Após última rodada de concessões, SOCICAM é a maior administradora de aeroportos do Brasil

A SOCICAM foi elevada à condição de maior operadora privada de aeroportos no Brasil, com 24 terminais aeroportuários sob sua gestão.

Essa liderança ocorreu após a empresa adquirir o “Bloco Norte II”, formado pelos aeroportos de Belém (PA) e Macapá (AP), arrematado pela empresa ao lado da Dix, formando o Consórcio Novo Norte. O grupo pagou R$ 125 milhões pelos dois aeroportos do bloco, com ágio de 119,78% em relação ao lance mínimo inicial de R$ 56,9 milhões.

Os 15 aeroportos leiloados pela Agência Nacional de Aviação Civil (ANAC) no início de agosto, em São Paulo, renderam um total de R$ 2,716 bilhões para o Governo Federal. O valor total inicial a ser pago pelos vencedores da 7ª rodada de concessão representa um ágio médio de 116,94% em relação ao lance mínimo inicial total de R$ 938,4 milhões.

Os 15 aeroportos serão concedidos à iniciativa privada por um período de 30 anos.

Os três blocos de aeroportos processam, juntos, aproximadamente 15,8% do total do tráfego de passageiros do país, o equivalente a mais de 30 milhões de passageiros por ano (dados de 2019, período pré-pandemia). Entre 2011 e 2021, o programa de concessão aeroportuária no Brasil concedeu o equivalente a 75,82% do tráfego nacional à iniciativa privada. Somado à 7ª rodada, esse percentual atingirá 91,6% de passageiros atendidos em aeroportos concedidos.

A SOCICAM informa que desenvolveu um modelo de negócio capaz de atender os níveis de exigência do poder público e dos passageiros com eficiência e excelência operacional, “como se pode notar nos terminais que administra”.

Anac estabelece valores da recomposição financeira dos aeroportos de Guarulhos e Galeão

A Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) revisou o Fluxo de Caixa Marginal do contrato de concessão do Aeroporto Internacional de Guarulhos (SP). Com isso, a concessionária terá direito a R$ 750,866 milhões referentes ao desequilíbrio verificado em 2021, a valores de 18 de dezembro de 2021.

De acordo com a decisão publicada no Diário Oficial da União (DOU), a recomposição do equilíbrio econômico-financeiro do contrato será realizada, conforme anuência do Ministério da Infraestrutura, por meio da revisão da contribuição fixa devida pela concessionária em 2021.

O saldo remanescente, se houver, acrescenta a decisão, será deduzido nas parcelas de contribuição variável e fixa futuras, atualizado pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) e pela taxa de desconto do fluxo de caixa marginal de 8,55%

A Anac aprovou, também, a revisão extraordinária do contrato de concessão do Aeroporto Internacional do Galeão, localizado no Rio de Janeiro (RJ), “com o objetivo de recompor o equilíbrio econômico-financeiro”. Pela decisão, publicada no Diário Oficial da União (DOU) desta terça-feira, 30, o valor referente ao desequilíbrio verificado pela falta de atualização dos valores de tarifas corresponde a R$ 1,140 milhão na data-base de julho de 2021.

“A recomposição do equilíbrio econômico-financeiro do contrato será realizada, após a anuência do Ministério da Infraestrutura, por meio da revisão da contribuição mensal e/ou contribuição fixa devida pela concessionária”, diz a Anac na decisão.

A diretoria do órgão regulador sugeriu que o valor seja incorporado nos cálculos de indenização que a operadora irá receber no processo de relicitação do terminal.

Plascar investe em nova fábrica no interior de SP

A Plascar, que desenvolve e produz peças plásticas para veículos automotivos, iniciou as operações de sua nova fábrica em Caçapava (SP), na última sexta-feira, 19. O projeto faz parte do processo de reestruturação da companhia e visa atender montadoras da região do Vale do Paraíba.

