Posso importar bens usados e usar o regime de Ex-tarifário?

Por Fábio Rabelo*

Há cerca de 1 ano, escrevi sobre as principais mudanças trazidas pela Portaria ME nº 309, de 24 de junho de 2019, que atualizou os ritos e critérios para a concessão de Ex-tarifários.

Entre os diversos pontos que destacamos, havia o seguinte:

  • A restrição de aplicação da alíquota de importação reduzida APENAS para bens novos foi retirada:

O §3º do art. 1º da Resolução CAMEX 66 foi eliminado. Seu texto estabelecia que “A redução da alíquota do Imposto de Importação prevista no caput poderá ser concedida, exclusivamente, para bens novos”. Em tese, portanto, a aduana não pode desqualificar o benefício para produto apresentado para desembaraço na condição de usado, desde que possa ser perfeitamente enquadrado nas características do Ex-tarifário e tenha atendido aos demais tratamentos administrativos aplicáveis.

Acerca do mesmo assunto, a Portaria ME nº 324 que regulamenta os arts. 13, 14 e 15 da Portaria ME nº 309, de 24 de junho de 2019, estabelece em seu Art. 3º que “Receberão recomendação técnica de indeferimento os pleitos de concessão de Ex-tarifário para bens usados”. Dessa forma, os pleitos de Ex-tarifário elaborados para benefíciar bens na condição de usados teriam recomendação técnica de indeferimento, porém, nada estabelece sobre a qualificação de um benefício de Ex-tarifário vigente para a importação de um bem usado.

A análise da Portaria ME nº 309 de 2019, que revogou o §3º do art. 1º da CAMEX 66 e não estabelece restrições em relação à utilização do regime de Ex-tarifário para bens usados, leva-nos a concluir que tal utilização é perfeitamente legal.

Entretanto, permanecia certa dúvida em relação ao entendimento dessas mudanças por parte das autoridades aduaneiras, principalmente sobre um tema tinha explícita determinação legal contrária estabelecida pela CAMEX 66.

Pois bem, a Solução de Consulta COSIT nº 122 de 28 de setembro de 2020, publicada no DOU de 01/10/2020, seção 1, página 58, ratifica o entendimento de que, após a Portaria ME nº 309, para a utilização de Ex-tarifário, não cabe mais discutir sobre a condição de bem usado ou novo.

 

Vejamos (destaque nosso):

“Solução de Consulta nº 122 – Cosit

Data 28 de setembro de 2020

Processo …

Interessado …

CNPJ/CPF …

ASSUNTO: IMPOSTO SOBRE A IMPORTAÇÃO – II

IMPORTAÇÃO COM EX-TARIFÁRIO. CABIMENTO PARA BENS NOVOS E USADOS.

 

O Ex-tarifário concedido nos termos da Portaria ME nº 309, de 2019, que reduz a alíquota do Imposto de Importação, é aplicável tanto à importação de bens novos quanto de usados, incluídos os ditos remanufaturados ou “refurbished”, incorporados ao ativo imobilizado. Dispositivos Legais: Lei nº 3.244, de 1957, art. 4º, caput e § 1º, “a”, com redação dada pelo Decreto-lei nº 63, de 1966; Resolução Camex nº 90, de 2017, art. 3º; e Resolução Camex nº 309, de 2019, art. 1º.

Nos parágrafos 23, folha 8, e 24, folha 9, o AFRFB Coordenador-Geral da COSIT, fundamenta da seguinte forma:

  1. Da leitura da Portaria ME nº 309, de 2019, observa-se que não mais consta como requisito à concessão do Ex-tarifário que o bem importado seja novo, requisito existente quando em vigor a Resolução Camex nº 66, de 2014, que, no § 3º do art. 1º, que determinava que a redução da alíquota do Imposto de Importação fosse concedida exclusivamente para bens novos.

 

  1. Não cabe, portanto, para efeitos da utilização de Ex-tarifário, a discussão quanto a se o bem remanufaturado é novo ou usado. Desde que o bem importado corresponda à descrição do bem constante do Ex-tarifário, terá direito à alíquota reduzida prevista para esse Ex-tributário.

