Anac aprova a relicitação do aeroporto de Viracopos

Em reunião nesta semana, a diretoria da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) aprovou o prosseguimento dos pedidos de relicitação dos aeroportos de São Gonçalo do Amarante (RN) e de Viracopos (SP). As concessionárias dos dois terminais, Inframérica e Aeroportos Brasil Viracopos, respectivamente, apresentaram o pedido de devolução em março deste ano.

“Com o reconhecimento da viabilidade técnica e jurídica, feito hoje pela Anac, os processos seguem para o Ministério de Infraestrutura, que fará parecer sobre a compatibilidade dos pedidos com a política para o setor aéreo. O processo de relicitação, com as manifestações da agência e do ministério, é então submetido ao conselho do Programa de Parcerias de Investimentos (PPI), previamente à deliberação do presidente da República sobre a qualificação do contrato de acordo com a Lei n. 13.448/2017”, afirmou, em nota, a Anac.

O órgão regulador explicou que, após todo esse trâmite da qualificação do aeroporto pelo Executivo iniciada a preparação para a nova concessão, inclusive quanto à necessidade de aprovação de novo plano de outorga. “A adesão à relicitação é um ato voluntário da concessionária e consiste na devolução amigável do ativo com a consequente realização de novo leilão e assinatura de contrato de concessão com outra empresa, nos termos da Lei nº 13.448/2017 e do Decreto nº 9.957/2019”, explicou.

“A Anac entende a relicitação amigável como um mecanismo que traz segurança jurídica para os contratos, além de permitir a continuidade da prestação de serviços aos usuários, dado que as concessionárias deverão manter a qualidade da prestação do serviço e os requisitos de segurança operacional até que a nova empresa assuma as operações do aeroporto”, acrescentou.

Volkswagen reabre fábricas paulistas com foco nas exportações

A Volkswagen começa a reabrir suas fábricas paulistas na terça-feira, 26 – o retorno estava programado para a segunda-feira mas foi postergado em um dia por causa do feriado estadual de 9 de julho que foi antecipado para 25 de maio, como forma de reduzir a circulação de pessoas para conter a pandemia de coronavírus. Todas as áreas da planta de motores de São Carlos voltarão a operar de forma gradual, em dois turnos. Já as unidades de montagem de veículos em São Bernardo do Campo e Taubaté retornam parcialmente às atividades, alguns setores seguirão parados até 1º de junho, quando está prevista a retomada completa.
Com a reabertura das três fábricas paulistas, a Volkswagen retoma a produção de todas as suas seis unidades industriais na América do Sul. São José dos Pinhais (PR) foi a primeira no Brasil a voltar a operar, no último 18 de maio, junto com a planta de Pacheco na Argentina . A fábrica de transmissões de Córdoba já tinha sido reaberta no fim de abril e foi a primeira da região a retornar às atividades.

Foco nas exportações – As fábricas com maior volume de exportações estão retornando ao trabalho com maior intensidade, como foi o caso de Córdoba, que exporta mais de 95% das transmissões que produz, e de Pacheco que envia a picape Amarok para 35 países no mundo e passa por processo de transformação para começar a produzir um novo SUV médio-compacto no início de 2021. São Carlos também tem contratos de fornecimento externo para plantas do Grupo VW.

Ainda que de forma gradual, a unidade de São Carlos vai voltar a operar em dois turnos todas as áreas de produção, incluindo os motores da família EA211 nas versões 1.0 e 1.6 MPI (aspirados) e os turbinados 1.0 e 1.4 TSI, além do antigo EA111 1.6. “Estamos priorizando neste primeiro momento o abastecimento para os mercados externos, como a exportação dos motores 1.4 TSI para o México, bem como a produção de motores para nossa unidade em São José dos Pinhais, que voltou a produzir o T-Cross”, explica Pablo Di Si, presidente e CEO da Volkswagen para a América Latina.

Retorno com novos protocolos – As fábricas paulistas da Volkswagen ficaram fechadas por cerca de dois meses. Assim como ocorreu em São José dos Pinhais, a volta ao trabalho acontece com a intensificação de medidas de higiene e segurança, adotadas com base nas experiências das fábricas do Grupo VW na China e Alemanha, seguindo protocolos internacionais e do governo brasileiro. As equipes administrativas continuarão trabalhando remotamente, em home office.

