Indústria celebra alta de 17% no primeiro semestre apesar da falta de insumos
A indústria brasileira mantém a recuperação sobre o primeiro ano de pandemia, mas sofre o impacto da falta de matérias-primas e do aumento de preços dos insumos. O faturamento diminuiu 0,9% em junho na comparação com o mês anterior. Comparado ao desempenho de junho do ano passado, a atividade industrial registrou aumento de 13,4%. O economista-chefe da Confederação Nacional da Indústria (CNI), Renato da Fonseca, faz um balanço da alta de 17% no primeiro semestre. “Os indicadores industriais mostram uma manutenção do crescimento, da utilização da capacidade e do emprego. A utilização da capacidade está em um percentual similar ao que estava antes da crise de 2014-2016. As indústrias estão tentando aumentar a sua produção para atender à demanda, mas têm encontrado dificuldades com a falta de insumos”, afirma, apontando que os segmentos afetados na retomada econômica.
“Essa dificuldade de encontrar uma linha completa, seja de automóvel, seja de material de construção como piso, seja de eletroeletrônico. Ou seja, a indústria ainda tem a dificuldade de fazer a venda e isso fica claro no indicador de faturamento. Houve uma queda, ainda está abaixo do que estava no início do ano, mas a expectativa é que volte a se recuperar”, explica. De janeiro a junho deste ano, as indústrias brasileiras aumentaram o índice de emprego em 3,2%. Foi o 11º mês consecutivo de alta, sendo a marca mais expressiva desde 2010, segundo a série histórica da CNI.