Após carga aérea, nova avaliação projeta agora números expressivos para a carga marítima em 2017 no Brasil
Termômetro de carga marítima no Brasil, maior porto da América Latina, Santos bate novos recordes operacionais e amplia projeção para 2017
Após Viracopos atingir números expressivos da carga aérea, comparados aos movimentos antes da crise econômica, agora a Porto de Santos voltou a bater recordes operacionais, atingindo a marca de 11,368 milhões de toneladas movimentadas no período e 109,052 milhões de toneladas no acumulado do ano. Foram, respectivamente, os melhores resultados para um mês de outubro e para os dez primeiros meses do ano.
Esses números integram o balanço operacional do Porto em outubro, elaborado por técnicos da Companhia Docas do Estado de São Paulo (Codesp, a Autoridade Portuária) e divulgado nesta última semana de outubro.
Segundo o levantamento, o total mensal foi 11,6% maior do o obtido no ano passado e 9,1% a mais do que o registrado em outubro de 2015 (até então, a melhor marca para esse período). O acumulado representou uma alta de 0,5% sobre a melhor performance até então, também obtida há dois anos e 24,3% além do que o contabilizado em 2016.
Com esses resultados, os técnicos da Docas projetam um novo recorde anual. Até o mês passado, havia a expectativa de fechar 2017 com 123,5 milhões de toneladas. Agora, a previsão é atingir 126,8 milhões de toneladas, ultrapassando em 5,8% o maior total anual, obtido em 2015, e em 11,5% o total de 2016. Será um novo recorde anual de movimentação de cargas no Porto.
O desempenho das operações do cais santista foi motivado, principalmente, pelo aumento de 35,2% das exportações, mostram os números da Autoridade Portuária. E essa alta é resultado do crescimento de 190,1% nos embarques de milho, que atingiu a marca de carga mais operada em outubro, com 2,193 milhões de toneladas carregadas.
No ano, o cereal acumulou alta de 49,9%, chegando a 10,632 milhões de tonelada.
Também se destaca o aumento de 66,3% do complexo soja (grão e farelo), que chegou a 448,535 mil toneladas no mês e de 13,3% até outubro, atingindo 20,680 milhões de toneladas, item de maior movimentação no complexo marítimo.
Apesar do ligeiro crescimento de 2,3% apresentado no mês passado, as importações acumularam alta de 12% no ano, impulsionada pelo aumento de 20,5% dos adubos, carga de maior participação nesse fluxo, com o total de 3,240 milhões de toneladas, e de 40,4% de óleo diesel/gasóleo, com 2,135 milhões de toneladas.