Beiersdorf/ NIVEA investe R$ 50 milhões para crescer 10% e exportar para a América do Sul

A Beiersdorf, holding alemã referência do setor de cuidados pessoais e detentora de marcas como NIVEA e Eucerin, investiu R$ 50 milhões na ampliação de sua fábrica em Itatiba, no interior de São Paulo. Foi implantada uma nova linha de produção de hidratantes faciais, os famosos potinhos da NIVEA, que ainda não eram fabricados no Brasil. Com a ampliação, foram gerados novos empregos e há uma expectativa de aumento de 10% no volume de produção destes produtos que atenderão consumidores do Brasil e da América do Sul, em países como Argentina, Chile, Equador, Colômbia, Uruguai, Peru e Paraguai.

Ao transferir a produção da linha para o Brasil é possível reduzir os custos e, consequentemente, oferecer uma melhor oferta aos consumidores do País. A ampliação da fábrica da Beiersdorf, que foi concluída no primeiro trimestre e já opera em total capacidade, contou com apoio da InvestSP (Agência Paulista de Promoção de Investimentos e Competitividade), que assessorou a companhia em uma série de questões tributárias. “O Brasil é muito estratégico para a Beiersdorf quando falamos da marca NIVEA – somos o segundo mercado mais forte em vendas para a companhia em todo o mundo. Trazer a produção dos hidratantes faciais para o País nos alegra muito, pois além de estarem entre os produtos preferidos dos brasileiros, ainda amplia a nossa participação para o continente”, afirma Christian Goetz, presidente da NIVEA Brasil.

A região de Campinas, onde o município de Itatiba está inserido, é uma das que mais atraem investimentos no Estado de São Paulo. Um dos diferenciais é a questão da logística: além do aeroporto de Viracopos, também é levada em consideração a proximidade da capital e do Rodoanel, que garante fácil acesso a algumas das principais rodovias do país, aos aeroportos de Congonhas e de Guarulhos e ao Porto de Santos. “A comunidade de Itatiba sempre foi muito receptiva com a Beiersdorf e é uma satisfação poder retribuir com um trabalho sólido, modernizando e ampliando nossas instalações, tornando-a cada vez mais eficiente e sustentável e gerando mais empregos para a região”, comenta Juliana Torres, diretora da fábrica da Beiersdorf no Brasil.

Indústrias iniciam retomada do desempenho pré-pandemia na região de Campinas

O desempenho das indústrias da região de Campinas está melhorando, com a retomada das atividades do período pré-pandemia da covid-19, iniciada em 2020. O setor registra aumento do volume de produção, geração de empregos, elevação das vendas e alta taxa de utilização da capacidade instalada, de acordo com Sondagem Industrial Mensal divulgada na terça-feira (25) pelo Centro das Indústrias do Estado de São Paulo (Ciesp-Campinas), que engloba 548 empresas associadas — com faturamento anual de R$ 52 bilhões —, distribuídas em 19 municípios em uma das regiões mais ricas do País.

Segundo a pesquisa, 50% das indústrias tiveram aumento de produção em setembro, enquanto 42% permaneceram estáveis e 8% diminuíram. O resultado mostra uma melhora do cenário em comparação a agosto, quando a quantidade de empresas com crescimento no volume de produção era menor. Naquele mês, 36% tiveram elevação, 50% mantiveram o nível e 14% sofreram queda.

“Os números estão muito bons e corroborando o crescimento sustentável que temos visto nos últimos meses”, disse o diretor titular do Ciesp Campinas, José Henrique Toledo Corrêa. O cenário é semelhante ao da mesma época em 2019, quando as indústrias também viviam um momento de retomada econômica, que depois acabou freada e registrou queda por conta do impacto da pandemia.

Outros indicadores – A sondagem da entidade mostra ainda que, em setembro, 35% das indústrias operaram com 80,1% a 100% da capacidade instalada da produção, contra 14% em agosto. Outras 35% registraram volume de ocupação de 70,1% a 80% e 15% variaram de 50,1% a 70%. Em agosto, os índices eram, respectivamente, de 43% e 36%. Para o diretor do Ciesp, o desempenho é reflexo da deflação, aumento do comércio exterior e fortalecimento da economia nacional.

