Duas empresas anunciam investimentos e inauguração em Sorocaba

O Governador de São Paulo, João Doria, o presidente mundial da JCB, Lord Bamford e o CEO, Graeme Macdonald, anunciaram hoje, na sede da empresa em Rocester, cidade próxima a Londres, investimentos de $25 milhões (cerca de R$ 100 milhões) para a ampliação da produção da fábrica localizada em Sorocaba, interior de São Paulo. A expectativa é de que 100 novos empregos sejam criados.

“O Brasil é um importante mercado para nós e que está em ampla extensão e nos possibilita reforçar todo nosso investimento para aumentar nossa atuação, tanto no Brasil como nos países vizinhos da América do Sul. Estamos muitos animados com o que vem pela frente”, afirmou o o CEO da empresa, Graeme Macdonald.

“A reunião foi muito produtiva. A JCB é uma gigante mundial de equipamentos para a construção e vai investir em São Paulo e no Brasil. Esta ação é muito importante para o aquecimento da economia e para a geração de empregos, o que é o mais importante na nossa visão”, destacou o Governador João Doria.

O Governador João Doria está em Londres desde o último dia 7 de julho para uma missão de 5 dias. Até o dia 11, cumpre extensa agenda em busca de investimentos e cooperação nas áreas de Infraestrutura, Transportes, Saúde, Educação e Segurança Pública.

Em 2001, a JCB abriu sua primeira fábrica de retroescavadeiras na cidade de Sorocaba, no estado de São Paulo. Já em 2012 uma nova fábrica é inaugurada também em Sorocaba e esta passa a ser uma das mais modernas do mundo em termos de máquinas amarelas. A nova planta é responsável pela produção de retroescavadeiras, escavadeiras hidráulicas, pás carregadeiras, Loadall e rolo compactadores, além de contar com um amplo armazém de peças e suporte pós-vendas para a rede de distribuidores. A fábrica em Sorocaba ainda tem uma das mais avançadas câmaras de pintura termo-eletrostática a pó do mundo.

 

Prysmian inaugura – Já o Grupo Prysmian inaugurou oficialmente em Sorocaba, quarta-feira (10), sua nova sede na América Latina. A unidade da empresa no bairro Éden recebeu investimentos de R$ 130 milhões na ampliação e modernização da produção de cabos; um novo edifício que abrigará o corpo administrativo nacional e latino-americano; além de um Centro de Excelência, que deve inaugurar até o final do ano um laboratório em que serão realizadas pesquisas e desenvolvimento em energia e telecomunicações.

A unidade de produção no bairro Boa Vista também recebeu melhorias, totalizando assim R$ 150 milhões em investimentos na cidade. O projeto de ampliação gerou 250 empregos diretos em Sorocaba desde 2017. O acréscimo em área construída na unidade do Éden chega a 23 mil metros quadrados, segundo a empresa. O grupo possui aproximadamente 900 funcionários na cidade, entre fábrica e escritório.

De acordo com o diretor da Prysmian no Brasil, João Carro Aderaldo, o País é o mercado mais importante para empresa na América Latina e Sorocaba tem localização estratégica. “Sorocaba é uma cidade que está nesse triângulo que a gente chama de desenvolvimento, com São Paulo e Campinas.” Ele destaca a relevância da cidade no mercado de fibras ópticas e destacou o Centro de Excelência que a unidade passa a abrigar. “Nós temos aqui engenheiros da América Latina inteira, aproximadamente 48 pessoas, e temos um laboratório que está em construção e nos ajudará na pesquisa se cabos, compostos e uma série de outras partes que fazem parte dos cabos”, conta.

A Prysmian desenvolve cabos para energia, telecomunicações, infraestrutura e construção, mobilidade e transportes, indústrias e ofertas eletrônicas. “O mercado de energia segue crescendo no Brasil. A gente tem bons volumes e bons resultados nesse segmento, tanto na geração quanto transmissão, e a gente acredita que nos próximos anos siga essa tendência”, avalia.

Participando da inauguração, o CEO global da Prysmian, Valerio Battista, e o CEO da América Latina, Juan Mogollon, ressaltaram a longevidade da empresa (que fez 90 anos em 2019) em meio a turbulências econômicas e políticas. Eles colocaram como exemplo a Argentina, cuja crise espanta empresas competidoras, mas onde pretendem continuar. Para os executivos, é preciso sobreviver à “tempestade”. Ecoando essa filosofia, reforçaram o compromisso com o investimento no Brasil, apontando que o mercado deve demandar novas tecnologias e gerar oportunidades no futuro.

O grupo possui 112 plantas distribuídas em mais de 50 países. Na América Latina são 4.100 funcionários em 13 plantas e oito países. No Brasil, são 1.500, em sete plantas, de cinco Estados. Em 2018, o faturamento da empresa no País atingiu R$ 1,9 bilhão.