Anfavea atualiza previsões de crescimento para setor automotivo em 2024, passando de 4,7% para 6,2%
A Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea) revisou, nesta quarta-feira, 10, as projeções para o desempenho da indústria automotiva neste ano. Os volumes permanecem consistentes com as estimativas apresentadas no mês anterior, quando a entidade divulgou pela primeira vez suas previsões. Contudo, as variações foram ajustadas com a inclusão dos resultados de dezembro.
A expectativa de crescimento na produção, que no mês passado ficou aquém do esperado, foi elevada de 4,7% para 6,2%.
No que diz respeito às vendas, que surpreenderam em dezembro com a forte demanda das locadoras, houve uma leve revisão para baixo na previsão de crescimento em 2024, de 7% para 6,1%.
As projeções para as exportações também foram reduzidas após os dados finais de 2023. Os 407 mil veículos previstos para este ano agora representam um modesto aumento de 0,7%, em vez dos anteriores 2%, como previsto pela Anfavea há um mês.
Diminuição de 90 mil carros no mercado argentino impacta números – A entidade leva em consideração uma diminuição de 90 mil carros no mercado argentino, normalmente o principal destino dos veículos exportados pelo Brasil, embora no ano passado tenha ficado atrás do México.
Além disso, as previsões da Anfavea para 2024 incluem uma expectativa de crescimento de 51% nas compras de carros eletrificados. Se confirmado, 142 mil veículos, ou 6,2% do mercado, serão híbridos ou totalmente elétricos.
Márcio de Lima Leite, presidente da Anfavea, destaca que a transição tecnológica dos automóveis está ocorrendo com rapidez e deve continuar, mesmo com a gradual retomada da taxação das importações de carros híbridos e elétricos a partir deste mês. “Mesmo com a recomposição parcial da alíquota de importação, ainda é um mercado que desperta o interesse do consumidor”, afirmou Leite.
Ele ressaltou ainda que mais marcas têm planos de lançar carros eletrificados este ano. Adicionalmente, a Great Wall Motor (GWM), empresa chinesa, pretende iniciar a produção de carros com essa nova tecnologia em maio, na fábrica adquirida da Mercedes-Benz em Iracemápolis, no interior de São Paulo.
Fonte: O Liberal