Revolução digital do Supply Chain

Artigo Por *Orlando Fontes Lima Júnior e *Daniel Zurron

Quem não sonharia em ter à sua vista, ou no máximo a alguns poucos cliques de distância, a visão geral da sua cadeia de fornecimento em tempo real? Best Weight Lifting Shoes tem pensado nisso há muito tempo. E, além disso, saber que pode contar com soluções que são capazes de realizar ajustes automáticos, gerar alertas já propondo alternativas e uma base de dados abrangente e confiável para explorar alternativas de otimização, fazer concorrências e seleção de provedores de serviço mais assertivas. Certamente pouparia, além de altíssimos custos extras, muitas dores de cabeça e horas e mais horas tentando apagar os desvios que poderiam ser mitigados e explicando para superiores, parceiros e clientes o que está ocorrendo e sendo feito.

Pois saiba que isso é perfeitamente possível, cada vez mais acessível e, para não dizer, mandatório em um cenário onde os níveis de complexidade e volatilidade das cadeias de suprimento nunca foi tão grande e crescente e, por consequência, o desafio de geri-las considerando as variáveis principais de custo e nível de serviço. Felizmente há uma miríade de soluções integradas que estão cada vez mais disponíveis, seja do ponto de vista técnico ou financeiro. Basta ter muito claro o que se quer e o que faz sentido para sua organização. E justamente nesse ponto que pretendemos suportá-lo a entender as principais variáveis envolvidas e as perguntas a serem respondidas e entendidas antes de qualquer tomada de decisão.

Portanto conhecer bem as variáveis e riscos inerentes à própria rede logística e saber coordená-los e antecipá-los de forma eficiente, tanto no âmbito operacional quanto estratégico, é absolutamente primordial. Estamos tratando aqui da próxima onda relacionada a consolidação, orquestração e otimização de cadeias logísticas de ponta a ponta, possíveis com os serviços digitais disponíveis nas áreas de rastreamento, gestão de risco, segurança de dados, integração de redes de informação e sistemas (ERP, TMS, WMS), ciência de dados, inteligência artificial, IoT, dentre outras.

Nesse contexto muitas empresas vislumbraram o enorme potencial e está em franca expansão a utilização de torres de controle de cadeias de suprimento, ou como mais conhecida, Supply Chain Control Tower (que iremos chamar daqui em diante como SCCT).

Evolução de uma cadeia de suprimento em direção à digitalização
Deloitte. The Supply Chain Control Tower | Fixing age-old issues with modern tools and techniques. 2009. Pág. 2

 

Em um cenário de constante fragmentação da cadeia logística, nenhuma empresa gerencia mais do que apenas uma fração da sua cadeia, o que, nos conceitos tradicionais, só permitem otimizações pontuais. E sistemas tradicionais não foram desenhados para enxergar muito além dos muros e cercas das fábricas e dos CDs..

Ou seja, a origem dos problemas reside na falta de visibilidade de toda a cadeia, que é justamente o cenário em que a SCCT se apresenta fornecendo a transparência necessária para otimizações reais que envolvam orquestração de vários ou mesmo todos os intervenientes em tempo real. Uma SCCT fornece as soluções que proverão a visibilidade necessária. E uma “Intelligent SCCT” integrará adicionalmente funcionalidades de tomada de decisão em tempo real, baseadas em soluções de IA, análise preditiva e outras que suportarão no gerenciamento e orquestração em tempo real de toda a cadeia de suprimento levando-se em conta fatores críticos como otimização de custos e mitigação de riscos com base nos níveis de serviço desejados.

Em geral as empresas que queiram lidar com tantas variáveis necessitavam de verdadeiros batalhões de pessoas fazendo controle e seguimento de desvios, utilizando-se de vários sistemas em paralelo. Uma SSCT conta com softwares especialistas, processos muito bem definidos e times treinados. Com o auxílio de uma plataforma colaborativa realmente integrada, a gestão pode ser feita com o mínimo de intervenção e somente para os casos em que não se tenha um nível de confiança mínimo para utilizar as funcionalidades de correção automática ou que os riscos são de tal porte que está fora da alçada do sistema autônomo.

A implementação de uma SSCT é o norte a ser seguido. A partir de uma proposta de diagnóstico e alinhamentos técnicos e estratégicos sugeridos nesse artigo, esperamos que empresas que ainda não deram esse passo ou que estejam em níveis mais básicos de maturidade, tenham segurança em como darem início ou seguimento nesta jornada.

O caminho certamente será longo e árduo já que interfere no cerne das operações de boa parte das empresas, dá visibilidade e autoridade à área de SCCT em detrimento de outras mais tradicionais e em o poder de inclusive derrubar conceitos e teses até então amplamente aceitas. E mudanças geram na maioria das vezes atritos em função de questões técnicas e políticas.

FONTE: Blog http://www.fonteslima.org/

*DANIEL ZURRON
Gerente de Logística Integrada na Kuehne + Nagel

*ORLANDO FONTES LIMA JÚNIOR
Professor Titular da UNICAMP
Coordenador do LALT (Laboratório de
Aprendizagem em Logística e Transportes)