Porto de Santos bate novos recordes em abril e passa a contar com três novos arrendatários

O mês de abril registrou a maior movimentação mensal de cargas da história do Porto de Santos. Foram 13,4 milhões de toneladas de carga movimentadas, número que supera em 5% o recorde anterior (12,8 milhões de toneladas, em outubro de 2019) e em 26,8% o registrado no mesmo mês do ano passado (10,6 milhões de toneladas). No acumulado do exercício, a movimentação chegou a 45 milhões de toneladas, avanço de 9,8% na base anual e de 5,5% sobre o recorde registrado anteriormente (42,7 milhões de toneladas, em 2018). Os números foram compilados pela Gerência de Tarifas e Estatísticas da Santos Port Authority (SPA).

A operação de contêineres, onde são embarcadas as cargas de maior valor agregado, também cresceu, a despeito do período de retração econômica. Em abril, apresentou alta de 8,6%, para 358,6 mil TEU (unidade padrão de contêiner de 20 pés). No acumulado do ano, o crescimento foi de 13,6% sobre janeiro-abril de 2019, para 1,5 milhão de TEU.

“Os números revelam que o Porto de Santos ainda não foi afetado pela crise, mas a tendência é que esse cenário mude e os próximos meses acusem os efeitos da covid-19 em alguns fluxos de carga. De toda forma, os bons resultados nestes primeiros meses tendem a compensar desempenhos menos positivos até o fim do ano”, afirma o presidente da SPA, Fernando Biral.

 

Novos arrendatários – O Porto de Santos tem novos arrendatários, que vão atuar de forma temporária. Brasil Terminal Portuário (BTP), Santos Brasil e Set Port vão explorar três áreas no cais do Saboó. Isto renderá cerca de R$ 1,2 milhão, por mês, aos cofres da Autoridade Portuária de Santos, novo nome da Companhia Docas do Estado de São Paulo, a Codesp.

Os contratos foram assinados nesta semana. Eles integram o processo seletivo simplificado, aberto para ocupar áreas no Saboó. Os terrenos são considerados nobres e estão sem uso desde que foram devolvidos pelos antigos arrendatários, o Terminal Marítimo do Valongo e a Rodrimar.

As três empresas poderão explorar as áreas por 180 dias ou até que se concluam os respectivos processos licitatórios para arrendamentos de longo prazo. Segundo a Autoridade Portuária, os cerca de R$ 1,2 milhão mensais pagos pela utilização das áreas poderão representar até R$ 7,2 milhões no período.

Para o diretor de Desenvolvimento de Negócios e Regulação da Autoridade Portuária, Bruno Stupello, em um momento desafiador da economia, é fundamental manter a produtividade. “A concessão transitória de áreas no cais do Saboó soma-se aos leilões de dois novos terminais de celulose marcados para agosto e às consultas públicas em andamento para arrendamento de dois novos terminais para líquidos, um deles, o maior a ir a leilão no País”.