Implementos rodoviários: base exportadora para a América Latina e o Continente Africano
O setor de implementos rodoviários não para de crescer e está ganhando cada vez mais destaque no Brasil. Em 2021, mesmo com os impactos da pandemia da Covid-19 e da crise econômica ainda evidentes, o setor faturou mais de R$ 15 bilhões apenas no Brasil.
Quem trouxe esses dados foi Alexandre Gazzi, vice-presidente do Departamento Rodoviário do Sindicato Interestadual da Indústria de Materiais e Equipamentos Ferroviários e Rodoviários (SIMEFRE), para a NEWSLETTER Intermodal Digital
Os implementos rodoviários formam uma categoria bastante ampla e que engloba vários produtos usados no transporte rodoviário. “São denominados implementos rodoviários os reboques, os semirreboques e as carrocerias destinados ao transporte rodoviário de carga, que operam conjuntamente com um caminhão”, diz Gazzi.
Ele complementa explicando que: “Os reboques e os semirreboques são tracionados por um caminhão do tipo ‘cavalo mecânico’ e as carrocerias são montadas sobre o chassi de um caminhão do tipo ‘plataforma’”.
Segundo Gazzi, a indústria de implementos rodoviários emprega, direta e indiretamente, mais de 50 mil pessoas no Brasil. Além disso, conforme comentamos no início deste artigo, apenas em 2021 foi injetado um montante de R$ 15 bilhões na economia nacional.
BASE EXPORTADORA – Com números tão significativos, fica evidente a relevância de termos uma indústria de implementos rodoviários fortes no Brasil. Sobre o assunto, Gazzi declara que “as características e dinamismo do mercado brasileiro de implementos rodoviários criaram equipamentos únicos e customizados às operações de um país com condições continentais, tipos de produtos transportados e formato das composições derivados de uma legislação moderna e única no mundo”.
O representante do SIMEFRE também acredita que a indústria nacional de implementos rodoviários mantém seu empreendedorismo e tem fortíssima presença na demanda de clientes. Além disso, é uma base exportadora para a América Latina e o Continente Africano.
Perguntado sobre as principais inovações que a indústria brasileira está desenvolvendo para o transporte de cargas, o especialista respondeu que “algo que está se consolidando entre os fabricantes brasileiros é o uso mais intenso de materiais alternativos, como aços de alta resistência, materiais compósitos e alumínio, com a finalidade de redução de tara e aumento de vida útil”.
Ele também acredita que está ocorrendo a introdução em maior escala de componentes eletrônicos nos produtos. “A fabricante Randon, por exemplo, apresentou um semirreboque com tração auxiliar de um eixo elétrico e o lançamento de uma linha New R, com materiais alternativos e componentes eletrônicos, com um sistema inovador de rastreamento e gestão de frota”, exemplifica.
Com informações: Intermodal Digital