A nova unidade está instalada no condomínio DVR Business Park, ocupa área com mais de 22 mil m² e irá produzir, inicialmente, para-choques para a Volkswagen. Trata-se, segundo Paulo Silvestri, diretor-presidente da Plascar, de uma das mais modernas instalações industriais do país, com elevada capacidade de injeção e pintura. “Contamos com uma linha de injeção de peças plásticas de grande porte, principalmente para-choques, e uma linha automática de pintura, com tecnologia alemã e robôs recém-chegados ao Brasil”, explica Silvestri.

O executivo não divulgou o valor investido na unidade. “É difícil precisar o investimento total desta planta, pois ela é composta por mão de obra, know-how, transferência de equipamentos de outras unidades e aquisição de novos equipamentos. Mas não há dúvidas que foram investidos dezenas de milhões de reais”. Segundo ele, o investimento foi feito com recursos próprios e contou com apoio de instituições financeiras parceiras privadas.

Para este início de operações, a planta de Caçapava conta com cerca de 65 colaboradores, mas deverá chegar, nesta primeira fase, a 150 no total. A previsão é que a primeira fase da planta esteja completa no primeiro semestre de 2023. Novas fases dependerão de novos projetos estabelecidos com as montadoras.

Silvestri escolheu o Vale do Paraíba para a construção da nova unidade em razão do número de montadoras de automóveis operando na região. “Escolhemos Caçapava em razão da localização, das rodovias de fácil acesso, da concentração de indústrias automotivas e de alta tecnologia, da qualidade da mão de obra técnica e do bom ambiente para fazer negócio, além do suporte que recebemos do município”, explica.

NOVA PLASCAR – A empresa informa que vem passando por um intenso processo de reestruturação, marcado pela recuperação das plantas de Jundiaí, em São Paulo, e de Varginha e Betim, em Minas Gerais, e por implementações de mudanças profundas na gestão e na governança. Este processo teve início em 2018, com a chegada da Mapa Capital, liderado por Paulo Silvestri.

Desde então, mesmo com a pandemia, a Plascar contratou mais de 500 colaboradores, chegando a 2.300, e dobrou seu faturamento. A decisão de expandir a produção com a instalação de mais uma unidade ocorreu após a diretoria identificar que para, realizar o potencial de crescimento da companhia nesta reestruturação, seria necessário mais uma planta, estrategicamente localizada.

“Hoje, inauguramos esta fábrica, que ilustra com grande estilo o renascimento de nossa empresa. Uma unidade de produção muito bem localizada, moderna, bonita, eficiente e voltada para o futuro”, conclui Silvestri.

Fonte: https://www.usinagem-brasil.com.br/51566-plascar-investe-em-nova-fabrica-no-interior-de-sp/

Crise logística faz frete por contêiner ficar em torno de US$ 10 mil

Um dos efeitos da crise logística desencadeada pela pandemia de Covid-19 foi o aumento considerável do preço do frete por contêiner no mercado mundial. De acordo com levantamento da Confederação Nacional da Indústria (CNI), o valor ficou em torno de US$ 10 mil nos últimos meses, sete vezes maior do que o praticado antes da pandemia.

O aumento ocorreu porque a frota global de navios não consegue dar conta de /toda demanda de trânsito internacional de mercadorias. E o frete acaba se tornando mais uma fonte de pressão inflacionária que se soma a várias outras que estão atingindo não só o Brasil, mas tantas outras economias.

Gerente de Transporte e Mobilidade Urbana da CNI, Matheus de Castro explica que até houve queda na média mundial do preço do frete por contêiner nos últimos meses, mas o valor de US$ 10 mil segue sendo cobrado para o transporte de um contêiner grande, de 40 pés, em grandes rotas globais aquecidas. É o caso do trajeto entre Estados Unidos e China e até mesmo o valor cobrado para importação da China para o Brasil.

