Certificação CEIV Pharma abre novos mercados para atrair cargas para Viracopos
Ainda sobre o setor de carga aérea, o terminal tem recebido premiações internacionais e até mesmo a recente certificação CEIV Pharma. Há expetativa de outras neste sentido?
MARCELO MOTA – A CEIV Farma foi de fato importante, não só a certificação em si, mas a certificação para a gente reflete as melhorias no procedimento que, com isso, a gente dá a garantia do manuseio correto de carga farmacêutica. E nós temos essa certificação de boas práticas, e fizemos investimentos não só de processos, mas também de infraestrutura. De infraestrutura, nós trocamos todo o sistema de controle de umidade e temperatura das câmaras frias, ajustamos e temos mais possibilidades de um novo “set points’, fizemos segmentação das câmaras frias, com portas para manter a temperatura mais controlada…Então houve todo esse investimento de infraestrutura, mas muito também de processo: registro de danos, verificação de temperatura ao longo de todo processo, tratamento diferenciado da carga via treinamento dos empregados de como fazer ela para permitir oscilação de temperatura. Foi um trabalho de mais de 2 anos para gente obter essa certificação. E ela chegou agora e isso nos abre mercado, porque existe uma certificação, então a gente garante uma certa qualidade no mercado do produto, então isso é um certo diferencial com a concorrência. E também abre um novo mercado porque tem clientes no mundo que só operam em aeroportos que sejam certificados CEIV Farma. Como a gente tem e existe no Brasil só mais um aeroporto [Galeão], eu acho, que tem, então com isso a gente consegue atrair clientes que hoje ou não voam para o Brasil ou voam para o Brasil e voam só no Galeão. Então a certificação nos abre esse mercado que só permite a operação em aeroporto certificado. Guarulhos também tem esse certificado. Nós éramos o único com certificação OEA, mas o Galeão conseguiu ano passado também. Mas fomos o primeiro. A gente trata valor CIF, já que teve essa mudança de tratar carga de alto valor agregado.
NOTA DA REDAÇÃO: Maior em valor FOB – O TECA de Viracopos é um dos mais importantes e movimentados do Brasil e hoje é o maior do país em valor FOB (“free on board” – na tradução direta “livre a bordo” de carga importada, chegando a operar 37% do valor dos embarques aéreos da importação do Brasil nessa modalidade, também conhecida popularmente como preço “posto na fábrica” ou “a retirar”. Além de contar com uma ampla e moderna estrutura para movimentação, armazenamento e liberação de cargas, o TECA Importação Viracopos (FOTO) é responsável por processar aproximadamente 33% do peso de toda carga aérea importada no país.
Free On Board – Com esta ampliação, o aeroporto consolida ainda mais sua importância no cenário de transporte de carga aérea no Brasil. Hoje, o Terminal de Carga (TECA) de Viracopos é um dos mais importantes e movimentados e também o maior em valor FOB (Free On Board) de carga importada no país. A carga em valor FOB significa o vendedor (embarcador) das mercadorias só é responsável por elas até o momento em que são coletadas ou redespachadas. A partir daí, a responsabilidade sobre o custo do transporte fica por conta do destinatário.
Portanto, além de contar com uma ampla, ágil e moderna estrutura para movimentação, armazenamento e liberação de cargas, o aeroporto é responsável por movimentar quase 40% de toda carga aérea importada do país em toneladas.