“As empresas estão a todo o valor, trabalhando bem”, disse. Segundo as pesquisas, outros indicadores reforçam a alta na atividade industrial. Entre eles, 35% dos empresários entrevistados aumentaram o número de funcionários e 65% mantiveram, 54% elevaram o faturamento, 38% reduziram o nível de endividamento graças ao desempenho positivo, 42% tiveram alta na lucratividade e 58% permaneceram estáveis. Nenhuma das empresas sofreu queda, enquanto que, em agosto, 8% passaram por essa situação.

Uma indústria de peças para motocicletas de Campinas é um exemplo que vive esse momento positivo e tem perspectivas de crescimento. “As vendas de motos estão aquecidas tanto para serem usadas para transporte pessoal quanto como ferramenta de trabalho, como aplicativos de entrega”, afirma o diretor comercial, Felipe Razera. Com isso, a empresa tem plano de aumentar o número de funcionários de 80 para 90 até o final do ano, alta de 12,5%, além de investir R$ 3,3 milhões na expansão da fábrica e R$ 300 mil na aquisição de novas máquinas.

Comércio exterior – A sondagem do Ciesp revela ainda que as exportações industriais da região somaram US$ 319,2 milhões (R$ 1,69 bilhão), aumento de 13% em comparação aos US$ 282,2 milhões (R$ 1,53 bilhão) de setembro de 2021. Foi o sexto mês deste ano e o quinto seguido em que as vendas ao exterior ficaram acima de US$ 300 milhões. Os outros foram em março, maio, junho, julho e agosto.

Com isso, as exportações acumuladas nos primeiros nove meses de 2022 somaram US$ 2,75 bilhões (R$ 14,55 bilhões), aumento de 27% em relação aos US$ 2,16 bilhões (R$ 11,43 bilhões) do mesmo período do ano passado.

De acordo com o Ciesp, Paulínia lidera as exportações da região nos nove primeiros meses do ano, com participação de 27,8% do total, seguida por Campinas (26,7%). O top 5 é completador por Sumaré (11,5%), Mogi Guaçu (9,4%) e Amparo (4,9%).

Déficit na balança comercial – Em setembro, as importações feitas pelas indústrias da região somaram US$ 1,3 bilhão (R$ 6,93 bilhões), o que representa aumento de 22,5% em comparação ao US$ 1,12 bilhão (R$ 5,93 bilhões) verificado no mesmo mês de 2021.

Entre janeiro e setembro, as compras feitas no exterior somaram US$ 10,7 bilhões (R$ 56,61 bilhões), montante 22,8% maior do que US$ 8,75 bilhões (R$ 46,27 bilhões) registrados em igual período do ano passado.

Com isso, a balança comercial da região registrou déficit de US$ 8 bilhões (R$ 42,33 bilhões) nos nove primeiros meses deste ano, ou seja, um déficit 21,3% maior do que no período de janeiro a setembro do ano passado, quando o resultado negativo totalizou US$ 6,59 bilhões (R$ 34,7 bilhões).

Em relação aos municípios que mais importam, a liderança também é de Paulínia, mas com uma participação maior, de 45,6%. Depois aparece Campinas (22,9%), Jaguariúna (8,4%), Sumaré (7.7%) e Hortolândia (6,7%).

De acordo com o 1º vice-diretor do Ciesp-Campinas, Valmir Caldana, fatores internos e externos tornam difícil estimar como será o desempenho do comércio exterior da região em 2023. “Os efeitos colaterais da covid na China, a guerra da Rússia e Ucrânia e as eleições no Brasil ainda não incertos para nós”, justificou.

Nos nove primeiros meses do ano, o Brasil registrou US$ 253,68 milhões (R$ 1,34 bilhão) em exportações, com participação de 1% no mercado global, ocupando a 25ª posição entre os países que mais exportam.

Perspectivas – O Ciesp também perguntou aos empresários que “considerando a atual conjuntura econômica do País – deflação e queda da inflação, na sua opinião, qual é perspectiva de crescimento do setor industrial para 2022?” Do total de participantes da pesquisa, 81% responderam que têm boa perspectiva de crescimento, 4% consideram que ficará estável e 15% não têm ainda uma avaliação.

Os empresários e executivos defendem a necessidade de redução da taxa de juros para manter a retomada do crescimento industrial. A sondagem aponta que isso é “fundamental e obrigatório” para 65% dos entrevistados, “importante” para 31% e “não interfere” para 4%.

O Comitê de Política Monetária (Copom), do Banco Central, manteve a taxa Selic (taxa básica de juros) em 13,75% em setembro. A decisão interrompeu o ciclo de altas iniciado em março do ano passado. Em fevereiro de 2021, a taxa Selic era de 2%.

