Atividade econômica sobe 12,25% de maio a agosto
Após a forte queda nos meses de março e abril, quando o isolamento social se intensificou, a atividade econômica segue em trajetória de recuperação no Brasil. Mesmo com o País ainda enfrentando a pandemia do novo coronavírus, o Índice de Atividade do Banco Central (IBC-Br) acumulou o quarto mês consecutivo de alta.
O resultado, divulgado pelo BC nesta quinta-feira (15/10), mostra que, em agosto, o indicador avançou 1,06% em relação a julho, na série já livre de efeitos sazonais. Com o desempenho de agosto, a atividade econômica brasileira registrou expansão de 12,25% desde abril – quando foram registrados os piores resultados na pandemia.
Medido em pontos, o IBC-Br saltou de 119,42 pontos em abril para 134,05 pontos em agosto. O IBC-Br acumulou baixa de 5,44% no ano até agosto, informou o BC. O porcentual diz respeito à série sem ajustes sazonais. Pela mesma série, o IBC-Br apresenta baixa de 4,09% nos 12 meses encerrados em agosto.
PRÉVIA DO BC PARA O PIB – A média móvel trimestral do Índice de Atividade do Banco Central subiu 3,30% em agosto, na série com ajuste sazonal. Em julho, o indicador havia registrado alta de 3,59% e, em junho, baixa de 1,00%.
Bastante observada pelos economistas do mercado financeiro, a média móvel do IBC-Br costuma ser usada como indicativo de tendências para o índice. O porcentual de hoje refletiu a comparação entre o trimestre encerrado em agosto e o trimestre encerrado em julho.
Conhecido como uma espécie de “prévia do BC para o PIB”, o IBC-Br serve mais precisamente como parâmetro para avaliar o ritmo da economia brasileira ao longo dos meses. A projeção atual do BC para a atividade doméstica em 2020 é de retração de 5,0%.
Este cálculo foi divulgado por meio do Relatório Trimestral de Inflação (RTI) de setembro. No Relatório de Mercado Focus divulgado pelo BC na última terça-feira (13/10), a projeção é de queda de 5,03% do PIB em 2020.
Fonte: Diário do Comércio