Valdir Santos faz abordagem sobre o momento dos Despachantes Aduaneiros e o futuro pós-pandemia. Após acusar positivo para Covid-19, o bem-sucedido empresário de Comércio Exterior também relata cura ao lado da família.

Em entrevista exclusiva ao Portal LogNews, um dos profissionais de comércio exterior de maior destaque no Brasil, Valdir Santos, abre o coração e revela superação e cura do COVID-19.

Um dos maiores especialistas do setor no País traz ainda sua experiência e as conquistas dos Despachantes Aduaneiros ao longo dos anos (categoria comemorou 170 anos de existência) e fala de futuro: o mundo pós-pandemia.

Na abertura do Logcast, Valdir Santos enaltece marca de 500 edições do LogNews.

Líder no mês, Viracopos atinge quase 25% das Declarações de Importação (DI’s) no Brasil

Receita Federal atribui à vocação cargueira de Viracopos, o diferencial para a marca de maior entre as Alfândegas da Receita Federal no País nos últimos 30 dias, face à prioridade aos produtos contra Covid-19

A Receita Federal registrou e desembaraçou, no aeroporto de Viracopos, mais de 1,1 mil Declarações de Importação (DI) de mercadorias a serem utilizadas no combate à pandemia da Covid-19 desde o dia 20 de março. O número é o maior entre as Alfândegas da Receita Federal no País e representa quase 25% do total nacional. Mais de R$ 180 milhões em produtos foram importados via Viracopos, entre eles máscaras, kits para testes, respiradores e luvas.

Em mais de mil declarações de importação, o desembaraço ocorreu em tempo médio de cinco horas a partir do registro pelo importador. O chamado “desembaraço aduaneiro” é a liberação, pela Receita Federal, da entrada de mercadorias no País após a comprovação da regularidade da carga. A liberação prioritária cumpre o objetivo de defender e atender os interesses da população em tempos de pandemia.

Somente no mês de abril, foram registradas mais de 800 Declarações de Importação de produtos vinculados à pandemia. A média diária passou de 20, registrada em março, para 40. “O forte movimento se explica pelo fato de o aeroporto ter uma logística montada para operar com aviões cargueiros. Nesse período da Covid-19, a participação de Viracopos no total geral de declarações de importações do Brasil saltou de 14% para 19,5%, disparando entre os aeroportos e encostando no primeiro colocado, que é o Porto de Santos, com 21%”, explicou o auditor-fiscal Fabiano Coelho, delegado da Receita Federal na Alfândega de Viracopos.

Entre as medidas adotadas para atender a essa demanda estão a criação de uma cartilha com orientações sobre o desembaraço de mercadorias vinculadas à Covid-19 e a identificação antecipada das cargas relacionadas à pandemia para tratamento prioritário e, conforme o caso, orientação ao importador. Também foram ampliadas as competências do plantão 24 horas da Receita Federal no aeroporto, que passou a cuidar das cargas da Covid-19 a qualquer hora, inclusive finais de semana e feriados.

Além disso, atos normativos locais foram elaborados para facilitar o tratamento das cargas ligadas à contenção da pandemia, instituindo formas alternativas de realização do trabalho, como a conferência física remota de cargas por auditores-fiscais trabalhando em home office pelo risco da Covid-19.

“Houve engajamento de todo o pessoal da Alfândega nas atividades de desembaraço e de controle aduaneiro. Nesse período, mais de 100 kg de cocaína foram apreendidos pela Alfândega no aeroporto. Por um lado, facilitamos o comércio lícito; por outro, tornamos mais rigoroso o controle do contrabando e do descaminho”, afirmou o delegado da Receita Federal na Alfândega de Viracopos.

Com informações da Receita Federal do Brasil

Presidente do Porto de Santos anuncia desligamento, após terminal registrar maior primeiro trimestre da história

Casemiro Tércio Carvalho anunciou na tarde da última sexta-feira, dia 24 de abril, o desligamento da presidência do Porto de Santos, o mais importante e movimentado da América Latina. Em texto com o título “Carta aberta à sociedade”, ele agradeceu ao ministro da Infraestrutura, Tarcísio Gomes de Freitas, pela oportunidade de “preparar a Companhia para a desestatização com a máxima geração de valor” e anunciou que o seu substituto será o atual diretor de Administração e Finanças, Fernando Biral.

A movimentação de cargas pelo Porto de Santos em março registrou recordes mensal e acumulado. Ao atingir 12,74 milhões de toneladas, o mês superou em 12,1% o resultado de março de 2019 e elevou o acumulado do ano a 31,62 milhões de toneladas, resultando no melhor primeiro trimestre da história, 1,4% acima da maior marca anterior para o período, registrada em 2018, e 3,9% de alta sobre janeiro a março de 2019.

O bom desempenho deveu-se principalmente ao crescimento de 14,6% no total mensal dos embarques, que somaram 9,74 milhões de toneladas. No trimestre, o avanço de 2,4% permitiu ao Porto de Santos atingir 22,3 milhões de toneladas embarcadas. Também o fluxo inverso apresentou crescimento. As descargas cresceram 4,8% no mês e 7,5% no trimestre, alcançando 3, milhões de toneladas e 9,37 milhões de toneladas, respectivamente.

