Após fusão com a Boeing, Embraer aposta pesado no cargueiro KC-390 no Paris Air Show

As incertezas sobre o futuro da Embraer após a compra de 80% da área comercial pela Boeing não são poucas. A transação deve se concretizar até o fim do ano. Num contexto de desconfiança em relação à fabricante americana e guerra comercial entre Estados Unidos e China, a empresa brasileira focou a sua participação no Paris Air Show, o maior salão aeronáutico do mundo, nos seus carros-chefes de defesa e jatos comerciais de médio porte, além de jatinhos.

A feira é a primeira participação da Embraer em um evento internacional depois da transação com a Boeing. Além disso, o salão também é um marco importante nos festejos dos 50 anos da fabricante.

Para comemorar, a indústria brasileira levou ao Bourget o cargueiro KC-390, a maior aeronave já fabricada no Brasil. O primeiro de uma série de 28 aviões encomendados pela FAB deve ser oficialmente entregue ao retornar ao país, nas próximas semanas, numa compra estimada em R$ 7,2 bilhões. Trata-se da aeronave mais tecnológica já elaborada pela marca.

“A produção está em dia. Na linha de montagem, já temos até o FAB número 7, em diferentes estágios”, explica Valter Pinto Junior, vice-presidente dos programas de Defesa e Segurança da Embraer. “Nesse ano, teremos mais uma para ser entregue além dessa, e o contrato são 28 aeronaves até 2026. A forma e a cadência que iremos entregar por ano é uma informação confidencial do governo brasileiro, que envolve questões estratégicas de como ele está se emparelhando.”

Os KC-390 poderão transportar cargas e veículos militares, como um tanque médio, levar até 80 soldados ou 66 paraquedistas, realizar operações humanitárias ou de salvamento, além de poder abastecer caças no ar. O setor representa um filão apetitoso para a fabricante: aos poucos, os 2,5 mil antigos C-130 Hercules da FAB serão substituídos por novos cargueiros. Com a vitrine do salão de Paris, a Embraer espera emplacar novos contratos mundo afora, embora tenha preferido manter sigilo sobre potencias compradores.

“O produto levantou a barra e trouxe um novo patamar para a indústria, não só para a Força Aérea Brasileira (FAB), mas também para todo o mercado. É um produto que trouxe tecnologias que, para essa categoria, você não encontra”, argumenta Pinto Junior. “As últimas aeronaves que foram desenvolvidas para a categoria de transporte médio militar são plataformas antigas.”

Turbulências na Boeing

O novo jato executivo Praetor 600 e jato comercial E195-E2 são as outras duas apostas de contratos da Embraer no salão, marcado por fortes pressões sobre a Boeing, que não perdeu oportunidades de se desculpar pelas duas recentes catástrofes envolvendo seus 737 MAX. A companhia americana enfrenta turbulências pela suspensão do modelo em vários países, inclusive nos Estados Unidos. A guerra comercial entre os americanos e os chineses não colabora para melhorar a situação – a China é o maior mercado de jatos comerciais da Embraer.

A área de defesa não foi incluída na joint venture com a Boeing, à exceção justamente do KC-390. A fabricante brasileira espera que, apesar da atual crise de confiança na marca americana, a influência e a tradição da Boeing poderão ajudá-la a conquistar novos clientes em países onde a construtora de São José dos Campos é menos conhecida.

“As discussões continuam em andamento e a transação ainda não aconteceu. Ela está na fase de planejamento, sujeita à aprovação de órgãos reguladores e esperamos que acontecerá no final do ano. Até lá, não existe nenhum trabalho em conjunto das duas empresas”, ressalta Pinto Junior.

O Paris Air Show se encerra domingo (23).

Com informações da Agência Brasil

Exportações são as maiores do Aeroporto de Viracopos nos últimos seis meses

O Aeroporto Internacional de Viracopos, em Campinas (SP), registrou alta de 12% no saldo de cargas movimentadas, em relação ao mesmo período do ano anterior, embora as importações tenham sido reduzidas diante das oscilações no preço do dólar americano, que alcançou teto de até R$ 4,10.

O levantamento da concessionária ABV (Aeroportos Brasil Viracopos), responsável pela gestão do terminal, indica que, a alta (principalmente na movimentação de passageiros) sinaliza a reação do aeroporto após passar pela crise mais expressiva desde o início da concessão. Viracopos está em recuperação judicial e a venda de ações está em avaliação.