99% das Indústrias utilizam transporte rodoviário e 67% apontam infraestrutura das rodovias como principal gargalo, diz Pesquisa CNI

Apenas trinta e oito por cento das indústrias trocariam o frete rodoviário por outro tipo de transporte, caso houvesse iguais condições estruturais entre os modais. Pesquisa inédita da Confederação Nacional da Indústria (CNI) sobre infraestrutura mostra, ainda, que as ferrovias seriam a primeira alternativa para 28,5% dos industriais brasileiros para transferir suas operações de escoamento de produtos. Só não o fazem porque avaliam que hoje o setor ferroviário apresenta as piores condições entre os tipos de transportes – 31% consideram esse modal ruim ou péssimo.

99% utilizam caminhões – Atualmente, somente 8% das indústrias usam as ferrovias para transportar sua produção. Desses, 63% classificam o serviço prestado pelos trens como regulares, ruins ou péssimos, enquanto 31% dizem ser bom ou ótimo. A pesquisa revela que 99% das empresas utilizam os caminhões; 46% usam em algum momento o transporte aéreo; e 45%, o portuário. Na sequência, aparecem a cabotagem (13%) e hidrovias (12%).

As principais razões apontadas pelos 2.500 executivos entrevistados para mudar a operação para outro modal são a perspectiva de redução de custos (64%) e a maior agilidade para a entrega do produto (16%). Para 46% dos empresários, o custo é o principal problema na logística e operação das empresas. Segundo 84% dos entrevistados, o custo do transporte e da logística na indústria é alto ou muito alto – 79% indicam o frete como o principal custo logístico. Outros problemas relatados são o roubo de cargas (22%), má condição dos modais (20%) e má qualidade da frota (7%).

O presidente da CNI, Robson Braga de Andrade, afirma que os aumentos dos investimentos em infraestrutura e a diversificação dos modais de transportes são imprescindíveis para reduzir os custos dos serviços e de produção.

“Essa pesquisa mostra que há um enorme déficit na oferta de opções de transportes no Brasil. O custo logístico das empresas e consequentemente dos produtos para o consumidor só serão menores quando tivermos uma infraestrutura adequada”, diz Robson Andrade.

Condições de infraestrutura para as indústrias – Apesar de terem apontado problemas especialmente relacionados aos transportes como obstáculos no dia a dia das empresas, 56% dos empresários industriais ouvidos pela pesquisa classificaram as condições de infraestrutura para as indústrias como boas ou ótimas, embora três das quatro mais bem avaliadas não estejam no setor de transporte de cargas.

Na avaliação deles, as áreas que estão em melhores condições são a de energia (65% ótimo ou bom), as de telecomunicações (60% ótimo ou bom); a de transporte aéreo (56% ótimo ou bom); e de saneamento básico (48% ótimo ou bom). O transporte por rodovias é classificado como bom ou ótimo por 46%. Na sequência, aparecem portos, com 39%; e por último transporte por hidrovias (16%) e por ferrovias (16%).

O gerente de Transporte e Mobilidade Urbana da CNI, Matheus de Castro, alerta que, mesmo diante da extrema dependência dos caminhões para o transporte de cargas no país, há um déficit enorme na oferta de serviços de transporte rodoviário, bem como nos modais ferroviário e hidroviário. “Se tivéssemos mais oferta na parte da logística, o custo total do transporte para a indústria seria muito inferior. Isso vai muito além da disponibilidade de caminhões ou trens, é tudo que envolve e contribui para a maior eficiência da movimentação de cargas no país”, avalia.

“O Brasil tem potencial para o transporte de cabotagem, hidroviário e ferroviário, especialmente depois da criação do Programa BR do Mar e da aprovação do novo marco legal de ferrovias. Temos um grande potencial para equilibrar melhor a nossa matriz de transportes”, destaca. “Nenhum outro país continental como o Brasil utiliza tanto o transporte rodoviário como a forma principal da movimentação de cargas e de pessoas. Não faz sentido o modal rodoviário ser tão utilizado em distâncias longas”, acrescenta Matheus de Castro.

Modal rodoviário não é o indicado para longas distâncias – Embora o modal rodoviário seja indicado apenas para pequenas e médias distâncias, somente 48% dos industriais apontam trajetos com média inferior a 500 quilômetros para transportar suas mercadorias. Como sugere a pesquisa, existem situações no país em que ocorre o embarque de cargas industriais em São Paulo com destino à Belém, ou o envio de produtos da indústria alimentícia de Porto Alegre para Teresina, com percursos de cerca de 2,9 mil km e 3,7 mil km, respectivamente.

