No mês, produção cresceu 1,1%, segunda alta consecutiva. Setor de máquinas e equipamentos registra crescimento de 4,2%, após queda no mês anterior. Derivados de petróleo também são destaque.
A produção industrial brasileira avançou 1,1% na passagem de agosto para setembro. O ganho de ritmo acontece após a variação positiva de 0,2% verificada no mês anterior. Em relação a setembro de 2023, a indústria teve crescimento de 3,4% na sua produção. No ano, acumula alta de 3,1% e, em 12 meses, expansão de 2,6%. Os dados são da Pesquisa Industrial Mensal (PIM – Brasil), divulgada nesta sexta (1) pelo IBGE.
“O desempenho positivo da indústria em setembro mostra uma intensificação da variação positiva verificada em agosto. A combinação de resultados dos dois últimos meses significou um ganho acumulado de 1,4%, eliminando o recuo de 1,3% observado em julho. Há um ganho de ritmo da produção em 2024, e isso fica claro quando comparamos o patamar da indústria em setembro deste ano com dezembro de 2023, com o setor industrial 2,9% acima, evidenciando a permanência de uma trajetória ascendente”, explica André Macedo, gerente da PIM Brasil.
Segundo ele, o maior dinamismo da indústria em 2024, quando comparada a 2023, está relacionado a fatores como a incorporação de mais pessoas ao mercado de trabalho, redução da taxa de desocupação, aumento da massa salarial, melhora nas condições de crédito, diminuição da inadimplência e menor taxa de juros.
Bens de capital – Em relação às grandes categorias econômicas, na comparação com agosto, o setor de bens de capital cresceu 4,2%, apresentando a taxa positiva mais alta em setembro de 2024, eliminando parte da perda de 4,6% registrada no mês anterior. Bens de capital são máquinas e equipamentos usados pela indústria para produzir os demais bens. Quando a produção de bens de capital cresce, indica que o setor industrial está investindo, sinalizando crescimento global mais à frente.
No acumulado do ano, os setores que incluem equipamentos e insumos produtivos também evoluíram positivamente: setor de equipamentos de informática, produtos eletrônicos e ópticos (17,9%), de metalurgia (6,7%), de máquinas, aparelhos e materiais elétricos (14,8%), de produtos de metal (8,7%), de produtos de borracha e de material plástico (6,5%), de móveis (16,2%) e de máquinas e equipamentos (5,1%).
Bens de consumo – Em setembro, os segmentos de bens intermediários (1,2%) e de bens de consumo semi e não duráveis (0,6%) também mostraram crescimento na produção. Os dois obtiveram o segundo resultado positivo consecutivo e, no período, acumularam avanços de 1,6% e 1,1%, respectivamente.
Responsável pelo maior impacto positivo no resultado deste mês, o setor de coque, produtos derivados do petróleo e biocombustíveis (4,3%) voltou a crescer após recuar em julho e agosto, período no qual acumulou perda de 3,5%. O segmento de produtos alimentícios (2,3%) foi outro que interrompeu uma sequência de dois resultados negativos, quando teve perda somada de 4,2%. “Essas duas atividades vinham de dois meses consecutivos de queda, de modo que tinham uma base de comparação baixa.
Em termos de produtos, óleo diesel e gasolina foram os destaques na primeira, enquanto na segunda os derivados da soja, o açúcar e carnes de aves e suínos se sobressaíram”, acrescenta André.
Com informações e imagem: Agência GOV