Importações desembaraçadas em São Paulo ganham Portaria para utilização de crédito de ICMS

Foi publicada a Portaria que autoriza a utilização de crédito acumulado de ICMS para a compensação de ICMS nas importações desembaraçadas em território paulista.

São créditos acumulados de ICMS das empresas junto a fazenda estadual.

Muitas empresas desconhecem o fato de que o saldo credor acumulado de ICMS registrado através de vários meses consecutivos em sua escrita fiscal, equivale a dinheiro.

Confira a Portaria: https://legislacao.fazenda.sp.gov.br/Paginas/Portaria-CAT-24-de-2020.aspx#shareContainer

Portal Único Brasileiro pode ser impactado por Sistema Harmonizado da OMA

Organização Mundial das Alfândegas (OMA) apresentará mudanças significativas na Sétima Versão do Sistema Harmonizado que irá vigorar a partir de 2022. A Parametrização do Catálogo de Produtos do Portal Único pode ser impactada.

A Organização Mundial das Alfândegas (OMA) divulgou agora em janeiro de 2020, algumas características gerais que nortearam a sétima versão do Sistema Harmonizado Internacional de Classificação e Codificação de Mercadorias (“HS”), que acaba de ser aprovado por todas as partes signatárias da Convenção do Sistema Harmonizado (“Harmonized System Convention”).

Desde sua origem, o HS recebe atualizações a cada 5 ou 6 anos com o objetivo de atualizar-se e estar sempre alinhado com as demandas do comércio internacional de mercadorias de todos os tipos. O HS 2022, que é a sétima edição da nomenclatura do Sistema Harmonizado (SH) usada para a classificação uniforme de mercadorias comercializadas internacionalmente em todo o mundo, entrará em vigor em 1º de janeiro de 2022.

O SH serve de base para tarifas alfandegárias e para a compilação de estatísticas do comércio internacional em 211 economias (das quais 158 são Partes Signatárias da Convenção do SH).

A sétima edição do HS 2022 trará mudanças importantes no Sistema Harmonizado, com um total de 351 conjuntos de alterações, cobrindo uma ampla gama de mercadorias que atravessam fronteiras.

Vejamos alguns destaques:

  • A adaptação ao comércio atual por meio do reconhecimento de novos fluxos de produtos e abordagem de questões ambientais e sociais de preocupação global são as principais características das alterações do HS 2022;
  • “Visibilidade” será adotada, a vários produtos importantes, na edição 2022, reconhecendo-se as mudanças nos padrões comerciais. O lixo elétrico e eletrônico, comumente chamado de “e-waste”, é um exemplo de classe de produto que apresenta preocupações políticas significativas e alto valor comercial, portanto, o HS 2022 incluirá disposições específicas para sua classificação;
  • Novas disposições para produtos novos à base de tabaco e nicotina também resultaram das dificuldades de classificação desses produtos, da falta de visibilidade nas estatísticas comerciais e do valor monetário muito alto desse comércio;
  • Os veículos aéreos não tripulados (VANTs), comumente referidos como “drones”, também terão suas próprias disposições específicas para simplificar a classificação desse tipo de aeronave;
  • Os smartphones ganharão sua própria subposição e Nota Explicativa relacionada, que esclarecerão e confirmarão a atual classificação de cabeçalho desses dispositivos multifuncionais;
  • Foram realizadas grandes reconfigurações para as subposições da posição 70.19, relativa a fibras de vidro e suas obras, e para a posição 84.62, referente a máquinas de moldagem de metais. Estas mudanças reconhecem que as subposições atuais não representam adequadamente os avanços tecnológicos nos respectivos setores, o que causa dificuldades de classificação;
  • Outra área importante para o futuro é a classificação de montagens intermediárias multiuso e um exemplo muito importante desse produto foi abordado no HS 2022: os módulos de tela plana serão classificados como um produto por si só, o que simplificará sua classificação, eliminando a necessidade de identificar o uso final;
  • Saúde e segurança também foram destaque nas mudanças. O reconhecimento dos perigos de atrasos na implantação de ferramentas para o diagnóstico rápido de doenças infecciosas em surtos levou a mudanças nas disposições desses kits de diagnóstico para simplificar a classificação;
  • Novas disposições para placebos e kits de ensaios clínicos para pesquisa médica para permitir a classificação sem informações sobre os ingredientes em um placebo ajudarão a facilitar a pesquisa médica;
  • As culturas celulares e a terapia celular estão entre as classes de produtos que possuirão disposições novas e específicas. No nível de segurança humana, várias novas disposições fornecem especificamente vários itens de dupla utilização. Estes variam de toxinas a equipamentos de laboratório;
  • A proteção da sociedade e a luta contra o terrorismo são papéis cada vez mais importantes para as alfândegas. Muitas subposições foram criadas para bens de dupla utilização que podem ser desviados para uso não autorizado, como materiais radioativos e cabines de segurança biológica, bem como para itens necessários para a construção de dispositivos explosivos improvisados, como detonadores;
  • Bens especificamente controlados sob várias convenções também foram atualizados. A edição do HS 2022 introduz novas subposições para produtos químicos específicos controlados pela Convenção sobre Armas Químicas (“CWC” da sigla em inglês), para certos produtos químicos perigosos controlados pela Convenção de Roterdã e para certos poluentes orgânicos persistentes (“POPs” da sigla em inglês), controlados pela Convenção de Estocolmo. Além disso, a pedido do Conselho Internacional de Controle de Narcóticos (“INCB”), novas subposições foram introduzidas para o monitoramento e controle de fentanilos e seus derivados, bem como dois precursores de fentanilos. Alterações importantes, incluindo a nova nota 4 da Seção VI e a nova 38.27, foram introduzidas para gases controlados pela Emenda Kigali do Protocolo de Montreal;

