Redução de custos e emissões de poluentes podem levar indústria catarinense a ampliar a procura pela cabotagem

Entretanto, estudo Mobilidade SC – etapa 1 Zona Litorânea, executado pela Pratical One, revela que burocracias portuárias são barreiras para maior adesão

Os custos crescentes e as mudanças na legislação do transporte rodoviário revelam que os empresários catarinenses têm interesse em buscar novas alternativas para dar vazão às suas mercadorias. Contribuir com maior sustentabilidade econômica, energética, ambiental e social à matriz de transporte brasileira, auxiliando na competitividade da indústria e mobilidade em geral, faz com que o uso da cabotagem seja uma alternativa real a ser trabalhada.

Essas informações foram apresentadas por meio do estudo intitulado “Cabotagem alternativa para a melhoria da mobilidade e competitividade” e divulgado em junho de 2013, durante o lançamento do Plano de Mobilidade SC – etapa 1 Zona Litorânea, realizado pela Federação das Indústrias do Estado de Santa Catarina (Fiesc) e executado pela especialista em logística e diretora da Pratical One Clara Rejane Scholles.

Apesar do desejo de trabalhar mais com a cabotagem, os empresários têm dúvidas em que situações o modal é adequado. Para 49,2% não está claro quando a cabotagem é competitiva. Os fatores determinantes para maior adesão ao modal são: preço e o tempo de entrega, apontados por 67,3%; remoção de burocracias, por 23,1% e a melhoria na infraestrutura portuária, por 9,6%.

Para 55,9% das empresas entrevistadas há metas de redução de emissões de poluentes e o transporte por cabotagem pode contribuir, sobremaneira, pois reduz em até oito vezes o consumo de combustíveis para a mesma quantidade de carga transportada.

Para aqueles que não usam o modal, 12,5% revelaram que não conhecem o suficiente, 14,3% consideram que o tempo de trânsito não atende às necessidades da empresa e outros 19,6% consideram que há muita burocracia para seu uso.

Para Clara Rejane, diante desse cenário, é importante que os operadores de cabotagem e seus clientes atuais e potenciais trabalhem os temas que carecem de esclarecimento, para assim melhorar suas condições de transporte para distâncias a partir de 1,2 mil quilômetros ao longo da costa brasileira.

Como conclusão da pesquisa, Clara Rejane, revela que cabotagem é o modal que mais rapidamente pode mudar a distribuição da matriz de transportes brasileira pela rápida alocação de mais navios. “A possibilidade de transporte de elevado número de contêineres, a um custo comparativo mais baixo, é atrativo para a indústria, o que também garante que caminhões sejam utilizados onde este obtém melhor rentabilidade nas distâncias mais curtas”.

0 respostas

Deixe uma resposta

Want to join the discussion?
Feel free to contribute!

Deixe uma resposta

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *