“Carga de Projeto” em Viracopos utiliza dois Boeings 747 ‘open nose’

O Aeroporto Internacional de Viracopos, em Campinas (SP), mais uma vez será o palco de uma operação especial de chegada de cargas de grandes proporções. Desta vez, será realizado o desembarque de duas peças que, juntas, pesam cerca de 70 toneladas e que precisarão de dois Boeings 747 para chegar ao Brasil vindas do Reino Unido.

As peças, que antes seriam trazidas em navios por causa do peso e das dimensões, serão trazidas pela primeira vez pelo modal aéreo por causa da urgência da empresa importadora. A primeira peça chegou nesta madrugada de segunda-feira (16/08) e a outra, chega na próxima quarta-feira (18/08).

Viracopos foi escolhido por ter a infraestrutura de equipamentos e de equipes especializadas neste tipo de operação. Além disso, o Terminal de Carga do aeroporto possui espaço adequado para este tipo de grande operação, já que será necessário o uso de um guindaste e até a entrada de carretas no pátio destinado às aeronaves.

Carga teve que atravessar 780 km rodoviários e cruzar o Eurotunel para chegar no aeroporto de embarque, em Luxemburgo. Depois de carregada, serão cerca de 10 horas de voo até Viracopos e pelo menos mais 20 horas de viagem até o interior de Minas Gerais.

Para trazer o equipamento foi necessária a fabricação de uma embalagem especial para o encaixe das duas peças no interior das aeronaves. Uma equipe especializada trabalhou junto com a companhia aérea Cargolux para que a carga pudesse entrar sem qualquer problema pelo bico do avião. Foram necessários quatro dias para fabricar as duas embalagens.

As peças são eixos trituradores que serão usados por uma indústria de mineração, que tem a empresa Axis como agente importador. As peças foram fabricadas sob encomenda na cidade de Derbyshire, localizada no norte da Inglaterra.

As cargas serão trazidas pela empresa cargueira Cargolux por causa da aeronave 747 ‘open nose’, que possibilita a abertura da parte da frente do avião, na cabine, para a retirada das peças.

Pelo menos 50 pessoas estarão envolvidas direta ou indiretamente nos dois desembarques, incluindo funcionários de companhias aéreas, de Viracopos, despachantes aduaneiros, agentes importadores, Receita Federal e Polícia Federal.

Fotos: Divulgação/Viracopos

Após um ano, LATAM Cargo comemora consolidação da rota Miami-Florianópolis

A LATAM Cargo completa um ano do voo cargueiro direto Miami-Florianópolis, tendo movimentado 650 toneladas na rota nesse período, sobretudo em importações de eletrônicos e fármacos. O volume corresponde a R$ 750 milhões em cargas, de acordo com a Floripa Airport.

A rota é fruto da parceria entre a LATAM Cargo e o aeroporto para atender a demanda por este tipo de transporte na região Sul e o seu principal benefício é a agilidade: antes, com conexões em São Paulo ou Curitiba, o trajeto das encomendas levava até 48 horas; mas, hoje, o voo direto reduziu o tempo total para 12 horas, ou seja, três vezes menor.

“Justamente por essa economia de tempo e pela nossa eficiência, tivemos ao longo dos últimos 12 meses cada vez mais adesão de clientes à rota, o que nos permite comemorar esses bons resultados. Neste primeiro ano, fomos capazes de operar o voo com 90% de pontualidade e 100% de regularidade – ou seja, sem nenhum voo cancelado”, afirma Otávio Meneguette, diretor da LATAM Cargo Brasil.

Consolidação – “Neste um ano, consolidamos a rota, quebramos o paradigma da impossibilidade de Santa Catarina ter um voo cargueiro e, consequentemente, do pouso de aeronaves de grande porte. O segmento de eletrônico é o principal mercado deste voo, mas acreditamos no potencial de ampliação para as áreas de fármaco e metal mecânico. Continuaremos empenhados no crescimento deste negócio”, observa Ricardo Gesse, CEO da Zurich Airport Brasil.

