Principais candidatos à Presidência da República recebem “Plano Nacional de Facilitação de Comércio Exterior e Logística Internacional”

SINDASP produziu e inicia entrega do documento referente a propostas a serem implementadas no próximo Governo Federal

As mais variadas organizações internacionais, como Banco Mundial e Organização Mundial do Comércio (OMC), publicaram – e continuam publicando – estudos que correlacionam o desenvolvimento econômico de um País ou de uma Região à corrente de comércio exterior, seja de mercadorias ou de serviços. Destaca-se que estudos internacionais também indicam forte correlação entre o comércio internacional, a inovação e o crescimento econômico sustentável a longo prazo.

Em vista do cenário de aumento de competitividade internacional, da necessidade da continuidade de importantes projetos para a comunidade brasileira de comércio exterior e logística, além de mais inovações a serem implementadas, o SINDASP – Sindicato dos Despachantes Aduaneiros de São Paulo – desenvolveu o Plano Nacional de Facilitação de Comércio Exterior e Logística Internacional, que apresenta algumas macro propostas a serem realizadas durante o período 2023-2026.

O Brasil apresenta um enorme potencial de integração às cadeias globais de valor. No ano de 2021, segundo dados do Banco Mundial, a corrente de comércio representou apenas 39% do Produto Interno Bruto. Em termos de comparação: a média da América Latina e Caribe foi de 52%; a média dos membros da OCDE(Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico) foi de 52%; a média da União Europeia foi de 93%; e a média mundial foi de 52%.

Essa baixa participação, PIB versus comércio exterior, é refletida no Ranking de maiores exportadores e importadores da OMC: segundo dados de 2021, no fluxo de exportação, o Brasil ocupa a tímida 25ª posição; na importação, é o 27º maior importador mundial. O País não atinge a representação de 1.5% de todas as transações internacionais, apesar do peso do agronegócio brasileiro no cenário mundial.

O Governo Federal vem buscando a modernização nos últimos dez anos, desde a implementação do megaprojeto Portal Único, o início da internalização da Convenção de Quioto Revisada à implementação de legislações que buscam melhorar o ambiente de negócios. Entretanto, os concorrentes internacionais também têm realizado o “dever de casa” e avançado nas modernizações internas.

Entrega aos Presidenciáveis – “Como representantes da categoria dos Despachantes Aduaneiros de São Paulo, não poderíamos deixar de nos manifestar e contribuir com propostas que poderão auxiliar decisões estratégicas para o futuro de nosso País”, defendeu Elson Isayama, Presidente do SINDASP, ao iniciar a entrega do documento à primeira presidenciável, em função da agenda, Simone Tebet.

O documento contendo este Plano Nacional, dividido em 9 (nove) diretrizes, será entregue pelos Presidente e Vice-Presidente do SINDASP, em mãos, aos Candidatos à Presidência da República Jair Bolsonaro (PL), Lula (PT), Simone Tebet (MDB) e Ciro Gomes (PDT).

Em parceria com o SDAERGS – Sindicato dos Despachantes Aduaneiros do Estado do Rio Grande do Sul – na pessoa de seu vice-presidente Fábio Ciocca, a referida proposta também foi entregue para Hamilton Mourão (Republicanos) candidato ao Senado pelo Estado do Rio Grande do Sul.

Maior aproximação e foco nas transformações do comércio exterior brasileiro marcam posse de uma nova Feaduaneiros

Um encontro solene marcou a condução do Empresário PernambucanoJosé Carlos RAPOSO Barbosa, à Presidência da Feaduaneiros – Federação Nacional dos Despachantes Aduaneiros. A cerimônia de posse para a nova diretoria ocorreu, nesta quarta-feira, 03 de agosto de 2022, no Brasil 21, no Salão Juca Chaves, em Brasília (DF).

Entre os objetivos da nova equipe, a busca da inserção da categoria na agenda de discussões internacionais de processos nas aduanas e avanços sociais na maior valorização destes profissionais autônomos. “Além disso, assumimos o compromisso com práticas facilitadoras a um processo aduaneiro ainda mais moderno, ágil, seguro, eficaz e previsível”, afirmou Raposo, novo Presidente da Feaduaneiros.

Única entidade representativa desta categoria, responsável pela gestão de 96% dos processos de comércio exterior, a Feaduaneiros é reconhecida pelos órgãos governamentais brasileiros, entidades privadas e é membro da ASAPRA, órgão internacional que congrega as entidades representativas dos Despachantes Aduaneiros de todos os países das Américas, além de Espanha e Portugal. Neste fórum, a Entidade quer não só levar suas experiências para outros países, mas também trazer práticas inovadores para o mercado brasileiro.

Entre os avanços sociais, de imediato, a Feaduaneiros – com o apoio da CNC, as Federações estaduais e dos demais Sindicatos em seus respectivos estados – está negociando o acesso dos Despachantes Aduaneiros às estruturas de lazer e saúde dos SESCs e na educação continua por meio dos SENACs.