 

E as alterações não se limitam à criação de novas disposições específicas para várias mercadorias. As alterações também incluem um melhor detalhamento de textos para garantir a aplicação uniforme da nomenclatura. Exemplo: existem alterações no esclarecimento e no alinhamento entre francês e inglês acerca da maneira adequada de medir madeira em bruto para fins das subposições da posição 44.03.

Devido ao amplo escopo das propostas de alteração, há muitas mudanças importantes e que, devido a limitações, não puderam ser mencionadas nesta breve introdução. As partes interessadas serão solicitadas a ler atentamente a recomendação que será publicada em breve.

Embora janeiro de 2022 possa parecer distante, muito trabalho ainda será feito nos níveis nacional e regional da OMA para a implementação oportuna da nova edição do HS.

A OMA está atualmente trabalhando no desenvolvimento de tabelas de correlação (necessárias) entre a versão atual (2017) e a nova edição do HS e na atualização das publicações do HS, como as Notas Explicativas, as Opiniões de Classificação, o Índice Alfabético e o banco de dados online do HS.

As administrações aduaneiras e as comunidades econômicas regionais têm papel importante para que o HS 2022 entre em vigor no tempo adequado, conforme exigido pela Convenção do HS. Dessa forma, já estão sendo incentivadas a iniciar o processo de preparação para a incorporação do HS 2022 em suas tarifas nacionais ou nomenclaturas estatísticas.

Para as empresas, é importantíssimo que estejam cientes, pelo menos em nível conceitual, das mudanças que são esperadas para 2022. No Brasil, os órgãos oficiais normalmente estão alinhados com o cronograma de vigência das mudanças do Sistema Harmonizado, então, em meados do próximo ano, deveremos ter uma fotografia detalhada das alterações que passarão a vigorar em 1 de janeiro de 2022.

No que tange à implementação do Catálogo de Produtos no Portal Único de Comércio Exterior, o governo inaugurou um precedente único na sociedade brasileira: a realização de audiências públicas setoriais, tendo como fórum as associações e entidades de classe, a fim de permitir o debate dos atributos que serão empregados no novo processo de importação.

Nos citados encontros, o governo tem se mostrado proativo e interessado em conhecer, dos especialistas de cada setor, quais atributos (características próprias de cada produto/material) são relevantes e passíveis de prestação de informação por parte das empresas.

Deste modo, o setor privado tem a missão de participar ativamente do debate e de contribuir com a construção do novo processo de importação, de forma a permitir uma melhor descrição das mercadorias objeto de seu comércio exterior, com vistas à correta classificação fiscal.

Este rompimento de paradigma está alinhado à pretensão do país de ingressar na Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE), que busca estimular o progresso econômico e o comércio mundial.

Representa, outrossim, os avanços que a revolução tecnológica tem trazido à sociedade mundial (comumente tratada dentro do preceito de “Indústria 4.0”), que demanda velocidade, eficiência, assertividade e conformidade.

