Janela Única Aquaviária simplificará procedimentos e reduzirá a burocracia do comércio exterior

Para simplificar o fluxo logístico das operações de comércio exterior feitas pelo modal aquaviário, será implantado o projeto Janela Única Aquaviária. O projeto reduzirá a burocracia e os custos, racionalizará processos e aumentará a competitividade do comércio exterior brasileiro.

O Janela Única Aquaviária integrará o Porto Sem Papel, do Ministério da Infraestrutura, ao Portal Único de Comércio Exterior, do Ministério da Economia, eliminando redundâncias entre os dois sistemas e reduzindo o tempo dos processos e a burocracia para dar mais previsibilidade e segurança aos usuários.

Quando o projeto estiver totalmente implantado, o que deve ocorrer em 2023, estima-se uma economia de R$ 10 bilhões anuais para os operadores logísticos e de comércio exterior.

Integração – O Porto sem Papel é o sistema que traz a anuência da operação das embarcações nos portos brasileiros. E o Portal Único de Comércio Exterior faz a questão aduaneira, tratando a carga sob o olhar do comércio exterior.

“Buscamos a integração desses sistemas trazendo uma redução de custos, uma redução de ineficiências, de redundâncias, em benefício da cadeia logística, do comércio exterior. Isso vai trazer, sem dúvida alguma, uma potencialização, uma eficiência maior na operação de comércio exterior”, explicou o secretário Nacional de Portos e Transportes Aquaviários, do Ministério da Infraestrutura, Diogo Piloni.

O secretário de Comércio Exterior substituto, do Ministério da Economia, Leonardo Diniz, destacou a importância de reduzir a burocracia. “A burocracia custa mais até do que, por exemplo, a média da tarifa de importação aplicada sobre os produtos importados pelo país. Ou seja, o custo da burocracia é maior até que o imposto de importação que incide sobre as operações.”

Etapas – Para que o projeto possa promover a melhoria do ambiente de negócios e atração de investimentos, o Janela Única Aquaviária será implantado em etapas progressivas.

O primeiro passo, se dará neste ano, com o mapeamento e o redesenho dos processos de carga e trânsito aquaviário, em parceria com o setor privado. A previsão é de que a Janela Única Aquaviária esteja totalmente implantada até 2023.

De olho em importadores e exportadores, Viracopos apresenta Programa WLP para alavancar mercados e crescer

O Aeroporto Internacional de Viracopos, em Campinas (SP), apresentu nesta quinta-feira (25/03) o programa WLP (World Logistics Passport ou Passaporte Mundial de Logística), que deve ampliar e facilitar a promoção comercial do Terminal de Carga com os países do Oriente Médio, Ásia e África por meio de novas rotas aéreas. Um dos principais objetivos do programa é conectar hubs globais com rotas mais eficientes. 

O aeroporto é o primeiro do Brasil a ingressar neste programa mundial, criado pelo Governo de Dubai, e foi escolhido para ser o mega-hub do programa no Brasil em função tanto de sua localização geográfica estratégica no Cone Sul americano quanto pela sua importância e eficiência na cadeia logística de carga nacional e internacional, sendo o responsável hoje por receber cerca de 40% da carga importada pelo Brasil por via aérea. 

O Programa WLP funciona como um sistema de fidelidade que oferece diversas vantagens para os clientes que resolverem trazer suas cargas para Viracopos através de novas rotas aéreas passando pelos Emirados Árabes Unidos, África e Brasil. Os membros do programa WLP recebem benefícios financeiros e não financeiros, proporcionados por aeroportos, portos, alfândegas, bancos e associações empresariais parceiras, quando demonstram incremento em volume de seus negócios. A adesão ao programa é totalmente gratuita. 

Alavancar mercados – O programa foi apresentado hoje por Viracopos a alguns de seus principais clientes de carga. A expectativa de que haja o incremento das atividades comerciais cargueiras (importação e exportação) nos próximos meses em virtude do ganho em eficiência de custo e tempo oferecidos aos membros do Programa, além da possibilidade da promoção comercial de Viracopos e da aquisição de novos clientes nacionais e internacionais. 

Além da concessionária Aeroportos Brasil Viracopos, o projeto inclui a Dubai Chamber of Commerce & Industry. 

Mais de 11 países, até agora, fazem parte do programa, incluindo Índia, África do Sul, Indonésia, Emirados Árabes, Dubai, Brasil, Colômbia, Chile, Uruguai, Senegal, Cazaquistão, entre outros. Além disso, corporações multinacionais, incluindo UPS, Pfizer, Sony, Johnson & Johnson e LG também estão envolvidos com o WLP. 

Como um dos primeiros aeroportos dos países sul-americanos a aderir ao programa, Viracopos se consolida como uma das principais portas de entrada e saída de carga do Brasil. A localização estratégica do Terminal de Carga oferece ao WLP uma conexão com diversos países vizinhos tais como Paraguai, Argentina, Colômbia e Chile, além de oferecer uma ampla malha rodoviária para o escoamento e o recebimento de cargas de todo o país. 

