Exportações brasileiras crescem 10% em maio e Importações, 12%.

Cargo containers

As exportações brasileiras cresceram 10% em maio deste ano, na comparação com maio do ano passado. Segundo a Fundação Getúlio Vargas (FGV), o destaque ficou com as vendas para os Estados Unidos, que cresceram 72% no mês, na comparação com o mesmo período de 2018.

Ao mesmo tempo, as exportações para a Argentina e a China tiveram queda. O comércio com o vizinho sul-americano vem caindo desde o início do ano por conta da crise econômica argentina. Já as vendas para a China vêm desacelerando desde março.

O aumento das exportações para os Estados Unidos pode ser explicado pela alta nas vendas de óleo bruto de petróleo (492%) e semimanufaturados de ferro e aço (322%) para aquele país. Os dois produtos responderam por 24% do total exportado pelo Brasil para o mercado norte-americano.

As importações brasileiras (provenientes de todos os países) cresceram 12,9% em maio. O saldo da balança comercial do país foi de 6,3 bilhões de dólares no mês. No acumulado do ano, as exportações recuaram 0,9%, enquanto as importações cresceram 1,8%. O saldo acumulado é de 22,1 bilhões de dólares.

Toyota Europa se interessa por híbrido flex brasileiro a ser produzido em Indaiatuba (SP)

A subsidiária da Toyota na Europa está interessada no híbrido flex, desenvolvido pela equipe de engenheiros da empresa no Brasil em parceria com a matriz, no Japão. A tecnologia – inédita no mundo – será utilizada pela primeira vez no novo Corolla, cuja produção inicia em setembro na fábrica de Indaiatuba (SP) com lançamento confirmado para outubro no mercado brasileiro.

“Chamou a atenção essa combinação que parece ser muito simples, do flex com o híbrido, juntar isso pela primeira vez chamou a atenção do mundo: ‘pode-se ter um carro ainda eficiente e menos poluidor, com uma matriz ainda mais limpa dentro de uma tecnologia que já se conhece”, disse na segunda-feira, 17, o diretor de relações governamentais da Toyota no Brasil, Ricardo Bastos, durante sua participação do seminário Ethanol Summit, realizado em São Paulo.

Para o executivo, a solução é adequada para colocar o Brasil no hall global de desenvolvimento das novas tecnologias para a mobilidade. “Rompemos uma barreira: o etanol fala, conversa e se une à eletricidade então pensamos, juntamente com a Única [União da Indústria de Cana-de-Açúcar] ‘por que não o Brasil influenciar os outros?’”, disse referindo-se ao ineditismo da união entre a tecnologia híbrida e flex no mesmo veículo.

“A Toyota Europa nos consultou para entender o que é isso; eles têm etanol na região em porcentuais muito pequenos em alguns países, chega a 5%. Então chamamos a Unica e pensamos em fazer um world show, mostrar isso para o mundo. Cada país está buscando seu caminho”, completou Bastos citando Europa, Índia, Tailândia e Indonésia como possíveis interessados.

O executivo comentou ainda sobre a assinatura de uma portaria que amplia os chamados debêntures incentivados: com isso, o setor terá aportes de R$ 9 bilhões para tratar e cultivar cana-de-açúcar. A assinatura foi feita na cerimônia de abertura do evento pelos respectivos ministros das pastas de Minas e Energia, da Agricultura, do Meio Ambiente e da Casa Civil na presença de outras autoridades e representantes do setor.

“Parte desses recursos hoje colocados aqui são para melhorar a qualidade e a produtividade do etanol. Ainda há muito o que fazer na produção do etanol ela pode ser mais eficiente. O setor [sucroalcooleiro] já foi muito afetado pelas políticas de combustível, mas agora está retomando, os investimentos estão voltando”, disse Bastos a respeito da nova portaria.

Com Informações: Automotive Business

Amazon aumenta sua frota de aviões para agilizar entregas

Já está ficando difícil saber em quais setores a Amazon ainda não tem participação. Além de controlar a maior loja de comércio eletrônico do planeta e o maior serviço de computação na nuvem, o conglomerado estende seus tentáculos pela produção e distribuição de conteúdo, com seu Amazon Prime, pelos supermercados, com a cadeia norte-americana Whole Foods Market, pelos convênios médicos, pela exploração espacial e, é claro, pela logística.

O braço da Amazon que surgiu para atender sua própria demanda de entrega de mercadorias já começa a incomodar gigantes do setor nos Estados Unidos, como UPS, Fedex e DHL. E essa notícia mostra que o pessoal de Jeff Bezos está só no começo da história. A empresa anunciou hoje uma ampliação de sua frota de aviões de carga. Hoje, a Amazon já tem 50 aviões a seu serviço. A ampliação veio como uma resposta à Fedex, que deixou de transportar produtos da Amazon por via aérea. O segmento da Amazon responsável pelo transporte aéreo foi batizado de Amazon Air e pretende incorporar mais 20 Boeings até 2021.

Recentemente, a Amazon causou ainda mais incômodo no setor, ao anunciar um programa em que qualquer um pode fazer entregas para ela – um tipo de Uber das encomendas – dedicado exclusivamente aos produtos vendidos pela gigante.

Após fusão com a Boeing, Embraer aposta pesado no cargueiro KC-390 no Paris Air Show

As incertezas sobre o futuro da Embraer após a compra de 80% da área comercial pela Boeing não são poucas. A transação deve se concretizar até o fim do ano. Num contexto de desconfiança em relação à fabricante americana e guerra comercial entre Estados Unidos e China, a empresa brasileira focou a sua participação no Paris Air Show, o maior salão aeronáutico do mundo, nos seus carros-chefes de defesa e jatos comerciais de médio porte, além de jatinhos.

