Três grupos estrangeiros têm interesse em Viracopos, diz secretário de Aviação
Dario Lopes afirmou ainda que governo confia em solução de mercado para evitar nova licitação do aeroporto. ABV segue gerando negócios e anuncia novo terminal de carga doméstica
O Secretário de Aviação Civil do Ministério dos Transportes, Dario Lopes, afirmou nesta semana que há três grupos estrangeiros interessados em comprar a concessão do aeroporto de Viracopos.
Segundo o secretário, o governo espera que essa “solução de mercado” ainda em janeiro. Se a venda for concretizada, o governo não terá que licitar novamente o aeroporto.
A Aeroportos Brasil Viracopos (ABV), que administra o aeroporto de Viracopos, decidiu, em julho, devolver a concessão por conta das dificuldades financeiras e da frustração da demanda do fluxo de passageiros e de cargas. A concessionária tem como sócias a UTC e a Triunfo. Com a devolução, o governo teria que fazer uma nova licitação do aeroporto.
“Está colocado na mesa comprar só a parte da UTC e também comprar tudo [UTC e Triunfo]”, disse o secretário em conversas com jornalistas.
Novo Terminal de Carga – A ABV, por usa vez, segue buscando novas receitas. A empresa dará nova destinação ao antigo terminal de passageiros, desativado em abril de 2016.
Com autorização da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac), o grupo negocia com duas empresas a cessão da área, que será parcialmente demolida para dar lugar a um terminal de cargas domésticas.
A demolição deve ocorrer no primeiro trimestre de 2018. A área atual de construção é de 82 mil metros quadrados, e depois da demolição, será construído um novo prédio de 40 mil metros quadrados.
A mudança vai permitir o aumento da receita de exploração comercial, aumentando a movimentação de carga e aeronáutica, com mais pousos, decolagens e estadias. Hoje o local tem cerca de 60% da sua receita tarifária vinda das cargas, 20% de passageiros, e outros 20% com alugueis, lojas, quiosques e estacionamento. A estimativa de custo da obra, para um prédio de apenas um andar, é de R$80 milhões.
A assessoria de imprensa do Aeroporto afirma que a indefinição sobre a administração do aeroporto de Campinas não afeta o andamento do projeto ou mesmo o fechamento do contrato, que estaria atrelado ao tempo de concessão do terminal, que é de 30 anos.