Brasil já importou 135 milhões de máscaras da China em mega operação contra novo coronavírus
O Ministério da Infraestrutura (MInfra), em parceria com a LATAM Airlines Brasil, atingiu nesta terça-feira (16) o número de 135 milhões de máscaras cirúrgicas e N95 trazidas ao País para auxiliar no combate à Covid-19. A operação, até então inédita no Brasil, começou em maio e completa nesta terça-feira 50% de sua programação inicial, com o 22º voo sendo realizado de um total de 44 previstos. Até o final de julho, o transporte da totalidade das 240 milhões de máscaras compradas pelo Ministério da Saúde deve estar concluído. Os equipamentos estão sendo destinados aos profissionais de saúde das 27 unidades da federação.
O voo de número 22 da operação especial, o JJ9555, chegou nesta madrugada ao Aeroporto Internacional de Guarulhos (SP), oriundo de Xiamen (China), com nove milhões de máscaras cirúrgicas de três camadas a bordo. “Desde que assumimos a importante missão de viabilizar a logística no enfrentamento à Covid-19, o Ministério da Infraestrutura vem trabalhando de forma incansável para apoiar o Ministério da Saúde, os governos estaduais e as prefeituras, garantindo que esses equipamentos cheguem com agilidade aos profissionais de saúde, que estão na linha de frente do combate à pandemia”, disse o ministro da Infraestrutura, Tarcísio Gomes de Freitas.
O MInfra é responsável pela operação especial para trazer as 960 toneladas de máscaras cirúrgicas e N95 adquiridas pelo Governo Federal na China, principal produtor mundial deste tipo de equipamento. Para auxiliar no enfrentamento à pandemia do novo coronavírus, o Ministério da Infraestrutura desenvolveu, ainda em março, um plano de logística e distribuição, em apoio ao Ministério da Saúde e aos governos estaduais e municipais. O plano nacional abrange ações para viabilizar a chegada do material importado, articulação com órgãos governamentais que atuam nos aeroportos para prioridade no desembaraço aduaneiro e apoio na distribuição dos equipamentos nos estados.
Operação Inédita – Para que esse transporte fosse possível, o Ministério da Infraestrutura fechou parceria em abril com a LATAM, após realizar cotação internacional e definir o menor preço. A LATAM, por sua vez, desenvolveu uma logística especial e passou a voar com destino à China pela primeira vez na história do grupo, preparando as aeronaves e equipes para essa megaoperação. Cerca de 300 colaboradores da empresa foram responsáveis por essa operação até agora. Em terra e no ar, mecânicos, pilotos e copilotos, despachantes operacionais, funcionários de carga, coordenadores, planejadores e supervisores cruzaram os céus para abastecer o Brasil em meio à pandemia.
As 620 toneladas de caixas com os equipamentos, que poderiam ocupar uma área equivalente a 2,5 campos de futebol, voaram 1.054 horas e percorreram até aqui cerca de 900 mil quilômetros – o suficiente para dar mais de 141 voltas ao redor da Terra (raio Equatorial). As aeronaves passaram por mais de 11 fusos horários diferentes nesta jornada. Xangai, Guangzhou, Xiamen – todas na China –, Amsterdã (Holanda), Auckland (Nova Zelândia), Santiago (Chile) e São Paulo foram os destinos utilizados para combinações de percurso dos voos.
As cinco aeronaves modelo B777-300ER utilizadas para realizar os 22 voos são originalmente de passageiros, mas tiveram seus interiores adaptados para transportarem as caixas de máscaras não só nos porões, mas também sobre os bancos, no espaço entre as poltronas e nos compartimentos de bagagem. “Chegamos à metade de nossos transportes em parceria com o Governo Federal e é uma satisfação saber que estamos trabalhando em prol da saúde no Brasil e oferecendo toda nossa expertise nessa luta contra o coronavírus.
Reinventamos nossa operação e mobilizamos nossas equipes para atender a um objetivo maior”, afirma Diogo Elias, diretor da LATAM Cargo Brasil. O próximo voo, de número 23, está previsto para chegar nesta quinta-feira (18) com 3 milhões de máscaras modelo N95, a mais indicada para proteger profissionais expostos a ambientes contaminados.