A feira é a primeira participação da Embraer em um evento internacional depois da transação com a Boeing. Além disso, o salão também é um marco importante nos festejos dos 50 anos da fabricante.

Para comemorar, a indústria brasileira levou ao Bourget o cargueiro KC-390, a maior aeronave já fabricada no Brasil. O primeiro de uma série de 28 aviões encomendados pela FAB deve ser oficialmente entregue ao retornar ao país, nas próximas semanas, numa compra estimada em R$ 7,2 bilhões. Trata-se da aeronave mais tecnológica já elaborada pela marca.

“A produção está em dia. Na linha de montagem, já temos até o FAB número 7, em diferentes estágios”, explica Valter Pinto Junior, vice-presidente dos programas de Defesa e Segurança da Embraer. “Nesse ano, teremos mais uma para ser entregue além dessa, e o contrato são 28 aeronaves até 2026. A forma e a cadência que iremos entregar por ano é uma informação confidencial do governo brasileiro, que envolve questões estratégicas de como ele está se emparelhando.”

Os KC-390 poderão transportar cargas e veículos militares, como um tanque médio, levar até 80 soldados ou 66 paraquedistas, realizar operações humanitárias ou de salvamento, além de poder abastecer caças no ar. O setor representa um filão apetitoso para a fabricante: aos poucos, os 2,5 mil antigos C-130 Hercules da FAB serão substituídos por novos cargueiros. Com a vitrine do salão de Paris, a Embraer espera emplacar novos contratos mundo afora, embora tenha preferido manter sigilo sobre potencias compradores.

“O produto levantou a barra e trouxe um novo patamar para a indústria, não só para a Força Aérea Brasileira (FAB), mas também para todo o mercado. É um produto que trouxe tecnologias que, para essa categoria, você não encontra”, argumenta Pinto Junior. “As últimas aeronaves que foram desenvolvidas para a categoria de transporte médio militar são plataformas antigas.”

Turbulências na Boeing

O novo jato executivo Praetor 600 e jato comercial E195-E2 são as outras duas apostas de contratos da Embraer no salão, marcado por fortes pressões sobre a Boeing, que não perdeu oportunidades de se desculpar pelas duas recentes catástrofes envolvendo seus 737 MAX. A companhia americana enfrenta turbulências pela suspensão do modelo em vários países, inclusive nos Estados Unidos. A guerra comercial entre os americanos e os chineses não colabora para melhorar a situação – a China é o maior mercado de jatos comerciais da Embraer.

A área de defesa não foi incluída na joint venture com a Boeing, à exceção justamente do KC-390. A fabricante brasileira espera que, apesar da atual crise de confiança na marca americana, a influência e a tradição da Boeing poderão ajudá-la a conquistar novos clientes em países onde a construtora de São José dos Campos é menos conhecida.

“As discussões continuam em andamento e a transação ainda não aconteceu. Ela está na fase de planejamento, sujeita à aprovação de órgãos reguladores e esperamos que acontecerá no final do ano. Até lá, não existe nenhum trabalho em conjunto das duas empresas”, ressalta Pinto Junior.

O Paris Air Show se encerra domingo (23).

Com informações da Agência Brasil

Exportações são as maiores do Aeroporto de Viracopos nos últimos seis meses

O Aeroporto Internacional de Viracopos, em Campinas (SP), registrou alta de 12% no saldo de cargas movimentadas, em relação ao mesmo período do ano anterior, embora as importações tenham sido reduzidas diante das oscilações no preço do dólar americano, que alcançou teto de até R$ 4,10.

O levantamento da concessionária ABV (Aeroportos Brasil Viracopos), responsável pela gestão do terminal, indica que, a alta (principalmente na movimentação de passageiros) sinaliza a reação do aeroporto após passar pela crise mais expressiva desde o início da concessão. Viracopos está em recuperação judicial e a venda de ações está em avaliação.

A movimentação de cargas em maio, incluindo as operações domésticas e internacionais (exportações e importações), no comparativo com 2018, representa crescimento de 12%, de acordo com os dados da concessionária. Ao todo, aproximadamente 19,7 mil toneladas passaram pelo terminal do aeroporto, enquanto que no mesmo período do ano anterior foram 17,6 mil.

O acumulado desde janeiro representa crescimento de 3,2% – passou de 89,9 mil para 92,9 mil. O total somado nas operações doméstica subiu 920% – foi de 1,5 mil para 15,4 mil toneladas.

 

Cargas domésticas: 15,4 mil toneladas

Cargas internacionais: 77,4 mil toneladas

Soma: 92,9 mil toneladas

Cargas domésticas: 1,5 mil toneladas

Cargas internacionais: 88,4 mil toneladas

Soma: 89,9 mil toneladas

 

O fluxo de exportações, responsável por 6,1 mil toneladas, é o maior em seis meses. Antes disso, o melhor resultado ocorreu em novembro de 2018, quando foram contabilizadas 6,7 mil toneladas.

As importações representaram 10 mil toneladas e o resultado refletiu as oscilações do dólar americano, que alcançou maior valor em 20 de maio, quando a cotação terminou em R$ 4,10. No comparativo com abril (10,3 mil toneladas), a baixa foi de 2,9%; enquanto que em relação ao total registrado no mesmo mês de 2018 (11,6 mil toneladas) a variação negativa foi de 11,1%.

Com informações G1