A CNI alerta que a utilização do modal rodoviário nesses tipos de despacho gera perdas econômicas com um maior custo logístico associado ao consumo de combustível, níveis de acidentes, engarrafamentos, emissões de poluentes e deterioração dos veículos e vias. Como consequência, o setor produtivo nacional perde competitividade em relação a outros mercados. Distância rodoviária média entre local de produção e destino de venda dos produtos

  • 36% – 101 a 500 km
  • 22% – 501 a 1.000 km
  • 12% – Até 100 km
  • 11% – NS/NR
  • 8% – Mais de 2 mil km
  • 6% – 1.001 a 1.500 km
  • 5% – 1.501 a 2.000 km

Brasil precisa ampliar em três vezes investimentos em infraestrutura

A CNI produziu dois estudos sobre infraestrutura que foram entregues aos principais candidatos à Presidência da República. Os trabalhos têm foco em transportes e energia. O Brasil precisa aumentar os investimentos em transportes em, pelo menos, três vezes para eliminar os gargalos que impedem o país de ser competitivo e tornar sua logística adequada para o escoamento interno de cargas, bem como para as exportações e importações.

Atualmente, o país investe em infraestrutura de transportes apenas 0,65% do Produto Interno Bruto (PIB). O patamar ideal para modernizar a logística de transporte do país seria de 2% do PIB.

Principal gargalo para a indústria

  • 73% – Transporte
  • 13% – Energia
  • 6% – Saneamento
  • 5% – Telecomunicações

Principal gargalo de transporte

  • 67% – Infraestrutura das rodovias
  • 34% – Infraestrutura de ferrovias
  • 10% – ampliação/duplicação de rodovias
  • 9% – Custo do combustível
  • 9% – Acesso aos portos

Duas principais obras para melhorar o contexto da indústria

  • 36% – Melhorar a infraestrutura das estradas
  • 31% – Ampliação/duplicação de rodovias
  • 19% – Ampliação da malha ferroviária

Metodologia – A pesquisa encomendada pela CNI foi realizada pelo Instituto FSB Pesquisa, que entrevistou 2.500 executivos de grandes e médias empresas industriais, nas 27 unidades da Federação, sendo 500 em cada região. O campo foi feito entre os dias 23 de junho e 9 de agosto. A margem de erro é de 2 pontos percentuais para mais ou para menos, com intervalo de confiança de 95%.

Transporte rodoviário de carga cresceu 38% e movimentou R$ 49 bi no 1º semestre

Os embarcadores estão mais confiantes na utilização de plataformas tecnológicas de fretes, e isso tem feito a movimentação de cargas dentro da Fretebras crescer significativamente. De acordo com a 8ª edição do “Relatório Fretebras – O Transporte Rodoviário de Cargas”, o número de cargas movimentadas cresceu 38% no primeiro semestre desse ano.

Os dados foram obtidos com base em mais de 4,7 milhões de fretes publicados no primeiro semestre desse ano, movimentando R$ 49 bilhões.

Com o uso das plataformas de fretes para contratar caminhoneiros, o mercado conseguiu se preparar melhor para enfrentar os desafios do primeiro semestre, como a alta inflação, a crise dos preços dos combustíveis e as incertezas econômicas em decorrência dos conflitos internacionais, como a guerra da Ucrânia.

Com isso, o PIB do setor de transporte de cargas cresceu 2,1% no primeiro trimestre de 2022, o dobro do PIB nacional (+1%), na comparação com o mesmo período de 2021.

“A digitalização dos fretes já é uma realidade. Analisando as operações de milhares de transportadoras clientes, descobrimos que ao utilizarem a Fretebras, conseguem aumentar a produtividade na contratação de motoristas em pelo menos 10%, o que significa um aumento de R$ 40 mil por mês no seu faturamento, por operador. Naturalmente, as transportadoras perceberam essa vantagem e estão conectando cada vez mais as suas operações com a nossa plataforma”, destaca Bruno Hacad, diretor de Operações da Fretebras.

A 8ª edição do Relatório demonstra que as regiões Sudeste, Sul e Centro-Oeste puxaram o crescimento durante o período, além de registrarem o maior volume de fretes publicados na plataforma. No Sudeste, o número de fretes teve aumento de 43,5%. No Sul, o aumento foi de 19,4%. Já no Centro-Oeste, o salto foi de 67,4%, em comparação com o mesmo período no ano passado.