A região de Campinas e todo o interior de São Paulo também se beneficiarão significativamente por conta de sua infraestrutura e de seu desenvolvimento econômico. Parceiros da WLP, como DP World e Emirates Skycargo, poderão desempenhar um papel importante no avanço do Brasil no comércio com o resto do mundo. 

“O início deste projeto mundial contribui para a formação de relevantes alianças empresariais para maior inserção econômica internacional do Brasil, do Estado de São Paulo e da região de Campinas (SP), além de facilitar o trânsito de mercadorias, favorecendo uma possível redução no custo do frete, o que, caso aconteça, poderá favorecer nosso setor de exportação e alavancar a economia”, destacou Marcelo Mota, diretor de Operações de Viracopos.  

O WLP também cria oportunidades para empresas em todo o mundo para melhorar as rotas comerciais existentes e desenvolver novos negócios, por meio do primeiro Programa de Fidelidade Logística do mundo.

Após liberação do Canal de Suez, 400 navios levarão ainda quase 4 dias para atravessar o trajeto

O Canal de Suez é um canal navegável de 193 quilômetros localizado no Egito que conecta o Mar Mediterrâneo ao Mar Vermelho, é uma das principais artérias econômicas do mundo, já que por ela passa mais de 12% do comércio mundial, segundo dados da Autoridade do Canal de Suez.

O gigantesco navio cargueiro Ever Given foi liberado no Canal de Suez nesta segunda-feira (29), depois de quase uma semana bloqueando a rota, afirmaram as Autoridades do Canal de Suez.

“O almirante Osama Rabie, presidente da Autoridade do Canal de Suez, proclamou a retomada do tráfego de navegação no canal”, anunciou a SCA em um comunicado no dia.

O tráfego será retomado em breve, e autoridades estimam que demorará três dias e meio para todos os 400 navios que esperavam o navio desencalhar consigam atravessar o trajeto. Centenas de embarcações mudaram de rota com o bloqueio do Canal de Suez, que liga a Europa e a Ásia, e estão contornando a África para chegar em seus destinos.

O desencalhe do navio foi comemorado com buzinaços dos barcos ao redor, enquanto o navio começava a subir lentamente na direção norte do canal, constataram os jornalistas da AFP.

No interior de SP, Takasago moderniza laboratórios de fragrâncias e projeta crescer 30%

Na contramão da tendência econômica decorrente da pandemia do novo coronavírus, que completa um ano, a Takasago – uma das cinco maiores empresas de aromas e fragrâncias do mundo, com operação em 26 países, incluindo o Brasil – manteve planos de investimentos e expandiu e modernizou seu Centro Criativo de Fragrâncias no país. Planejada desde 2019, a remodelação do local compreende os Laboratórios de Criação e Aplicação, as Salas de Avaliação e de Qualidade, e foi inaugurada no começo deste mês, na sede da companhia, em Vinhedo, no interior de São Paulo.

Maior investimento na Divisão de Fragrâncias nos últimos 10 anos, a reforma ampliou a área em 50%, propiciando um aumento da equipe de especialistas também em até 50%. “Faremos as aberturas de vagas e contratações de maneira gradual, como parte do plano de investimento. E esta renovação aumenta de maneira significativa a nossa eficiência de criação de fragrâncias e aplicação nas diferentes formatos e segmentos e, portanto, também esperamos um crescimento no nosso faturamento, algo em torno de 30% até 2023”, revela Anacelia Schlittler Contador, diretora da Divisão de Fragrâncias da Takasago.

Além do aporte financeiro na ampliação da área e na infraestrutura, a Takasago também comprou equipamentos de aplicação e de análise sensorial de última geração, e adquiriu um software para gerenciamento de materiais.

“Nosso ‘novo’ Centro de Criação tem três grandes pilares: o primeiro são os laboratórios de criação, onde são feitas as pesagens para as novas fragrâncias e amostras; outro são os laboratórios de aplicação, onde injetamos as fragrâncias em todos os segmentos, como, por exemplo, shampoos, sabonetes, detergentes, sabões em pó, etc; o terceiro elemento são as salas de avaliação, onde a equipe interna, após aplicada a fragrância, faz testes que reproduzem a condição real de uso dos produtos, como um chuveiro ou uma máquina de lavar, por exemplo, para podermos avaliá-los em todos os níveis de utilização pelo consumidor”, explica Anacelia.

Segundo a diretora, a Takasago, desta forma, ganha força em suas capacidades de produção de amostras e de desenvolvimento, apostando em uma modernização e um consequente crescimento. “Ganho de eficiência, ganho de produção. Fizemos um investimento por entendermos que, antes e, principalmente, durante a pandemia, houve aumento de consumo em vários segmentos, como o de limpeza, por exemplo: tanto em higiene pessoal, quanto da casa. Pensamos, principalmente, no consumidor”, conclui.

