Nova indústria em estudo demanda aporte de mais de R$ 30 milhões

A indústria de pós metálicos que a Quimex planeja implantar na mineira Uberaba(MG) encontra-se em estudo de viabilidade, segundo pesquisa do Grupo ConVisão. A empresa aceita apresentação de construtoras e a previsão é de definições e obras a partir do mês de junho. O valor total do investimento, que deverá ser dividido em duas fases, deve ser de aproximadamente 32 milhões de reais.

Governo inicia desestatização dos portos de Santos e São Sebastião

Ministério da Infraestrutura assinou contrato com o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico Social (BNDES) para a realização de estudos dos novos modelos de gestão e exploração do Porto de Santos (SP) e do Porto de São Sebastião (SP). A previsão é que os resultados dos estudos sejam conhecidos no primeiro trimestre de 2021 e que o leilão ocorra em 2022, informou a Santos Port Authority (SPA) e o ministério, em nota conjunta divulgada nesta última quarta-feira (6).

O extrato do contrato para os estudos com o BNDES foi publicado, nesta segunda-feira, 4, no Diário Oficial da União. Essa etapa definirá o melhor modelo de exploração dos dois portos. Na desestatização, o Estado transfere uma atividade ou um ativo à iniciativa privada por meio de venda, concessão ou autorização.

“A busca de um modelo mais eficiente, flexível e que amplie o potencial de investimentos por meio de recursos privados para a gestão dos portos brasileiros é a próxima fronteira do setor. E o início dos estudos, sobretudo do Porto de Santos, que é responsável por 28% da corrente de comércio brasileira, é um marco definitivo nesse processo”, avalia o ministro da infraestrutura, Tarcísio Gomes de Freitas, em nota.

Porto de Santos – Somente em 2019, foram 134 milhões de toneladas movimentadas no Porto de Santos, receita líquida de R$ 967,8 milhões e lucro líquido de R$ 87,3 milhões. A taxa de crescimento anualizada é de cerca de 5%.

O porto recebe cerca de 4.800 navios por ano. O complexo portuário de Santos reúne 51 terminais, sendo 37 arrendamentos, seis terminais de uso privado (TUPs) e oito terminais retroportuários.

Porto de São Sebastião – O complexo portuário de São Sebastião é composto pelo porto público e pelo terminal de uso privado (TUP) da Transpetro. O porto encontra-se delegado pela União ao estado de São Paulo, sendo administrado pela Companhia Docas de São Sebastião (CDS).

No total, dispõe de cinco berços de atracação, quatro pátios de armazenagem, além de cinco silos com 4 mil toneladas de capacidade estática. Em 2019, movimentou 740,5 mil toneladas, aumento de 6,5% em relação ao ano anterior. Entre as principais cargas estão: granéis sólidos (94,2%), carga geral (3,5%) e granel líquido e gasoso (2,3%). Mesmo com o crescimento no volume transportado, o prejuízo líquido acumulado do porto supera os R$ 43,5 milhões.

Receita Federal revoga mais de 120 instruções normativas relativas ao comércio exterior

A Receita Federal revogou 122 instruções normativas, publicadas entre 1970 e 2019, que tratavam de assuntos relacionados ao comércio exterior. A medida faz parte do Projeto Consolidação, que busca adequar o estoque regulatório do órgão por meio da redução, consolidação e modernização das normas inferiores a decreto.

A relação de instruções normativas revogadas consta da Instrução Normativa RFB nº 1946, publicada na edição de hoje do Diário Oficial da União. Em março deste ano, a Receita Federal já havia revogado 126 instruções normativas relativas à legislação tributária, por meio da Instrução Normativa RFB nº 1.928, de 2020.

O Projeto Consolidação da Receita Federal insere-se em uma iniciativa maior projetada pelo Governo Federal, que determinou que os órgãos do Poder Executivo efetuassem a revisão de suas normas através do Decreto nº 10.139, de 2019, que entrou em vigor no início de fevereiro.

Durante o processo de revisão das normas verificou-se que muitas delas já haviam perdido seu propósito, tinham se tornado obsoletas com os avanços tecnológicos ou já haviam sido consolidadas em outras normas. Um exemplo é a Instrução Normativa nº 72, de 1996, que dispunha sobre o tratamento aduaneiro dos bens usados na construção da Ponte Internacional da Integração, situada entre São Borja (RS) e São Tomé, na Argentina. A ponte foi inaugurada há mais de 22 anos.

A meta da Receita Federal é encerrar a consolidação de suas normas até junho de 2021, simplificando a legislação tributária e trazendo mais segurança jurídica para os contribuintes.

Exportações de carne bovina podem bater recorde em 2020, diz Cepea

Países asiáticos vêm demandando mais conforme superam o período de quarentena. Cenário também é positivo para as demais proteínas brasileiras

Exportações de carne bovina vivem o melhor ano da história e podem bater recordes. De acordo com o Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea), os embarques em abril totalizaram 117 mil toneladas, alta de 6,5% em relação ao ano passado. Um dos motivos é o aumento da demanda dos países asiáticos, como a China, que quase dobrou as compras nos primeiros quatro meses do ano.