Os estados que representaram o maior volume de fretes no primeiro semestre de 2022 foram São Paulo (21,3%), Minas Gerais (17,8%) e Paraná (11,2%). Destaque para o estado mineiro, que assumiu a segunda posição, com aumento de 2 p.p. em representatividade, impulsionado pelo setor da construção. Já o Paraná teve uma queda de cerca de 2 p.p., em função dos problemas climáticos que afetaram o agronegócio no Estado.

Soluções digitais – O estudo da Fretebras analisa, tradicionalmente, três grandes setores, que representam mais de 50% do Produto Interno Bruto (PIB) do Brasil: o agronegócio, a indústria e a construção. A tendência de uso dos aplicativos para movimentação dos fretes tem sido uma constante em todos eles.
“O agro brasileiro é um modelo global de tecnologia e vemos, a cada edição do relatório, que o transporte de grãos está cada vez mais digitalizado. A economia na contratação dos motoristas autônomos chega a 30% quando comparado com o uso da frota própria. Não só os agricultores têm aproveitado essa vantagem, mas a indústria também tem seguido o mesmo caminho”, reforça Hacad.

O agronegócio puxou a oferta de fretes no período, com 36% das cargas registradas na plataforma da Fretebras, um salto de 33% em comparação com o ano passado, representando cerca de R$ 17,5 bilhões em fretes distribuídos.

Apesar dos problemas de estiagem no Sul, que afetaram a produção da soja, produtos como o milho e o trigo tiveram ótima performance no semestre e ambos devem atingir produções recordes até o final do ano. Com isso, a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) mantém uma estimativa favorável para a produção de grãos da safra 21/22, com crescimento de 6,7% em relação à temporada passada.

Já a movimentação de produtos industrializados originou quase 28% dos fretes anunciados na Fretebras no primeiro semestre de 2022, o que representa R$ 13,5 bilhões pagos aos caminhoneiros contratados via Fretebras. Na comparação com o mesmo período de 2021, o setor teve crescimento de 37,6% no volume de transportes.

A produção industrial brasileira acumulou queda de 2,2% no primeiro semestre de 2022, em comparação com o mesmo período do ano anterior, mesmo tendo atingido quatro meses de alta no comparativo mensal até maio. Isso reflete as dificuldades que o setor industrial segue enfrentando, como o aumento nos custos de produção e a restrição de acesso a insumos para a produção de bem final.

Os fretes de insumos para construção representaram quase 15% das cargas registradas na Fretebras nos primeiros seis meses de 2022, movimentando R$ 7,2 bilhões das empresas para os motoristas autônomos. Em relação ao primeiro semestre de 2021, houve crescimento de 58,9% em 2022 no volume de fretes da categoria.

Mesmo com o cenário de inflação e altas de juros, o setor encerrou o primeiro semestre com 3,5% de crescimento, segundo a Câmara Brasileira da Indústria da Construção (CBIC). O setor continua otimista, com projeção de alta de 13,5% até o final do ano, por conta dos negócios firmados há dois anos, que começaram a sair do papel.

Mais de mil transportadoras confirmam paralisação na semana do dia 30 de outubro. Conheça quem já aderiu, segundo Jornal.

Mais de mil transportadoras já confirmaram a paralisação de seus caminhões na semana das eleições para que seus motoristas possam comparecer às urnas, informou o Jornal do Caminhoneiro.

O objetivo do setor do transporte, é levar mais de 3 milhões de motoristas e funcionários votarem.

Entre as maiores empresas que já confirmaram a paralisação, estão:

  • JSL Transportes
  • RODOJUNIOR TRANSPORTES E LOGÍSTICA LTDA
  • Comando Diesel
  • Transportadora Martinelli,
  • Hungaro Transportes
  • Transoeste Logística
  • Bordignon Transportes
  • 1500 Transportes
  • Sada Transportes
  • Transportadora Lunardi
  • TransMagnabosco
  • Transmagna
  • Fribon Transportes
  • Brasil Central
  • Comelli Transportes
  • Maroni Transportes
  • G10 Transportes
  • Transpanorama
  • Bertolini Transportes
  • Ouro Verde
  • Bom Jesus Transportes
  • Lontano Transportes
  • Cocal Transporte
  • Transben Transportes
  • Brambila Transportes
  • Brasil Novo

Fonte: Jornal do Caminhoneiro