Fonte: Canal Executivo

Projeto logístico em Itu (SP), inédito do setor de autopeças no mundo, é apresentado pela ZF

Em um projeto inédito no mundo todo no mercado de reposição de autopeças, a ZF está digitalizando todos os processos logísticos associados e 100% de seu estoque de componentes no centro de distribuição em Itu (SP), que abriga perto de 5 milhões de itens que são enviados a 750 pontos de venda na América do Sul. O processo interno de digitalização, que recebe boa parte dos investimentos de R$ 15 milhões programados para a unidade até 2025, começou em 2019 e deve se estender até o meio de 2022 com a aplicação de etiquetas dotadas de chip de identificação por radiofrequência (RFID, na sigla em inglês) em todas as 40 linhas de produtos comercializadas pela empresa. 

Integrado na mesma etiqueta com código de barras que continua a ser fixada nos produtos, o chip RFID é uma identidade eletrônica da peça, com número de série único, que transmite de forma instantânea todas as informações sobre cada componente ao passar por portais de recebimento e expedição dotados de antenas, que captam os dados e os inserem automaticamente no sistema de controle informatizado da empresa, cruzando com a nota fiscal da remessa. Com isso, os processos de recebimento, conferência e envio dos componentes aos distribuidores é encurtado de horas para minutos, destaca Everton Silva, gerente sênior de operações da ZF Aftermarket América do Sul. 

Atualmente o centro de distribuição da ZF em Itu movimenta por dia de 150 a 200 toneladas de componentes, com giro diário na unidade de 30 a 40 caminhões. “Com a digitalização temos grandes ganhos de produtividade. Com o mesmo número de pessoas e período de trabalho conseguimos reduzir em 18% o tempo gasto em todos nos processos”, conta Silva. O avanço dos procedimentos digitais também deve eliminar ainda este ano os documentos em papel, tudo será eletrônico. 

Na doca da ZF em Itu, tela mostra todos os dados captados das etiquetas RFID das peças que chegaram no caminhão e já faz o cruzamento automático com as informações da nota fiscal eletrônica da remessa: tudo sem papel 

AUTOMAÇÃO E PRIMEIRA FÁBRICA DE RFID NO BRASIL  – A digitalização dos processos da ZF em Itu também trouxe mais automação ao centro, com a instalação de telas touch screen no interior de todo o centro de distribuição para consultas e inserção de informações, leitores a laser de identificação e elevadores automáticos integrados. São recursos que em conjunto quadruplicam a velocidade de atendimento dos pedidos, garantindo entregas em questões de horas para os produtos disponíveis em estoque. 

Atualmente, toda a linha de embreagens Sachs produzidas pela ZF em Araraquara (SP) e encaminhadas para Itu já está etiquetadas com RFID. A gama de produtos TRW fabricados em Limeira (SP), principalmente componentes de freios, será a próxima a receber os chips. O plano é adotar as etiquetas eletrônicas em todos os produtos da ZF direcionados ao aftermarket até o meio de 2022. Silva estima que será necessário comprar cerca de 500 mil etiquetas RFID por mês para identificar cada componente negociado, mas ele afirma que isso não implica em aumento de custos para os distribuidores, pois os ganhos de produtividade compensam os gastos envolvidos com a adoção dos chips. 

Usar etiquetas eletrônicas importadas em todo esse volume de peças poderia criar um gargalo perigoso para a ZF, como tem sido visto com a falta global de semicondutores que está paralisando linhas de produção no mundo inteiro. Por isso, a demanda motivou um novo investimento, com a instalação da primeira fábrica de RFID no Brasil. A ZF não divulga o fornecedor, mas no ano passado a Avery Dennison, com sede na Califórnia, Estados Unidos, anunciou que iria inaugurar em 2021 uma linha de produção de etiquetas RFID em instalações que já opera em Vinhedo (SP).  

POR ETAPAS, DISTRIBUIDORES TAMBÉM SERÃO DIGITALIZADOS  –  A segunda etapa do projeto é até o fim de 2022 estender a digitalização para todos os distribuidores, que também poderão ter portais de leitura dos componentes e o sistema informatizado de controle. A ZF vai dar consultoria e apoiar seus clientes a adotar as soluções digitais. Silva afirma que boa parte deles gostaria de instalar os sistemas ainda este ano, pois avaliam que os ganhos superam com folga os custos envolvidos – o maior deles é o portal de leitura, que custa cerca de US$ 4 mil. 

“Imagine um distribuidor que às vezes pode receber uma carreta cheia de peças. Ele vai precisar abrir todas as caixas e conferir com a nota fiscal. Isso pode demorar um dia inteiro, às vezes até dois. Com a digitalização, passando as caixas pelo portal de leitura dos RFID, esse processo pode ser reduzido a minutos”, explica Silva. 

Segundo o executivo, mais adiante a digitalização vai gerar dados de inteligência de mercado, com informações sobre demanda e giro de cada linha de produto em cada distribuidor, que inseridas em um sistema dotado de inteligência artificial poderá emitir automaticamente ordens de produção e remessas de acordo com a necessidade. “Isso vai nos permitir fazer a gestão compartilhada do estoque dos clientes e vai mudar nossa relação, porque com essas informações vamos ajudar eles a vender. Será possível, por exemplo, programar o aumento do fluxo de peças de maior procura, para não deixar faltar, assim nós e os distribuidores não perdemos vendas”, aponta.   

Com informações Automotive Business