A China já vinha comprando bastante carne bovina brasileira desde o final do ano passado e, nesse momento de pós-quarentena, os embarques vem se recuperando, afirma o pesquisador do centro, Thiago Bernardino.

O pesquisador explica que a visibilidade da nossa carne se dá em combinação de oferta mais restrita no mundo inteiro, promoção do produto pelo Ministério da Agricultura com comitivas por todo o mundo e a relação comercial construída com a China ao longo do ano passado.

O problema chinês com a peste suína africana pode abrir espaço para exportar ainda mais, e não só para a carne bovina como para as proteínas suína e de frango, afirma Bernardino.

A Covid-19 parou o mundo, menos a indústria farmacêutica

A humanidade está passando por um dos piores momentos na saúde dos últimos tempos em função da Covid-19, doença que teria surgido na cidade de Wuhan (China) em dezembro de 2019, atravessou fronteiras e, em alguns meses, já devastou o mundo com milhares de vítimas.

No Brasil, não está sendo diferente. O número de infectados e vítimas fatais cresce a cada dia. O grande desafio é conter a disseminação do vírus, altamente contagioso e, principalmente, com alta taxa de mortalidade, o que gera uma expectativa de agravamento exponencial para os próximos meses. O País, seguindo a tendência mundial, parou.

Na contramão, a indústria farmacêutica entrou numa verdadeira corrida contra o tempo na busca pelo tratamento e cura da Covid-19. Desde os primeiros rumores sobre a chegada do novo Coronavírus, este setor, tanto no Brasil quanto no mundo, se organizou para enfrentar os desafios que estavam por vir e aumentou a sua atuação. Desde então, não parou mais.

Globalmente, o setor farmacêutico tem protagonizado iniciativas essenciais no combate e tratamento à Covid-19, por meio de parcerias com governos e organizações internacionais, doações de medicamentos e outras ações focadas no paciente e na contenção do vírus. Além disso, a indústria tem concentrado esforços em pesquisas por alternativas terapêuticas inovadoras, em medicamentos, vacinas e diagnóstico. Mas para chegar a um tratamento ou à cura de fato, inúmeras pesquisas clínicas ainda precisam ser realizadas.

Atualmente, o site do governo federal dos Estados Unidos que reúne todos os ensaios clínicos em andamento, o Clinical Trials, registra que existem no mundo 465 pesquisas1 relacionadas ao novo Coronavírus. A maioria está concentrada na América do Norte, com 140 pesquisas, seguida da Europa e Ásia, com 128 e 76 estudos, respectivamente.

O Brasil registra 10 pesquisas clínicas em curso e tivemos ainda a contribuição de duas pesquisadoras brasileiras. Ester Sabino, diretora do Instituto de Medicina Tropical (IMT) da USP, e Jaqueline Góes de Jesus, pós-doutoranda na Faculdade de Medicina da USP, que se tornaram mundialmente conhecidas por terem descoberto, em 48 horas, o sequenciamento genético do novo Coronavírus.

Diante do número expressivo de vítimas, o total de pesquisas clínicas relacionadas à Covid-19 pode parecer insignificante. Mas quando comparado ao volume de pesquisadores, médicos e cientistas envolvidos e o tempo que se leva para encontrar uma alternativa e aprovar um protocolo para a realização de estudos clínicos, o cenário muda completamente.

Para efeito de comparação, o volume de pesquisas no mundo passou de 157 para 465 em pouco mais de um mês e os Estados Unidos, um dos países mais ágeis, levam, em média, 30 dias para aprovar um protocolo de pesquisa clínica. Portanto, estes números comprovam que em pouco tempo dezenas de laboratórios farmacêuticos direcionaram seus esforços para a pesquisa e desenvolvimento de um novo medicamento no combate à Covid-19, sem perder o foco na produção dos tratamentos já existentes, garantindo o acesso a medicamentos pela população.

No Brasil, embora o País tenha cientistas altamente capacitados, e seja atraente à pesquisa por suas dimensões continentais e diversidade étnica, ainda existem entraves processuais que prejudicam a realização de estudos clínicos.

Por outro lado, as indústrias farmacêuticas associadas à Interfarma continuam trabalhando ativamente, tanto para garantir o abastecimento de medicamentos quanto em parcerias e diálogos constantes com o Ministério da Saúde e a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) para a segurança e bem-estar dos brasileiros.

Independentemente dos esforços e desafios, o maior resultado virá da união da população, em reconhecer a sua responsabilidade neste momento de crise e colaborar. Sobretudo, em respeito e agradecimento às autoridades e profissionais de saúde, que estão trabalhando ininterruptamente para a segurança e cuidado dos pacientes e de toda uma nação. E, assim como estes profissionais, as indústrias farmacêuticas também seguirão incansáveis na busca pela solução.

Fonte: Saude Business