Prestígio de Autoridades – Autoridades participaram do evento, entre elas, Jose de Assis Ferraz Neto, Subsecretário-Geral da Receita Federal do Brasil; Jackson Aluir Corbari, Subsecretário de Administração Aduaneira; Mirela Batista, Coordenadora-Geral de Administração; Aduaneira Fábio Florêncio Fernandes, Coordenador-Geral do Sistema de Vigilância Agropecuária Internacional; Leonardo Diniz Lahud, Secretário Adjunto da CAMEX; e Tiago Barbosa, Coordenador-Geral de Projetos Estratégicos e Gerente do Programa Portal Único da SECEX – Secretaria de Comércio Exterior do Ministério da Economia. Estes foram alguns dos importantes nomes que prestigiaram a solenidade festiva na noite do último dia 03/08, na capital federal.

A nova equipe será responsável pela Federação no período de 23 de junho de 2022 a 22 de junho de 2026. A composição da nova Diretoria segue abaixo:

 

Presidente
José Carlos Raposo Barbosa (PE)
  Vice-Presidente
Welington de Jesus Victoriano (ES)
1º Secretário
Elson Ferreira lsayama (SP)
  2º Secretário
Célia Regina Gomes (RJ)
1º Tesoureiro
Carlos Alberto de Melo (SP)
  2º Tesoureiro
Marcelo Clark Alves  (RS)
Suplentes    
1º Creso Correa de Amorim Filho (BA)
2º André Roberto Freire Dias da Silva (PA)
3º Marco Antônio F. Almaraz (PR)
4º Edwandro de Menezes Batista (AM)
  5º Durinel Bolivar Simas (PE)
6º Marcelo Antônio Belisário (MG)
Conselho Fiscal    
Efetivos
1º Valdir Aparecido dos Santos (SP)
2º Flávio Demétrio da Silva (PR)
3º Marcelo Barbosa Peixoto  (AM)
  Suplentes
1º Fábio Freitas Ciocca (RS)
2º Leonardo Vianna Gomes (SP)
3º Tiago Scota Moreira (ES)
Delegados Representantes junto à CNC
Efetivos
1º José Carlos Raposo Barbosa (PE)
Welington de Jesus Victoriano (ES)
  Suplentes
1º Elson Ferreira Isayama (SP)
2º Otávio Gomes Rodrigues (RJ)
Delegados Representantes junto ao Conselho Nacional do SESC
Efetivo
José Carlos Santana (MG)
  Suplente
Roosewelt Veloso Repezza (GO/DF)

Setores têxtil e calçadista se destacam em 70% das exportações aéreas da Asia Shipping

Embora o mercado da exportação aérea tenha vivenciado algumas quedas com a volta da oferta em outros modais, a Asia Shipping, multinacional brasileira integradora de cargas, registrou um aumento de 6% nas suas operações no primeiro semestre de 2022, se comparado com o mesmo período do ano passado.

A empresa tem uma perspectiva de crescimento de 15% até o final do ano. Para concretizar essa projeção, a empresa aposta em suas principais rotas que têm como destinos Colômbia, Equador e Chile. Juntos, esses países representam 70% das rotas na exportação aérea. Dentre as cargas mais movimentadas, destacam-se produtos voltados para a indústria têxtil e de calçados.

Para Eduardo Rosa, responsável pelo Desenvolvimento de Negócios Exportação Aérea da Asia Shipping, as boas negociações são responsáveis pelo aumento nas operações. “Mesmo o mercado mostrando queda neste primeiro semestre, registramos um incremento positivo neste período. Como agenciador de cargas e atuando em diversos modais, tentamos realizar o melhor negócio para nosso cliente”, comenta.

Mesmo com boas expectativas, a multinacional enfrenta alguns percalços, como o aumento no preço do combustível. No transporte porta a porta, por exemplo, as negociações demandam mais tempo e os preços sofrem alguns reajustes. Nesse tipo de serviço, a Asia Shipping busca o produto na fábrica do exportador, leva até o aeroporto, faz o desembaraço da carga – no embarque, desembarque — e leva o produto até a fábrica do importador. Para realizar o transporte da fábrica até o aeroporto e na perna final, do aeroporto até a fábrica, são utilizados veículos rodoviários, o que impacta diretamente os custos da operação.

Caterpillar injeta R$ 600 mi em linha de produção e máquinas chegam para 120 países

A Caterpillar Brasil apresentou essa semana à imprensa o resultado dos investimentos em sua nova linha de montagem de motoniveladoras em operação. De acordo com o presidente da unidade de Piracicaba, Odair Renosto, foram necessários R$ 600 milhões para se construir a maior e mais moderna fábrica do equipamento no mundo, considerado um dos símbolos da produção nacional. Todo o projeto deve ser concluído em 2023.