A movimentação de cargas em maio, incluindo as operações domésticas e internacionais (exportações e importações), no comparativo com 2018, representa crescimento de 12%, de acordo com os dados da concessionária. Ao todo, aproximadamente 19,7 mil toneladas passaram pelo terminal do aeroporto, enquanto que no mesmo período do ano anterior foram 17,6 mil.

O acumulado desde janeiro representa crescimento de 3,2% – passou de 89,9 mil para 92,9 mil. O total somado nas operações doméstica subiu 920% – foi de 1,5 mil para 15,4 mil toneladas.

 

Cargas domésticas: 15,4 mil toneladas

Cargas internacionais: 77,4 mil toneladas

Soma: 92,9 mil toneladas

Cargas domésticas: 1,5 mil toneladas

Cargas internacionais: 88,4 mil toneladas

Soma: 89,9 mil toneladas

 

O fluxo de exportações, responsável por 6,1 mil toneladas, é o maior em seis meses. Antes disso, o melhor resultado ocorreu em novembro de 2018, quando foram contabilizadas 6,7 mil toneladas.

As importações representaram 10 mil toneladas e o resultado refletiu as oscilações do dólar americano, que alcançou maior valor em 20 de maio, quando a cotação terminou em R$ 4,10. No comparativo com abril (10,3 mil toneladas), a baixa foi de 2,9%; enquanto que em relação ao total registrado no mesmo mês de 2018 (11,6 mil toneladas) a variação negativa foi de 11,1%.

Com informações G1

Indústria de alta tecnologia será instalada em Itupeva, no interior de São Paulo

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Exportações por Aeroportos e Porto de Santos, no Estado, são decisivos para decisão na escolha do Município

“Uma grande notícia para Itupeva”. Assim o prefeito Marcão Marchi, na companhia do vice-prefeito, Alexandre Ribeiro Mustafa e o secretário de Indústria, Comércio e Desenvolvimento Econômico, Sami Mansour, considerou a visita do administrador da empresa Meta (que atua no segmento de rastreabilidade), Antonio Rebouças e do presidente do Fórum Nacional Contra a Pirataria e a Ilegalidade, Edson Luiz Vismona.

O encontro realizado nesta semana, no Paço Municipal, tratou entre outros assuntos sobre a implantação de uma nova indústria na cidade.

De acordo com Rebouças, a intenção da Meta é situar uma nova indústria no estado de São Paulo. “E a cidade de Itupeva foi escolhida, devido a sua localização estratégica, próxima de aeroportos internacionais e do Porto de Santos. A nossa pretensão é instalar uma empresa que atenda o mercado de São Paulo e também internacional, por meio da exportação”, destaca.

O empreendedor afirma que, além de gerar empregos, o propósito é ativar a economia local, protegendo a atividade legal, estabelecida na região. “Ou seja, nós temos soluções que ajudam as empresas que estão legalmente estabelecidas, a proteger seus produtos de falsificação, contrabando e atividades de desvio, como: roubo de carga, por exemplo”, diz.

Na prática, segundo Rebouças, a Meta – que está há 32 anos no mercado – é responsável pelo processo de marcação, através de componentes químicos inseridos nos produtos. “São nanopartículas que dão o DNA daquele produto. Ou seja, se o mesmo for falsificado, o material não possui o DNA em questão”, explica.

Nesta tratativa com Marcão Marchi, o empreendedor detalha que a Meta deseja implantar a empresa na cidade imediatamente. “Por isso, nosso foco é fazer uma locação para iniciar os serviços, por meio de pequenas produções e, acreditamos que em janeiro de 2020 estaremos em franca produção e exportando, tendo em vista que contamos com representantes na Argentina, Chile, México e estamos nomeando também na Colômbia”, confirma.

Presente na reunião, o presidente do Fórum Nacional Contra a Pirataria e a Ilegalidade, Edson Luiz Vismona, foi o responsável por sugerir a Antonio Rebouças, a cidade de Itupeva como um possível local para implantação da nova indústria da empresa Meta.

“Sendo que a Meta é uma empresa muito interessante, pois desenvolve uma mistura de Software com produto, permitindo uma intensa mão-de-obra qualificada e um produto de altíssima tecnologia e inovação mundial”, resume.

Em contrapartida, a Prefeitura de Itupeva, por meio da Secretaria de Indústria, Comércio e Desenvolvimento Econômico terá a incumbência de auxiliar a empresa Meta, a fim de encontrar um espaço para implantação da nova indústria.

Por sua vez, Marcão Marchi demonstrou muita satisfação pela escolha do município. “Além disso, já estamos vislumbrando o quanto a Meta agregará para Itupeva em questões de investimentos, geração de emprego e renda e atrativo para outras empresas”, afirma.