Atualmente, a rota cargueira Miami-Florianópolis é operada uma vez por semana, a bordo de um Boeing 767-300F. Com o bom resultado do investimento realizado ainda no auge da pandemia, a LATAM Cargo avalia uma possível expansão de oferta para atender a demanda deste tipo de operação na capital catarinense e região.

Resolução da ANTT consolida regulamento para transporte de produtos perigosos

Em sua edição de 11 de junho, o Diário Oficial da União trouxe retificações da Resolução n.º 5.947/2021, da ANTT (Agência Nacional de Transportes Terrestres), que havia sido editada em 2 de junho. Com o adendo, confirma-se o teor do texto, que atualiza o regulamento para o transporte rodoviário de produtos perigosos realizado em vias públicas no território nacional e aprova suas instruções complementares.

A Resolução ANTT n.º 5.947 consolida entendimentos outrora dispersos em outros normativos da agência. Além de definições, o texto dispõe sobre: condições do transporte; procedimentos em caso de emergência, acidente ou avaria; deveres, obrigações e responsabilidades; fiscalizações; infrações e penalidades; entre outros tópicos. As retificações alteraram a redação do artigo 1º e detalharam as revogações de resoluções anteriores.

Não houve alteração em procedimentos – apenas a sua consolidação em um único instrumento.

O texto, que reúne regras que antes se encontravam dispersas em vários documentos, está completo da Resolução ANTT n.º 5.947

Com informações: Agência CNT Transporte Atual

A cada 47 segundos, um caminhão deixa as linhas de montagem no Brasil

Este novo cenário e o Transporte Rodoviário de Carga no Comércio Exterior serão temas da LIVE, em 03/09, com SINDICAMP e SINDASP

Este ano teve, até o dia 31 de julho, 212 dias, com 147 dias úteis. Durante esses dias do ano, segundo dados da Anfavea, foram produzidos no Brasil 89.523 caminhões. O número é bem maior que no mesmo período do ano passado, quando saíram das linhas de montagem 41.558 caminhões.

Considerando os 147 dias úteis e as 1.176 horas úteis (oito horas diárias) até o dia 31 de julho, são produzidos 609 caminhões por dia, ou 76,12 caminhões por hora no Brasil.

Se houvesse no país apenas uma linha de montagem, onde todos os caminhões produzidos por todas as montadoras fossem fabricados, veríamos um caminhão produzido a cada 47,2 segundos deixando a linha de montagem.

Considerando-se ainda a média atual de produção, o Brasil pode fechar o ano com um total superior às 150 mil unidades produzidas, um dos melhores resultados já registrados no país.

Live em setembro – Ao mesmo tempo, o comércio exterior brasileiro passa por transformações inéditas, principalmente com avanços para as empresas OEA e a implantação do Portal Único de Comercio Exterior, que somados passam a entregar agilidade, transparência e previsibilidade nas operações de importação e exportação no Brasil.

As transportadoras rodoviárias que estiverem adaptadas a esta mudança poderão entregar serviços diferenciados e beneficiar diretamente importadores e exportadores.

Este cenário será tema da LIVE “O COMERCIO EXTEROR SE MODERNIZOU. AS TRANSPORTADORAS RODOVIÁRIAS E OS SEUS CLIENTES ESTÃO PRONTOS PARA GANHAR COM ESSA MUDANÇA”

 

Anote em sua agenda:

Live Comex

Data: 03/09/2021 – sexta-feira

Horário: 11h às 12h

O Comércio Exterior se modernizou.

As Transportadoras Rodoviárias e os seus clientes estão prontos para ganhar com essas mudanças?

A apresentação será de Regina Terezin, diretora do SINDASP (Sindicato dos Despachantes Aduaneiros de São Paulo).