“Com o aquecimento no comércio marítimo de diversas cargas, o Porto de Santos mostrou agilidade  no recebimento e  escoamento das mercadorias e elevada produtividade operacional frente a essa demanda”, destacou Casemiro Tércio Carvalho, em seu último depoimento como presidente da Santos Port  Authority (SPA), lembrando que Santos conta hoje com uma capacidade de atendimento para a movimentação de até 162 milhões de toneladas ao ano para uma previsão de demanda da ordem de 136 milhões de toneladas em 2020.

Justiça encerra disputa e define 5 dias para assinatura do contrato para gestão do novo Porto Seco de Anápolis (GO)

Sentença da Desembargadora do TRF4 ratifica vitória da Aurora da Amazônia para assumir gestão do Novo Terminal Alfandegado, que atenderá ao segundo maior polo farmacêutico do Brasil, com potencial de movimentação de R$ 45 bilhões em 25 anos

A justiça determinou, em caráter de urgência, que a União conclua o processo administrativo da Concorrência Pública em um prazo de cinco dias, convocando a vencedora da licitação, Aurora da Amazônia, para assinatura do contrato, sob pena de fixação de multa diária. Determina, ainda, que fica resguardado o direito da Aurora de substituir o terreno indicado por outro adequado ao fim a que se destina.

Com a sentença proferida pela Desembargadora do TRF4, Daniele Maranhão, a empresa – que é especializada em serviços logísticos e operação de portos secos – deve assumir nos próximos dias a gestão do porto seco de Anápolis. Isso acontece exatos dois anos após vencer a licitação, que foi concluída em março de 2018, com a menor proposta comercial. À época, após a derrota, a segunda colocada (a mesma empresa que há 20 anos opera no local) entrou com medidas judiciais para postergar a licitação. Desde então, um imbróglio jurídico impediu o andamento do novo contrato.

O Porto Seco de Anápolis tem potencial de movimentação de R$ 45 bilhões em 25 anos, segundo estudo da Receita Federal, e atende diretamente ao segundo maior polo farmacêutico do Brasil. A Aurora prevê investimentos de R$ 90 milhões no porto seco para proporcionar um salto de qualidade nos serviços do terminal, o que deve gerar cerca de 1.500 empregos diretos e indiretos.

 

Entenda o caso:

Em março de 2018, a Aurora da Amazônia venceu, ao oferecer a melhor proposta comercial, a licitação para operar o porto seco de Anápolis pelos próximos 35 anos. À época, após a derrota, a segunda colocada (a mesma empresa que há 20 anos opera no local) entrou com medidas judiciais para postergar a licitação. Desde então, foram várias medidas que impediram o andamento do novo contrato.

Scania, MAN e Volkswagen Caminhões e Ônibus retomam a produção de caminhões e ônibus no Brasil

Marcas estão entre as maiores fabricantes de veículos comerciais do país. Mercedes e Volvo, outras gigantes, devem reativar as linhas na próxima semana.

Volkswagen e Scania, duas das maiores fabricantes de caminhões e ônibus do Brasil, retomaram a produção em suas fábricas nesta segunda-feira (27), após cerca de 1 mês de paralisação por conta da pandemia de coronavírus.

Juntas, elas possuem 36,9% do mercado de caminhões e 23,6% do segmento de ônibus.

A Volkswagen (Foto Divulgação) vice-líder nas duas categorias, havia interrompido a fabricação de veículos comerciais em Resende (RJ) em 25 de março.

O retorno, no entanto, será gradual, e com redução de jornada e salário em 25%. Dos 4,5 mil funcionários, 1.000 retornaram ao trabalho nesta segunda.

Para aqueles que estão trabalhando, a empresa diz que adotou medidas preventivas, como higienização dos ônibus fretados e redução do número de usuários em cada veículo, restrição da capacidade dos restaurantes, uso de máscaras e equipamentos de proteção individual específicos para cada atividade, entrega de máscaras descartáveis para visitantes e motoristas, entre outros.

 

Scania também volta – A Scania, quarta maior fabricante de caminhões e ônibus do país, também retomou as atividades de forma parcial em São Bernardo do Campo (SP).

A empresa disse que fez alterações nos ônibus fretados, portarias, restaurantes, além de ter criado um segundo turno, para reduzir a aglomeração na fábrica. Por fim, a Scania afirmou que criou uma linha direta 24 horas com o departamento médico para atendimento dos colaboradores.

Volvo adia retorno – Já a Volvo, terceira marca que mais vende caminhões, e que tinha previsto o retorno da produção para esta segunda-feira (27), decidiu adiar o reinício das operações em uma semana.

Agora, parte dos 3,7 mil funcionários da unidade de Curitiba, devem voltar ao trabalho na próxima segunda-feira, 4 de maio. Eles aprovaram a redução de 25% na jornada de trabalho e no salário. Outra parte dos funcionários terá os contratos suspensos.

 

Com informações: Automotive Business