 

A redução da alíquota do Imposto de Importação, para ZERO, proporcionada pelo regime de Ex-tarifário para Bens de Capital (BK) e Bens de Informática e Telecomunicações (BIT) que não possuem similares produzidos em território brasileiro, é importante instrumento de melhoria do nosso parque tecnológico, já que reduz, significativamente, o custo de importação de bens que possuem tecnologia diferenciada.

 

Aliando-se isso às vantagens de aquisição de bens seminovos, prontamente disponíveis e a preços mais acessíveis, abrem-se inúmeras oportunidades de investimento em inovações que podem permitir ganhos consistentes de qualidade, quantidade e custos de produção.

*Fábio Rabelo é diretor da
RGC Consultoria e Engenharia
www.rgc.com.br

Empresa do setor automotivo anuncia investimento imediatos, além de segunda unidade em Pinda (SP)

A empresa PSCA, pertencente ao Grupo Prima Sole Components, amplia suas atividades na cidade de Pindamonhangaba com a entrega de uma nova linha de pintura automotiva, onde foram investidos cerca de R$ 26 milhões de reais.

De acordo com a empresa, a linha de pintura, entregue nesta quinta-feira, dia 12 de novembro é a mais atualizada da América Latina. Com os novos investimentos a planta passará a ter uma capacidade de atender uma demanda diária de 1.000 veículos. Esta linha de, complementará a oferta tecnológica da PSCA para as maiores montadoras do Brasil.

Pindamonhangaba.- Claudio Bentivoglio, CEO LATAM do Grupo PSC, explica detalhes da construção da linha que teve início em abril deste ano e manteve-se mesmo ao longo da pandemia. Luciano Caldeira, Diretor de Operações, explica que a linha é manual e que ela deverá estar funcionando com 100% de sua capacidade em janeiro de 2021.

Para operar com 100% de sua capacidade, a empresa que atualmente conta com cerca de 100 colaboradores, deverá duplicar esse número. O diretor de Operações também explica em quais áreas serão contratados novos colaboradores.

Para 2021, o Grupo Prima Sole prevê investimentos para a implantação da segunda unidade em Pindamonhangaba.

Agilidade do modal aéreo traz primeiro lote de Coronavac ao Brasil

Produzidas na china, 120 mil doses de vacina contra covid-19 chegaram nesta quinta-feira no aeroporto de Guarulhos

As primeiras 120 mil doses da vacina Coronavac, produzidas pelo laboratório chinês Sinovac, desembarcaram na manhã desta quinta-feira (19) no Aeroporto Internacional de Guarulhos, um dia antes da data prevista pelo governo de São Paulo.

Segundo o Instituto Butantan, a carga especial saiu da China na segunda-feira (16). Após desembaraço aduaneiro, o material será transportado até o Instituto em um caminhão que receberá escolta especial.

As 120 mil doses já estão prontas para uso assim que o imunizante for registrado e autorizado pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). O lote faz parte da carga de 6 milhões de doses que o governo de São Paulo comprou do laboratório chinês e ficará armazenado em local não informado por questões de segurança.

Na próxima semana, outra remessa da China é aguardada: com 600 litros de insumos da vacina que serão formulados e envazados no Butantan.

Tanto as vacinas já prontas quanto a matéria-prima para a formulação das novas doses precisam ser transportadas refrigeradas entre 2 e 8 graus – a mesma temperatura em que é mantida a vacina da gripe, por exemplo. O insumo é líquido e vem armazenado em bolsas de 200 litros, dentro de contêineres nas aeronaves.

Viracopos registra recorde de movimentação de carga no mês de outubro e deve fechar ano de 2020 com maior marca desde 2012

Puxado pelo aumento das movimentações na importação, exportação e cargas domésticas, o Aeroporto Internacional de Viracopos, em Campinas (SP), registrou em outubro o maior movimento de carga (em peso) para um mês desde o início da concessão, em 2012, com um total de 27.886 toneladas. A maior marca anterior havia sido registrada no mês de setembro deste ano com 23.896 toneladas.