A conformidade exigida pela Indústria 4.0 atinge a comunidade brasileira de comércio exterior. Haverá um salto tecnológico importante com a adoção da Declaração Única de Importação (DUImp), e um de seus fundamentos mais importantes será o Catálogo de Produtos.

Ele permitirá às empresas a padronização da descrição a ser adotada em suas declarações aduaneiras, assim que forem definidos os atributos, e trará maior segurança jurídica às operações comerciais, eis que:

1º definidos os atributos, haverá o trabalho de se revisar o banco de dados de descrições de produtos/materiais. Isto implicará em um maior nível de conformidade aduaneira (o chamado “trade compliance”);

2º superada esta fase de adaptação (necessária e indispensável para a Indústria 4.0), o fluxo de mercadorias vivenciará um nível maior de velocidade, eficiência e assertividade;

3º espera-se que estas medidas haja a diminuição na aplicação de multas aduaneiras.

O momento atual abre uma oportunidade ímpar à sociedade: de um lado, o governo deseja simplificar o processo aduaneiro (realidade para a exportação), e de outro, a iniciativa privada, sempre focada na melhoria contínua, deverá manter-se alinhada a esta necessidade: adaptação de suas rotinas ao Catálogo de Produtos do Portal Único de Comércio Exterior e ao SH 2022.

Considerando, contudo, que o esforço de implementação de tais mudanças significativas encontra-se em estágio avançado, com as definições dos atributos setoriais do Catálogo de Produtos em construção, o advento da nova configuração do SH 2022 poderá demandar uma necessária revisão dessa estrutura em momento oportuno.

 

Estudo produzido por Fábio Rabelo – diretor RGC Consultoria

e Engenharia – contou com a colaboração de Cícero Caetano

da Silva Junior, Head of Export Control and Customs

da Siemens Healthcare Diagnósticos.

Continental Pneus abre vagas de comércio exterior e logística

A área de negócios Pneus oferece os pneus perfeitos para uma vasta gama de aplicativos diferentes – desde carros, caminhões e ônibus até veículos especiais, bicicletas e motos. Através de investimento contínuo em Pesquisa e Desenvolvimento, a Continental contribui enormemente para uma mobilidade segura, econômica e ecologicamente eficiente. O portfólio da área de negócios Pneus inclui serviços para o comércio de pneus e aplicativos de frota, além de sistemas de gerenciamento digital para pneus.

Confira no quadro abaixo as vagas abertas:

Job title Location Function Publication
Logistics Analyst Jr.

Job ID: 141584BR

Jundiaí, Brazil 2020/03/13
Marketing Specialist (Communication & Sponsorship)

Job ID: 143900BR

Jundiaí, Brazil 2020/03/12
Foreign trade analyst

Job ID: 131079BR

Itapevi, Brazil Administration and Assistance 2020/03/07
Controller

Job ID: 131124BR

Ponta Grossa, Brazil Facility Management, Finance and Controlling 2020/03/06
Logistics Manager Mercosur

Job ID: 140563BR

Jundiaí, Brazil Logistics 2020/03/04

Informações https://www.continental-jobs.com/index.php?ac=jobad&id=1265515

 

Transporte aéreo perde representatividade no comércio exterior brasileiro

O aumento das exportações brasileiras de produtos básicos e a queda na venda de bens industriais têm refletido diretamente na participação do transporte aéreo de cargas no comércio exterior. De acordo com estudo da Confederação Nacional da Indústria (CNI), o percentual de cargas transportadas por aviões passou de 18,7% em 2000 para 11,1% em 2018. Um valor bem inferior ao dos Estados Unidos, por exemplo, onde esse modal representa 27,5%. Na União Europeia, a representatividade é ainda maior e salta para 33,1%.

Assim como outras reduções, esse não é um bom sinal para a economia brasileira, já que o valor médio de cada quilo exportado pelo modal aéreo é de US$ 9,4, enquanto no marítimo cai para US$ 0,3 e, no rodoviário, US$ 2,2. O impacto ainda é maior quando focado no setor industrial, que mais utiliza o transporte aéreo para envio de produtos de maior valor agregado, e foi o mais afetado com essa queda. A situação pode ainda piorar com o avanço do coronavírus, visto que a população acuada já deixou de lado as viagens aéreas, e as empresas enfrentam dificuldades no comércio em geral e embarque de produtos de maior valor agregado.