Segundo a empresa, foram estabelecidas mais de 80 regras e medidas, reunidas em uma cartilha digital, para serem seguidas por todos os empregados no regresso às atividades, que entre outras ações inclui distanciamento de 1,5 m entre as pessoas, instalações preparadas com sinalizações de segurança e higiene, uso obrigatório de máscaras nas dependências das fábricas (a VW distribuiu 67 mil máscaras de tecido do projeto Costurando o Futuro), limpeza e desinfecção periódica de todas as áreas, medição de temperatura dos empregados antes de ingressar no ônibus fretado e na fábrica, aumento do número de fretados para garantir maior distância entra as pessoas, uso de luvas para servir-se e demarcação de assentos nos refeitórios, instalação de postos de atendimento médico (três em São José dos Pinhais, seis na Anchieta/SBC, três em Taubaté e um em São Carlos) para orientação, triagem e atendimento mais rápido. A Volkswagen também compartilhou com fornecedores e rede de concessionárias as orientações e melhores práticas.

“Este reinício está sendo um grande aprendizado para todos nós. Começamos em São José dos Pinhais na semana anterior e tudo correu de forma tranquila. Os empregados entenderam a importância da implementação das medidas e estamos retomando aos poucos a produção. Tenho a certeza que o mesmo vai ocorrer nas demais fábricas que temos no Brasil”, avalia Pablo Di Si.

 

Com informações Automotive Business

Usiminas, Gerdau e Embraer: exportadoras sobem com reabertura econômica

A reabertura de economias, como dos Estados Unidos e de alguns países da Europa, animou os investidores nesta quarta-feira, 27. Não por um acaso, as ações que apresentaram maior alta são de empresas essencialmente exportadoras. Usiminas subiu 16,33%, CSN avançou 10,79%, Gerdau, 10,96% e a Embraer, 9,49%. Por sua vez, a varejista online B2W – que ganhou mercado durante o isolamento social por causa da pandemia do novo coronavírus – apresentou queda de 1,47%.

A lógica por trás da valorização dos papéis das exportadoras é que as companhias vão poder reverter – o quanto antes – o cenário desafiador do primeiro trimestre. No caso da Usiminas, a empresa registrou prejuízo líquido de 424 milhões de reais ante lucro de 268 milhões de reais no quarto trimestre de 2019, enquanto a receita líquida teve queda de 1,7% para 3,8 bilhões de reais.

Na ocasião da publicação dos resultados – realizado na semana passada -, os analistas da Guide disseram que o quadro desafiador deveria se repetir nos próximos trimestres. “Contaram com a paralização de operações em Ipatinga e Cubatão, o que provavelmente prejudicará seu resultado operacional em cerca de 50%”, escreveram, em relatório divulgado a clientes.

O quadro não é muito diferente da Gerdau. A produção de aço bruto caiu no primeiro trimestre em relação ao mesmo período do ano passado com o recuo das exportações. Resultado: os números vieram abaixo da expectativa do mercado. A empresa anunciou então que revisou o plano de investimentos para 2020 em virtude das incertezas.

Já a CSN viu a produção da mina Casa de Pedra cair de 30% a 40%, segundo relatório do BTG Pactual, o que segundo analistas do banco pode fazer com que a empresa tenha dificuldade para recuperar a perda de toneladas nos próximos trimestres.

Autoridade do Porto de Santos projeta novos recordes, obras e mais empregos

O Porto de Santos está prestes a bater mais uma marca durante a pandemia de Covid-19. A movimentação de cargas segue em alta em maio e, com isso, devem ser registrados novos recordes operacionais no mês e no ano. As projeções também são otimistas com relação aos novos arrendamentos de terminais, previstos para agosto, além da realização de obras e da geração de empregos no cais santista.

É o que garante o diretor-presidente da Autoridade Portuária de Santos, Fernando Biral. Nesta quinta-feira (21), ele e o diretor de Operações da estatal, Marcelo Ribeiro de Souza, e o diretor de Desenvolvimento de Negócios e Regulação, Bruno Stupello, foram recebidos na sede do Grupo Tribuna pelo diretor-presidente da TV Tribuna, Roberto Clemente Santini, além da editora-chefe de A Tribuna, Arminda Augusto, e do editor de A Tribuna On-Line e do G1 Santos, Alexandre Lopes.