“Em dezembro do ano passado o preço chegou a 13 mil dólares. Houve uma queda nos primeiros meses desse ano e, tanto por conta das paralisações do novo lockdown da China, quanto por conta da guerra da Ucrânia, o frete voltou a subir, se mantendo no patamar de 10 mil dólares”, diz Castro.

O especialista destaca que as empresas de navegação estão registrando lucros recordes. O lado positivo é que, com o faturamento em alta, as companhias estão encomendando novas embarcações que devem começar a operar em 2023. Isso irá aumentar a oferta de capacidade de transporte, o que pode atenuar o desequilíbrio do mercado de navegação.

Na análise de Castro, este ano ainda será de dificuldades na logística internacional. Se o mercado permanecer como está, sem nenhuma grande ruptura no mercado de navegação, talvez os problemas logísticos comecem a se normalizar e os preços comecem a cair. Mas os fretes não devem voltar para o patamar de antes da pandemia.

Fonte: https://abolbrasil.org.br

O Tango Argentino

Por Ricardo Drago*

Tenho acompanhado a Economia Argentina a muitos anos, que em linhas gerais sofre os reflexos pela crise de crédito após ter dado vários calotes em títulos de credores internacionais e principalmente junto ao FMI, sem uma alternativa de curto prazo tenta rolar um problema até agora sem solução, passando do internacionalmente conhecido TANGO para mais uma TANGA financeira.

No histórico deste longo caminho que aflige a economia argentina, destaco o último grande impacto em 2001, quando declarou que não ia pagar US$ 100 bilhões de sua dívida pública, em 2005 houve uma renegociação e 90% dos credores que aceitaram a proposta, os outros 10% os chamados fundos abutres negaram e judicializaram, obrigando a Argentina a pagar.

Daí por diante a crise não parou e o reflexo se deu nas ações de governo, na politica fiscal, na crise econômica, no fluxo cambial, enfim na crise sistêmica que a cada ano deflagra o empobrecimento desta nação que já foi a mais ricas da América do Sul.

PREÇO CUIDADO” – Hoje a Argentina se depara com o tabelamento de preços, em Junho os preços subiram 5.3%, no acumulado de 12 meses a alta chega a 64%, que alerta para o pico de inflação que em 2003 era de 10.5% e em 2022 tende a 90.2% (projeção) e que em 5 anos elevou de 17,9% para 37.5% da população que vive abaixo da linha de pobreza.

MOEDA – A Crise Cambial é outro problema, a falta de moeda forte tem fragilizado ainda mais todo o processo de crise, as reservas cambiais que em 2003 era de 14.1 BI, o atual Governo recebeu em 2019 com 44.9 BI e agora em 2022 tem 32.4 BI (junho) (-28% de perdas em 3 anos).

Enquanto o Brasil com o Real em 1994, chegou ao marco de parear ao dólar, mantendo a flutuação do câmbio, e hoje após 28 anos, beiramos os R$5.20. A Argentina com o Peso em politica mais dura aplicou a mesma paridade de 1991 até 2003 mantendo o cambio fixo, o que fez sangrar a economia a época com quebra de contratos e ‘corralito’, mas depois teve superávits externos e fiscais, com estabilidade de preços, batendo recordes no Governo Macri, em 2017 alcançando PIB de US$642 BI, em 2018 atingiu US$66.2BI em Reservas Cambiais e agora no Governo de Alberto Fernandez após 31 anos da paridade monetária, o câmbio oficial é de ARS$135 por dólar e no paralelo Dólar Blue de ARS$200 por dólar, com inflação de 64%a.a. e Balança Comercial negativa com Déficit em Julho de USD-115 milhões.

É realmente um grande desafio gerir a atual crise e o sofrimento da sociedade argentina, é impactante pois não reflete o grande potencial social, econômico e cultural deste país, sempre tão proeminente e rival da disputa do desenvolvimento da comunidade Sul-americana.

  • Ricardo Drago é Diretor Presidente da
    AGESBEC – Armazéns Gerais São Bernardo do Campo