Com 206,1 mil toneladas já movimentadas no acumulado entre janeiro e outubro deste ano, Viracopos deve fechar o ano de 2020 com movimentação recorde para um ano desde o início da concessão. O recorde anterior para o acumulado do ano foi em 2018, com um total de 241,3 mil toneladas.

Na importação, a alta no mês de outubro chegou a 27,8% em relação ao mesmo mês de 2019, com um total de 12,5 mil toneladas ante 9,8 mil de outubro de 2019. Com isso, outubro é o melhor mês até agora no ano para a importação.

A exportação também apresentou nova alta em outubro, chegando a 36,3% em relação ao mesmo mês de 2019, com 7,4 mil toneladas enviadas para fora do país ante 5,4 mil de outubro do ano passado.

Outro setor que apresentou alta foi o de remessas expressas (courier), de importação e exportação, com 7,4% de crescimento em relação a outubro de 2019, com um total de 550 quilos ante 512 do mesmo mês de 2019.

Já as cargas domésticas, que circulam dentro do país, apresentaram o melhor mês do ano com alta de quase 10% em outubro em relação a setembro, somando 6,6 mil toneladas. No acumulado do ano, de janeiro a outubro, este setor apresentou 45,14% de alta em relação ao mesmo período de 2019.

No total acumulado deste ano foram processadas em Viracopos 42,9 mil toneladas de cargas domésticas ante 29,6 mil ton. do mesmo período de 2019.

 

TECA Viracopos – ​Hoje, o Terminal de Carga (TECA) de Viracopos é um dos mais importantes e movimentados do Brasil e é o maior em carga importada no país. Além de contar com uma ampla, ágil e moderna estrutura para movimentação, armazenamento e liberação de cargas, o aeroporto é responsável por movimentar quase 40% de toda carga aérea importada do país em toneladas.

Como reconhecimento das melhorias e dos investimentos realizados nos últimos anos, Viracopos foi eleito foi eleito o Melhor Aeroporto de Carga do Mundo no Air Cargo Excellence Awards 2018, na categoria até 400 mil toneladas/ano. A premiação é realizada pela Air Cargo World, uma das principais publicações do setor, e celebra as melhores performances na área de transporte aéreo.

O TECA tem figurado nos últimos anos no pódio da premiação. Em 2014, o Air Cargo Excellence Awards já havia premiado Viracopos como o segundo melhor da América Latina, além de ter reconhecido o terminal como o Melhor Aeroporto da América Latina no quesito Operação de Carga.

Em 2015, Viracopos ficou com o título de Melhor Aeroporto de Carga da América Latina e, em 2016, ganhou como segundo Melhor Aeroporto de Carga do Mundo. Já em 2020, o TECA obteve a premiação de terceiro Melhor Aeroporto de Carga do mundo, também na categoria até 400 mil toneladas/ano.

*Crédito da foto: Divulgação/Viracopos

Diretoria da Anvisa muda. Confira quem são os responsáveis de interface com o comércio exterior.

Brasília(DF), 16/03/2017 – Anvisa – Foto: Michael Melo/Metrópoles

Foi publicada no Diário Oficial da União (D.O.U.) desta quinta-feira (12/11) aResolução da Diretoria Colegiada (RDC) 439/2020, que define os responsáveis pelas diretorias da Anvisa.

De acordo com a publicação, a primeira diretoria ficará a cargo do diretor-presidente, Antonio Barra Torres. A segunda terá como responsável a diretora Alessandra Bastos Soares. A terceira, a diretora Cristiane Rose Jourdan Gomes. A quarta, a diretora Meiruze Sousa Freitas. E a quinta, o diretor Alex Machado Campos.

