Novo edital pode reduzir à metade a área do aeroporto e comprometer futuro de Viracopos, afirma Jornal
O Jornal Hora Campinas apurou que técnicos da Secretaria de Aviação Civil – que prepara o novo edital do Aeroporto de Viracopos – estiveram em Campinas na semana passada; fizeram uma série de medições e concluíram que a área a ser incluída na nova concessão representa a metade da prevista na atual concessão.
Aeroporto-cidade está ameaçado – Se isso se confirmar, cai por terra aquele projeto que seduziu os atuais concessionários, pelo qual se pretendia transformar Viracopos num aeroporto-cidade e um dos maiores da América Lima.
Gustavo Müssnich, o presidente do consórcio Aeroportos Brasil Viracopos S.A. – que administra o aeroporto – e o presidente do conselho de administração do consórcio, João Villar Garcia, estiveram na quarta-feira (19/05) na Câmara Municipal para trata do assunto. Em seguida, foram manifestar a preocupação ao prefeito da cidade, Dário Saadi.
“A relicitação já com a modelagem de uma área menor para Viracopos deve ser consolidada em poucos dias, com a realização de audiência pública”, disse Garcia, segundo a assessoria de imprensa da Câmara. “Entendemos que temos obrigação de avisar as autoridades do que está acontecendo, por isso viemos a Câmara: se isso ocorrer, será um desfavor a Campinas”, complementou ele.
“Nos foi exposto pelos presidentes a tendência de que na relicitação de Viracopos o aeroporto tenha uma área menor, o que na prática significa uma redução no número de voos, inclusive os internacionais, reduzindo a expressão do aeroporto e gerando um impacto financeiro direto em Campinas”, disse o presidente da Câmara, José Carlos Silva.
“Em nosso entendimento, isso não pode ocorrer”, acrescentou ele, dizendo que a Casa vai iniciar uma mobilização para evitar que essa mudança ocorra.
O aeroporto de Viracopos foi concedido à iniciativa privada em fevereiro de 2012 por um período de 30 anos, a um custo de R$ 3,8 bilhões. Foi arrematado em leilão, pelo consórcio então formado pela Infraero (49%) e Aeroportos Brasil (51%), – consórcio que tinha entre os integrantes as empresas Triunfo Participações e Investimentos, UTC Participações (Constran) e Egis Airport Operation (França).
O grupo pegou o aeroporto com uma área total de 8,3 milhões de m², mas com previsão para chegar até a 25,9 milhões de m².
A área do terminal de passageiros deveria sair de 28 mil m² para um potencial de crescimento que poderia chegar a 178 mil m².
O projeto inicial previa a expansão a partir do conceito de “aeroporto-cidade” – um lugar onde haveria hotéis, shopping center e centro de convenções.
Em meados de 2017, a concessionária decidiu entregar a concessão, alegando não ter recebido a área prometida pela União e por conta da frustração de receita, finaliza a matéria do Jornal Hora Campinas
Fonte: Jornal Hora Campinas