“Semana do Canal Vermelho” impactou principais centros cargueiros do País e será encerrada neste sábado(7). Movimento da RF, porém, continua.

Paralisações geram atrasos de até uma semana no Porto de Santos(FOTO). Já Guarulhos teve carga também parametrizada no canal verde na semana.

Com a finalidade de intensificar ao máximo a atuação do movimento na luta pelos interesses da Classe dos Auditores Fiscais da Receita Federal do Brasil, iniciou no período de 1º a 7 de abril a operação batizada pela categoria de “Semana do Canal Vermelho”. Segundo o site do SINDIFISCO Nacional (Sindicato Nacional dos Auditores-Fiscais da Receita Federal do Brasil) o movimento ocorre pela regulamentação da lei 13.464/17 e contra a fragilização da Aduana.

A paralisação dos auditores fiscais e dos trabalhadores avulsos no Porto de Santos, no litoral de São Paulo, tem gerado prejuízos e atrasos de até uma semana na liberação de cargas. Segundo os sindicatos das categorias, as greves não têm previsão de término e a dos auditores da RF deve ser fortalecida até sábado (7).

De acordo com o Sindicato dos Despachantes Aduaneiros de Santos e Região (SDAS), Níveo Peres dos Santos, o movimento dos auditores causa atraso de sete a oito dias na liberação de cargas no Porto de Santos. “Todas as mercadorias que exigem conferência física, que precisam que os auditores analisem essa mercadoria, estão atrasadas. Uma carga que poderia ser liberada em 24h, até no máximo 48h, está demorando de sete a oito dias para liberação”, explica.

Cada dia de paralisação na Alfândega de Santos ocasiona um atraso de R$ 100 milhões no recolhimento de impostos federais e um acúmulo de 2.000 a 3.000 contêineres para liberação de cargas ao país.

De acordo com o SINDASP – Sindicato dos Despachantes Aduaneiros de São Paulo – categoria responsável por 97% do comércio exterior brasileiro e que trabalha na ponta da linha dos processos nos dois principais aeroportos cargueiros do Brasil – o que de fato ocorreu foi a intensificação da greve e maior critério no atendimento. Segundo ainda o Presidente do SINDASP, Marcos Farneze, “não foi prevista a conferência física de mercadorias, nem o atendimento aos Despachantes Aduaneiros ao longo da semana, fato que deixou o comércio exterior brasileiro em sinal de alerta”, ressaltou Farneze. Ao contrário do que foi divulgado pelo movimento grevista (que todas as cargas seguiriam para o canal vermelho), o SINDASP identificou que Declarações registradas na semana, tiveram parte parametrizada em canal verde no Aeroporto de Guarulhos(SP), maior centro cargueiro do Brasil.

Com informações: G1 e Foto de Fabio Melo Santos