O vice-prefeito e secretário de Governo, Alexandre Ribeiro Mustafa, também mencionou que a gestão Marcão Marchi tem atuado incessantemente na geração de emprego e renda e também na alta tecnologia. “A escolha de Itupeva gera uma enorme alegria e somos gratos por isso, colocando a nossa Secretaria de Indústria, Comércio e Desenvolvimento Econômico à disposição do Antonio Rebouças e também do Edson Luiz Vismona”, detalha.

Por fim, o secretário Sami Mansour celebrou a notícia para o município. “É uma grande satisfação receber uma empresa de nanotecnologia em Itupeva, tendo em vista que a mesma vai revolucionar diversos setores, como a saúde, indústria e segurança. Ou seja, contar com uma empresa deste porte irá contribuir para o crescimento da cidade e atrair novos investimentos”, finaliza.

Grupo Libra aprova plano de recuperação judicial

O grupo Libra, empresa de logística e terminais portuários, aprovou seu plano de recuperação judicial na assembleia de credores realizada nesta sexta-feira (14).

O pedido foi protocolado há quase um ano, no fim de julho de 2018. A dívida financeira da companhia é de aproximadamente R$ 1,8 bilhão, com os bancos Itaú Unibanco, Santander, Bradesco, Banco do Brasil, além de debenturistas.

Os créditos referentes à Libra Santos ficaram de fora da recuperação judicial.

Agora, uma das principais missões do grupo será vender sua divisão fluminense, a Rio Terminais Libra. O valor da operação deverá ser usado para abater boa parte da dívida.

Oferta de grupo filipino – O grupo, inclusive, já recebeu uma proposta de aquisição da sua divisão portuária no Rio de Janeiro de um grupo filipino, o International Container Terminal Services (ICTSI). O envelope com a oferta foi entregue durante a assembleia de credores realizada hoje. 

Ainda não se conhece o valor da oferta, que não foi aberta, mas sabe-se que a proposta é de um pagamento à vista, de ao menos R$ 665 milhões — valor mínimo exigido no plano.

Nas próximas três semanas deverá ser publicado o edital de concorrência para a venda de Libra Rio, e outros grupos terão a oportunidade de apresentar propostas. Há ao menos outras quatro empresas avaliando o negócio, segundo fontes.

Caso alguma companhia apresente oferta superior à da ICTSI, a empresa terá ainda a possibilidade de igualar o valor e levar o ativo.

A entrega de uma proposta já na assembleia deu segurança para que os credores aprovassem o plano de recuperação judicial do grupo, segundo Marcelo Milliet, diretor da Íntegra Associados, que assessorou a Libra na recuperação. Entre os credores maiores, apenas o Banco do Brasil votou contra a aprovação, e o Bradesco se absteve.

Fonte: Valor

“Carnê ATA” atrai interesse de Despachantes Aduaneiros em Guarulhos

Hoje 40% da admissão temporária no aeroporto são de bens amparados pelo Carnê ATA. Receita Federal enaltece parceria com o SINDASP.

O carnê ATA, também conhecido como ATA carnet, é um regime aduaneiro especial para admissão temporária,  sendo considerado  um “passaporte” aduaneiro internacional que permite a importação e exportação temporária de bens e produtos, com suspensão dos tributos incidentes, válido por um ano. Este passaporte pode ser utilizado em mais de 75 países.

Na última quinta-feira, 13/06, o tema foi apresentado por Camila Mafissone, Coordenadora de Serviços de Comércio Exterior da FIESP, que ressaltou a importância da padronização. “O Brasil faz parte do Ata Carnet há 03 anos e o último país a entrar foi o Perú. Precisamos harmonizar os procedimentos entre as autoridades competentes”.

O evento contou com o apoio do SINDASP e foi aberto pela diretora da Entidade, Regina Terezin, que destacou a relevância do encontro. “A quantidade de profissionais que desconhecem o tema é grande e o momento aqui é para tirar dúvidas e propor soluções”. Mais de 50 pessoas compareceram ao evento, em sua maioria Despachantes Aduaneiros.

Realizado no auditório da Receita Federal, no Aeroporto de Guarulhos, o evento contou em sua abertura com Luís Augusto Orfei Abe – delegado adjunto da Alfândega da Receita Federal no Aeroporto de Guarulhos. “Sempre que surge um tema em destaque, temos a certeza que a parceria com o SINDASP é a garantia que nosso esforço vai ser difundido e multiplicado”.

Segundo estudo da Receita Federal no Aeroporto de Guarulhos, 40% da admissão temporária no Aeroporto é realizada através do ATA Carnet.