No entanto, essa redução no transporte aéreo, não significa que o Brasil não está exportando, mas sim que a preferência atual é por outros modais, como o marítimo, ideal para a locomoção de cargas como commodities e outras de baixo valor agregado, que cresceram na porcentagem de exportação nos últimos anos. O volume também aumentou, o volume exportado em aviões aumentou nos últimos anos, passando de 368 mil toneladas em 2000 para 832 mil toneladas em 2018, porém a representatividade desse número é bem menor.

Uma solução para reverter a crescente queda, apresentada por especialistas, é a redução de barreiras, a melhoria da infraestrutura, diminuição da burocracia, transparência e a ampliação de acordos internacionais. Empecilhos que bem ajustados podem incentivar um maior investimento em transporte aéreo. “Investir em acordos comerciais mais vantajosos, de produtos de alto valor agregado, acordo de “céus abertos” para facilitar o trânsito de cargas aéreas, reduzir cargas tributárias e outras ações por parte das autoridades, incentivariam a retomada do transporte aéreo e seria extremamente vantajoso para a economia”, explica a Asia Shipping, maior integradora logística da América Latina.

Histeria com Coronavírus tira Hamburg Süd / Aliança e outros 7 players da Feira Intermodal

A histeria com o Coranavírus, que tomou conta do Brasil nas últimas semanas, atingiu em cheio o conglomerado Hamburg Süd/Aliança. Com apenas 4 casos confirmados no Brasil, o Covid19 leva ao óbito comprovadamente “apenas” 2% das pessoas que contraem o vírus e que, ainda, possuam alguma doença em curso ou debilitadas. Não há casos de morte em crianças com menos de 10 anos em todo o mundo.

O surto contagiou a Imprensa brasileira e algumas atitudes se aproximam do histerismo. A mais recente, foi anunciada pelas gigantes do setor marítimo, em Nota Oficial, em suas mídias sociais: as empresas não participarão da Feira Intermodal, marcada para 17 a 19 de março, em São Paulo. “Entendemos que as questões de saúde e segurança são prioritárias no cenário atual e uma situação que esse contato passa a ser um risco, cumpre-nos o dever da prudência no zelo ao bem estar de todos”, diz a Nota da Hamburg Süd/Aliança.

Se juntam a elas na mesma decisão: o Grupo Craft, a Allink Neutral Provider, a South Cargo Latam, o Grupo MSL, a A.P Moller, Maersk, a DB Schenker e a Blue Logistics.

As empresas, bem como alguns órgãos de Imprensa, não consideraram que o Ministério da Saúde registrou 2.629 casos de gripe ao longo do ano de 2017, com 487 mortes. Isso representa uma taxa de mortalidade dos infectados que foram até o posto de saúde e depois morreram de 18,5% com GRIPE NORMAL`. Doenças relacionadas à gripe provocam até 650 mil mortes por ano no mundo, portanto, antes mesmo do Covid19.

Organizadores confirmam evento e anunciam cuidados – A Markets Brasil, responsável pela realização da Intermodal South America, divulgou: “reafirmamos por meio desta nota que o evento está mantido e irá acontecer no período de 17 a 19 de março, conforme previamente estabelecido.

Estamos monitorando constantemente a situação em relação ao novo Coronavírus, o Covid-19, para que o evento ocorra em segurança, adotando as recomendações do Ministério da Saúde, inclusive no que tange ao esclarecimento de clientes e parceiros sobre os diversos boatos que circulam na internet sobre este vírus, que podem causar pânico na população, além de atrapalhar os trabalhos de investigação das autoridades competentes”.

Higienização – Uma das medidas já tomadas pela Informa Markets Brasil, e em consonância com as orientações dos órgãos de saúde pública, foi a aquisição de lotes de álcool gel 70%, que estarão à disposição de todos os participantes da Intermodal South America, nas entradas do pavilhão, nos sanitários, restaurantes e nos balcões de atendimento durante todos os dias do evento.

Higienização II – A Informa Markets Brazil incrementará as equipes de limpeza do pavilhão, para manter as superfícies de contatos constantemente higienizadas.

Sem chineses – Até o momento, nenhum tipo de restrição de acesso foi estabelecido em virtude de país de origem, mas a equipe da Informa Markets Brasil também está monitorando o perfil de visitantes credenciados para a feira e destaca que a visitação estrangeira resulta em menos de 5% do total de visitantes. Informamos também que expositores procedentes da China, país mais afetado pelo vírus, decidiram postergar a sua participação para 2021.