Moderação: José Alberto Panzan – Presidente do Sindicamp (Sindicato das Empresas de Transportes e Cargas de Campinas e Região) e diretor da Anacirema Transportes

Aguardem os demais debatedores que serão anunciados, especialistas renomados no tema.

INSCRIÇÃO GRATUITA: credenciamento@livecomex.com.br

 

Com informações: Blog do Caminhoneiro

Porto Alegre inaugura Terminal de Carga e projeta movimentar 100 mil toneladas/ano

A entrega de um novo terminal de cargas e da pista de pouso ampliada do Aeroporto de Porto Alegre (RS) vai integrar a capital gaúcha com o resto do mundo e mostra o acerto do programa de concessões à iniciativa privada do Governo Federal. Esta é a avaliação do ministro da Infraestrutura, Tarcísio Gomes de Freitas, após cerimônia virtual de inauguração da estrutura pela concessionária Fraport Brasil, nesta quarta-feira (11).

Com o investimento no novo terminal, que não estava previsto no contrato original de concessão, o aeroporto vai triplicar o processamento de cargas, chegando a 100 mil toneladas por ano. Já o aumento da pista de pouso em mais de 900 metros torna o terminal apto a movimentar produtos para importação e exportação, bem como aeronaves que tenham como origem e destino Estados Unidos, Europa e Ásia.

“Isso mostra ainda o acerto em nosso programa de concessões, que proporciona esse tipo de investimento privado, não previsto originalmente em contrato. Estamos orgulhosos de ter entre nossas concessionárias uma empresa deste nível de qualidade e de compromisso com o Brasil: nos motiva a seguir em frente em nossa modelagem de concessões”, ressaltou o ministro.

ESTRUTURA – Trata-se de um complexo logístico voltado a operações de importações e exportações, com 10.559 m² e que começou a ser construído pela Fraport Brasil – Porto Alegre, administradora do aeroporto, em junho de 2020. A concessionária investiu R$ 50 milhões na estrutura, que conta com terminal de armazéns (inclusive para cargas perigosas), complexo de câmeras frigoríficas, docas, espaço para espera de caminhões e estacionamentos, entre outras funcionalidades.

“É um terminal digno de um aeroporto que terá uma pista de 3.200m e vai integrar Porto Alegre ao resto do mundo”, destacou ao ministro da Infraestrutura, Tarcísio Gomes de Freitas, durante evento on-line que marcou a entrada em operação do novo TECA Internacional (Terminal de Cargas).

Também presente no evento, o secretário Nacional de Aviação Civil, Ronei Glanzmann, explicou que melhorias não obrigatórias por concessionárias de ativos públicos são possíveis graças ao mecanismo de alinhamento de incentivos previsto na concessão. “São investimentos que devem feitos em atendimento à demanda, que têm vantajosidade à concessionária e ao interesse público, pois geram receita, melhoram a eficiência do serviço e o resultado do negócio propriamente dito”, ressaltou.

RETOMADA ECONÔMICA – Na avaliação dos representantes do Governo Federal, o novo terminal de cargas será importante na retomada econômica pós-pandemia, pois a movimentação de produtos em aeroportos não foi tão afetada pela crise sanitária quanto a de passageiros, podendo atingir crescimento ainda maior após a superação da covid-19. Só a construção do complexo, que, ao contrário de outras operações no terminal, não parou durante a pandemia, foi responsável pela geração de 300 empregos diretos.

Os negócios em Porto Alegre serão ainda mais impulsionados com a entrada em operação da nova pista de pouso e decolagens, ampliada em 920m² – essa sim, uma obra obrigatória prevista no contrato de concessão do Salgado Filho. O investimento para a ampliação da pista de pouso e decolagem é de R$ 135 milhões.

O serviço está 98% executado e, em outubro, começa a construção da área de segurança (Resas), que deve ser finalizada no 1º semestre de 2022. Além disso, diversas obras paralelas como interligações de microdrenagem, muros, cercas e vias de acesso serão finalizadas para pleno uso da pista.

 

Com informações: MINFRA