De acordo com os executivos, até quinta-feira, mais de 8,5 milhões de toneladas de mercadorias haviam sido movimentadas no Porto de Santos desde o início de maio, mesmo diante da crise causada pela pandemia de Covid-19. O recorde histórico de operações no mês é de 11,7 milhões de toneladas.

Ribeiro aponta a expectativa de recordes, principalmente diante da alta demanda do agronegócio. “É claro que a operação de granel é muito impactada pela chuva. Mas as projeções têm mostrado que, provavelmente, vamos bater a marca de maio. Se fizermos mais de 12 milhões de toneladas, vamos abrir uma frente de 5 ou 6 milhões de toneladas em relação a esse mesmo período de 2019”.

Já segundo Stupello, a pandemia poderá afetar as operações no segundo semestre. Mas, se isto acontecer, o impacto ficará retido à movimentação de caixas metálicas. “No contêiner, o segundo semestre, normalmente, é melhor que o primeiro. Então, pode ter uma segurada, mas o indicativo do granel agrícola é de continuar alta a movimentação no segundo semestre”.

Novas apostas – Para Biral, o ano será de renovação de apostas no Porto de Santos. “A gente vai ter a licitação de celulose que deve ser bastante disputada. Vai ser um marco e aumenta a capacidade de movimentação, além de contribuir com mais recordes”, destacou o diretor-presidente da Autoridade Portuária.

O executivo se refere aos leilões, previstos para acontecer no dia 28 de agosto, de dois terminais de celulose no cais santista, na área anteriormente ocupada pelo Grupo Libra, no Macuco e na Ponta da Praia. As estimativas do Ministério da Infraestrutura apontam que as outorgas devem girar em torno de R$ 110,9 milhões. Com as instalações, o Porto de Santos terá mais de 248,8 mil toneladas de capacidade de armazenamento de celulose.

Além disso, juntos, os dois terminais terão capacidade para movimentar cerca de 5 milhões de toneladas de celulose por ano. Este é o dobro da demanda verificada em 2019.

“A gente pretende estabelecer as bases para continuar expandindo a capacidade do Porto. Para a gente, é desenvolvimento econômico, geração de renda. Santos precisa continuar sendo o principal polo portuário do País, além de trazer um hub de contêineres de longo curso”, afirmou Biral.

Entre esses investimentos, está o leilão de um grande terminal de contêineres no Saboó. Com estudos em andamento, o projeto deve levar cerca de 18 meses para virar realidade.

Enquanto isso, a Autoridade Portuária aposta na entrada em operação do terminal da Hidrovias do Brasil no cais santista, que também deve gerar empregos na Cidade. Ele foi leiloado em agosto do ano passado e rendeu ao governo R$ 112,5 milhões em outorgas.

A capacidade de armazenagem anual da instalação é de 1 milhão de toneladas para sal e de 2,6 milhões de toneladas para fertilizantes. Neste caso, os insumos são importantes, pois abastecem a cadeia agrícola no centro do País.

A estatal aposta, ainda, no início das operações dos três novos arrendatários transitórios naquela região. Brasil Terminal Portuário (BTP), Santos Brasil e Set Port assinaram, na semana passada, contratos para a exploração de terrenos anteriormente ocupados pelo Terminal Marítimo do Valongo e pela Rodrimar.

Fonte: A Tribuna

 

Fábrica da Ford em São Bernardo tem novos interessados

Fechada no ano passado, a fábrica da Ford em São Bernardo do Campo ainda está em negociação. A princípio a maior interessada era o grupo CAOA, mas a proposta esfriou e a controladora da Chery no Brasil retirou sua proposta. Agora novas negociações chegam à mesa e marcas chinesas estão interessadas.

Segundo a Autodata, há pelo menos três interessados na fábrica paulista da Ford, sendo desses duas marcas chinesas e uma empresa fora do setor automotivo. Uma das chinesas que já demonstrou interesse é a BYD, que atualmente fabrica ônibus elétricos em Campinas, interior de São Paulo.

Outra marca chinesa que demonstrou interesse é a Foton, que tem caminhões e veículos comerciais. É possível que outra marca ainda não revelada também esteja na mesa de negociações caso BYD ou Foton tenham desistido do negócio e não anunciado.

É cogitado que as negociações avancem nas próximas semanas, mesmo em tempos de pandemia e isolamento social. Ex-trabalhadores da fábrica da Ford que produzia New Fiesta e caminhões aguardam a finalização das negociações para que o futuro dos mesmos seja traçado.