trimestre deste ano, a balança comercial brasileira alcançou um superávit de US$ 13,953 bilhões. No acumulado do período, as exportações responderam por US$ 54,370 bilhões, enquanto as importações somaram US$ 40,417 bilhões.

Uma das modalidades no transporte marítimo que voltou a crescer é a que atende movimentações de cargas fracionadas em contêineres (LCL – Less Container Load, em sua sigla em inglês). Por meio deste serviço, pequenas, médias e grandes empresas podem movimentar produtos e mercadorias mesmo em pequenas quantidades, sem a necessidade de preencher um contêiner por completo. Dessa forma, mais de uma empresa pode realizar o embarque de suas cargas dentro de um mesmo contêiner.

Especialista no setor, o Grupo Panalpina é um dos maiores provedores de soluções logísticas em transporte marítimo de cargas fracionadas do mundo, com mais de 500 serviços globais. Segundo a gerente de LCL da Panalpina Brasil, Raquel Cunha, um dos principais mercados da companhia é o brasileiro. “São cerca de 160 serviços próprios de/para o Brasil somente neste segmento, sem intermediários. Atualmente, realizamos embarques semanais, com saída do Porto de Santos, em São Paulo, para diferentes destinos”, afirma.

Um deles é o que conecta o Brasil à segunda maior cidade da Colômbia, Medellín, serviço exclusivo da Panalpina Brasil. “Com saídas às sextas-feiras, os contêineres desembarcam no Porto de Cartagena, de onde partem, sem haver a desconsolidação da carga, direto para o destino final, Medellín. O transit time total da operação é de vinte e quatro dias”, acrescenta.

A Panalpina oferece também a opção de armazenagem para seus clientes: na origem, através de seu armazém parceiro no Porto de Santos; e no destino, por meio de seu armazém alfandegado próprio em Medellín (são 8 mil metros quadrados à disposição de seus clientes). “Atuamos nesta rota desde março de 2016 e já são mais de dois anos de operações bem sucedidas. Nosso maior objetivo agora é expandir nossas rotas europeias”, conclui a executiva.