Nova composição – A Diretoria Colegiada da Anvisa já tem nova composição. No dia 4 de novembro foi nomeada e empossada a diretora Meiruze Sousa Freitas. Farmacêutica, ela é servidora da Agência, ocupante do cargo de especialista em regulação e vigilância sanitária, e já vinha atuando como diretora-substituta desde o mês de abril deste ano.

No dia 5 de novembro, foi nomeado e tomou posse como diretor-presidente Antonio Barra Torres. Médico de formação e contra-almirante, ele também já fazia parte da diretoria da Anvisa como diretor-presidente substituto.

Nesse mesmo dia também foram nomeados os novos diretores Alex Machado Campos e Cristiane Rose Jourdan Gomes. A posse de ambos ocorreu na última terça-feira (10/11). Campos é graduado em Direito e servidor efetivo da Câmara dos Deputados. Cristiane é médica e bacharel em Direito e já trabalhou na Agência de Saúde Suplementar (ANS).

A Diretoria Colegiada ainda é composta por Alessandra Bastos Soares, farmacêutica, que possui mandato até 19 de dezembro deste ano.

CONFIRA A COMPOSIÇÃO DA 5ª DIRETORIA e os responsáveis por Portos, Aeroportos, Fronteiras e Recintos Alfandegados


Quinta Diretoria

Alex Machado Campos

Diretor

Telefone(s) :  (61) 3462-6776/6503/6937

E-mail :  diretoria5@anvisa.gov.br

 

Gerência-Geral de Monitoramento de Produtos Sujeitos à Vigilância Sanitária

Fernanda Maciel Rebelo

Gerente-Geral

Telefone(s) :  (61) 3462-5465

E-mail :  ggmon@anvisa.gov.br

 

Gerência de Produtos Controlados

Renata de Morais Souza

Gerente

Telefone(s) :  (61) 3462-5832

E-mail :  med.controlados@anvisa.gov.br

 

Coordenação de Controle e Comércio Internacional de Produtos Controlados

Thiago Brasil Silvério

Coordenador

Telefone(s) :  (61) 3462-5816

E-mail :  med.controlados@anvisa.gov.br

 

Gerência-Geral de Portos, Aeroportos, Fronteiras e Recintos Alfandegados

Norberto Polla de Campos

Gerente-Geral

Telefone(s) :  (61) 3462-5558

E-mail :  ggpaf@anvisa.gov.br

 

Gerência de Infraestrutura, Meio de Transporte e Viajantes em Portos, Aeroportos, Fronteiras e Recintos Alfandegados

Karen de Aquino Noffs

Gerente

Telefone(s) :  (61) 3462-4138

E-mail :  gimtv@anvisa.gov.br

 

Gerência de Controle Sanitário de Produtos e Empresas em Portos, Aeroportos, Fronteiras e Recintos Alfandegados

Nériton Ribeiro de Souza

Gerente

Telefone(s) :  (61) 3462-4204/5571

E-mail :  gcpaf@anvisa.gov.br

 

Gerência de Gestão Administrativa de Portos, Aeroportos, Fronteiras e Recintos Alfandegados

Clodoaldo Jose de Almeida Souza Junior

Gerente substituto

Telefone(s) :  (61) 3462-544

E-mail :  gegad@anvisa.gov.br

 

Coordenação de Infraestrutura e Meio de Transporte em Portos, Aeroportos, Fronteiras e Recintos Alfandegados

Olimar Cardoso dos Santos

Coordenador

Telefone(s) :  (61) 3462-5547

E-mail :  gimtv@anvisa.gov.br

 

Coordenação de Orientação das Ações de Fiscalização Sanitária de Produtos e Empresas em Portos, Aeroportos, Fronteiras e Recintos Alfandegados

Andrea Regina de Oliveira Silva

Coordenadora

Telefone(s) :  (61) 3462-4204/5571

E-mail :  gcpaf@anvisa.gov.br

 

Coordenação de Gestão de Risco na Importação

Maria Elisa Araujo Pessoa

Coordenadora

Telefone(s) :  (61) 3462-4204/5571

E-mail :  gcpaf@anvisa.gov.br