Além do prefeito Luciano Almeida, fizeram parte da mesa diretiva do evento o vice-presidente mundial da divisão de motoniveladoras da CAT, Frédéric Istas.

“Começamos a produzir motoniveladoras no país na década de 1960, desde então, já foram fabricadas mais de 80 mil unidades para atender as mais diferentes necessidades globais”, disse Renosto.

“De lá para cá muitas coisas mudaram e a CAT seguiu sempre na linha de frente da inovação. Esses investimentos iniciados em 2018 vão permitir a criação de equipamentos de nova geração, com novas tecnologias e processos”.

A planta da unidade será 50% maior que a anterior e com a mais alta tecnologia robótica. A CAT está também com um novo logotipo para evitar falsificações. No fundo da palavra CAT há uma espécie de colmeia onde estão criptografadas informações para impedir o trabalho de infratores.

“Na linha de montagem podemos ver máquinas diversas, de modelos diferentes, umas com volantes e outras com join stick, há máquinas, inclusive, com tanta tecnologia e que exigem combustíveis especiais, para atender países específicos, tanto é que teriam dificuldades para circular no Brasil”, observou o assessor de comunicação Renato Sanchez, durante a visita da linha de produção.

Sobre o mercado da CAT, Renosto contou que o setor privado é o maior consumidor das motoniveladoras, representando 98% do consumo, focado predominantemente em infraestrutura e mineração, sendo os EUA o maior mercado demandante. Boa parte dos componentes de todas as máquinas também é de produção brasileira. “Contamos com um conteúdo nacional correspondente a pouco mais de 50% dos componentes, o que torna nossa balança comercial superavitária”, observou.

120 países – Parte dos motores, por exemplo, é produzida em Curitiba, outra parcela é comprada dos EUA e China. As máquinas abastecem cerca de 120 países do mundo. Renosto destacou o fato de a CAT ter sua própria fonte geradora de energia, a partir de usina fotovoltaica. “Temos uma usina própria e ela compõe nossa estratégia que segue os parâmetros mundiais de produção limpa e de sustentabilidade, para a preservação ambiental”, concluiu.

Luciano Almeida disse que todos os recursos do setor privado para investimentos em Piracicaba são bem-vindos. “Este é mais um investimento que compõe os R$ 4,1 bilhões que estão sendo investidos pelo setor industrial na cidade, para geração de empregos qualificados, anunciados recentemente em nosso mandato. Destaco também que a planta da CAT de Piracicaba é um exemplo para o mundo”.

Exportação de veículos acumula aumento de 28,7% de janeiro a julho, diz Anfavea

A produção de veículos cresceu 33,4% em julho na comparação com o mesmo mês de 2021, segundo balanço divulgado no último dia 05, pela Associação Nacional de Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea). Foram fabricadas em julho deste ano 219 mil unidades, o que também representa um aumento de 7,5% em relação a junho. No acumulado de janeiro a julho, foram produzidos 1,3 milhão de veículos, uma queda de 0,2% na comparação com os primeiros sete meses de 2021.

As vendas de veículos novos tiveram elevação de 3,7% em julho na comparação com o mesmo mês do ano passado. Foram emplacadas, 182 mil unidades no período. Na comparação com junho, as vendas aumentaram 2,2%. No acumulado do ano, a comercialização de veículos registra retração de 12% em relação ao mesmo período de 2021, com a venda de 1,1 milhão de unidades.

Segundo o presidente da Anfavea, Márcio de Lima Leite, apesar do crescimento, as vendas mantiveram estabilidade e a percepção foi a de que houve maior volume nas vendas para frotistas, com 50 mil unidades. Ele reforçou que a diferença não é tão significativa, porém impactou o setor e é motivo para observar e entender o que está ocorrendo.

“A alta de juros e a restrição ao crédito naturalmente gera maior dificuldade de acesso, porque nosso setor depende fundamentalmente do crédito. Há uma redução que continua desde que os juros aumentaram e a participação das vendas à vista e a prazo começa a se distanciar. Neste ano 35% das vendas são a prazo e 65% à vista. No ano passado era exatamente o oposto”, disse.

Exportação em alta – As exportações de veículos tiveram alta de 76,3% em julho na comparação com o mesmo mês do ano passado, com 41,9 mil unidades vendidas para o exterior. Ante junho, o número de unidades comercializadas no mercado exterior teve queda de 11,4%. No acumulado dos sete meses do ano, a alta nas exportações ficou em 28,7%, com a comercialização de 288,2 mil unidades para outros países.

“Percebe-se uma pequena retração ocasionada por questões na Argentina. Mas ainda assim é motivo de comemoração porque o setor continua mantendo um bom nível de exportações”, analisou Leite.

A quantidade de pessoas empregadas na indústria de veículos registrou aumento de 1,1% em julho em relação ao mesmo mês de 2021. Atualmente, as montadoras têm 103,8 mil trabalhadores. Na comparação com junho, a elevação é de 1,3%.

Foto: Divulgação/EBC