Porto de Paranaguá bate novo recorde de movimentação no acumulado de 2017
O porto movimentou 50 milhões de toneladas até o momento, volume 11% maior em relação ao ano passado Farming Brasil O Porto de Paranaguá atingiu nesta semana a maior marca de movimentação de cargas de toda a sua história. Foram 50 milhões de toneladas ao longo de 2017. O volume é 11% maior em relação ao ano passado e mais do que o dobro da média dos portos brasileiros, que cresceram 5%. O recorde anterior – de 46,1 milhões de toneladas – ocorreu em 2013.
Na semana, o ministro da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Blairo Maggi, visitou o porto e destacou o desempenho do terminal paranaense. “É um momento histórico, que acontece no ano em que o Brasil teve a sua maior safra agrícola”, disse o ministro.
“Um resultado maravilhoso, alcançado graças ao trabalho em conjunto de centenas de atores, do Governo do Paraná e da administração do Porto”, afirmou Maggi.
Exportações do agronegócio – O agronegócio teve papel fundamental no desempenho do Porto, já que mais de 35 milhões de toneladas movimentadas (ou 70% do total) são produtos de origem agrícola. O terminal opera mais de 20% do que a agricultura nacional exporta para o mundo. Atende o produtor do Paraná e também do Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Goiás, São Paulo e Santa Catarina. Complexo soja
Os principais produtos movimentados neste ano foram do complexo soja, com mais de 16 milhões de toneladas. Outros destaques foram a importação de cerca de 9 milhões de toneladas de fertilizantes e os embarques de açúcar (4,5 milhões de toneladas) e milho (3,5 milhões de toneladas). Segundo Maggi, a marca alcançada em 2017 reforça a vocação agrícola e o protagonismo do Paraná e do Porto de Paranaguá no setor. “Este foi o ano em que operamos com todas as obras de repotenciamento já entregues, o que naturalmente fez com que o porto subisse de patamar”, completou o secretário estadual da Infraestrutura e Logística, José Richa Filho. Investimentos no Porto de Paranaguá
O diretor-presidente da Administração dos Portos de Paranaguá e Antonina, Luiz Henrique Dividino, lembra que o avanço se deve ao maior pacote de investimentos públicos já realizado na história do porto. De 2011 a 2017, foram mais de R$ 868 milhões em investimento público. Neste período, a movimentação de cargas de Paranaguá teve um aumento de 25%. “Estes aportes do Governo do Estado também destravaram outros R$ 3 bilhões em investimentos da iniciativa privada. Esses recursos somados fizeram do Porto de Paranaguá uma opção ainda mais eficiente para o escoamento da produção brasileira”, explica Dividino, ressaltando que desde 2015 o terminal superou 44 recordes de movimentação, sendo 16 em 2017.
Obras no Porto Foram realizadas, ou estão em curso dezenas de obras de expansão, ampliação e manutenção da infraestrutura do Porto de Paranaguá. “Obras que beneficiam não somente o Porto, mas toda a população do município”, disse o prefeito de Paranaguá, Marcelo Roque. Entre os investimentos públicos estão a reforma do cais, instalação de novos shiploaders (carregadores de navios), troca das defensas (proteção para os cascos dos navios), sinalização náutica, equipamentos de controle de acesso e segurança, tombadores, descarregador, balanças.
A Appa realizou quatro campanhas de dragagem de manutenção, com investimentos de R$ 442 milhões para garantir segurança na navegação e ganho de produtividade nos embarques. Além disso, após 20 anos, a primeira dragagem de aprofundamento está sendo realizada em Paranaguá, com investimentos de R$ 394 milhões, pelo Ministério dos Transportes. No topo da lista dos investimentos públicos está o projeto de modernização dos berços de atracação 201 e 202, em fase de licitação, denominado Corredor de Exportação Oeste. Com valor previsto de R$ 183,1 milhões, a obra deverá dobrar a capacidade atual de movimentação, que será de 6 milhões de toneladas/ano de produtos como grãos e açúcar. Também foram feitas obras de conservação das vias de acesso ao porto, demolição dos antigos armazéns e novos pátios para armazenamento de cargas especiais e construção do Centro de Proteção Ambiental.
Com informações: SF Agro