Motoristas de carga rejeitam proposta e programam greve em Santos

Mais de mil motoristas de empresas de transportes de cargas secas e líquidas de Santos e região, com data-base em maio, anunciaram que farão greve, a partir de sexta-feira (28). Em assembleia realizada no salão de jogos do Jabaquara Atlético Clube, eles recusaram nova contraproposta para a convenção coletiva de trabalho. 

A greve começará na sexta-feira, por tempo indeterminado. Caso o Sindicato das Empresas de Transporte Comercial de Carga do Litoral Paulista (Sindisan) apresente nova contraproposta, ela será votada em assembleia, quinta-feira (27), às 19 horas, no mesmo local. O presidente do sindicato dos trabalhadores, Valdir de Souza Pestana, prevê que a greve “terá sérios reflexos nas atividades comerciárias e portuárias da região”.  O secretário-geral do sindicato, ‘Ferrugem’ Eronaldo José de Oliveira, adianta que não fechará “nenhum acordo em separado, com qualquer empresa, antes de resolver a convenção da categoria, pois isso dividiria e desmobilizaria os trabalhadores”.

O Sindisan ofereceu reajuste salarial de 9%, extensivo aos benefícios sociais. Com isso, o salário passaria de R$ 1.153,15 para R$ 1.256,93. A contraproposta previa reajuste de 23,07% na participação nos lucros ou resultados (plr), que passaria de R$ 410 para R$ 500. Com reajuste de 23,07%, a cesta básica passaria de R$ 65 para R$ 80. A diária na base territorial passaria de R$ 9,40 para R$ 13,50, com reajuste de 43,61%. Fora da base, iria de R$ 11,70 para R$ 15, com reajuste de 28,20%.

O pernoite na base subiria de R$ 16,40  para R$ 20, com reajuste de 21,95%. O pernoite fora da base iria de R$ 17,50 para R$ 22, com reajuste de 25,71% e a
contraproposta garantia do pagamento de 60 horas extras mínimas mensais, mas não as incorporava aos salários. Além do reajuste de 9%, a categoria reivindica a incorporação aos salários do valor das 60 horas extras mínimas por mês, vale refeição diário de R$ 18, adicional de pernoite de R$ 25, participação nos lucros ou resultados de R$ 600 e cesta básica de R$ 100.

 

Fonte: Mundo Sindical 

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