Comércio exterior brasileiro bate novos recordes nos quatro primeiros meses do ano

O Brasil fechou abril com superávit de US$ 19,947 bilhões no acumulado dos quatro primeiros meses do ano. A corrente de comércio atingiu US$ 182,424 bilhões, refletindo a soma de exportações de US$ 101,185 bilhões e importações de US$ 81,238 bilhões. Os quatro valores são os maiores para este período na série histórica, iniciada em 1997. Os dados foram divulgados pela Secretaria de Comércio Exterior (Secex) do Ministério da Economia, nesta quinta-feira (05/5).

Somente no mês de abril, o superávit foi de US$ 8,15 bilhões e a corrente de comércio alcançou US$ 49,66 bilhões. O saldo foi o segundo maior para meses de abril, perdendo apenas para os US$ 10 bilhões de abril de 2021. Já a corrente bateu o recorde histórico do mês, com 24% de crescimento.

Recorde de exportações – Comparadas ao mesmo mês de 2021, as exportações cresceram 16,7% e somaram US$ 28,90 bilhões. “Esse é o maior valor de exportações já registrado para meses de abril, à frente do de abril do ano passado, que havia sido o recorde anterior. Esse valor foi alcançado principalmente com o aumento dos preços dos bens exportados”, destacou o subsecretário de Inteligência e Estatísticas de Comércio Exterior, Herlon Brandão, em entrevista coletiva.

De acordo com a Secex, os preços dos produtos exportados cresceram 19,9%, enquanto o volume diminuiu 8%. “Essa redução de volume não configura nenhuma tendência. Tivemos um mês com menos dias úteis, com vários feriados, o que afeta o volume embarcado”, explicou Brandão. Ele destacou que a média diária das exportações em abril foi de cerca de US$ 1,5 bilhão, o maior valor da história.

Já as importações subiram 35,7% e totalizaram US$ 20,75 bilhões, também com alta nos preços (+34,4%) e redução no volume (-6,9%). Foi o segundo maior valor para meses de abril atrás apenas de abril de 2013, quando as compras chegaram a US$ 21,8 bilhões.

Indústria de Transformação – As vendas da Indústria de Transformação em abril chegaram a US$ 14,83 bilhões – uma alta de 35% sobre o mesmo período de 2021, pela média diária – e foram as principais responsáveis pelo impulso do valor alcançado pelo País no mês. Os destaques foram as exportações de automóveis e aeronaves, além de carne bovina e carne de aves. Entre os produtos agropecuários, o crescimento das exportações foi de 12,7% no mês, com total de US$ 8,24 bilhões, em movimento puxado por maiores vendas de milho (+655,4%) e café (+53,8%).

Já na Indústria Extrativa, as exportações diminuíram 10,2%, para US$ 5,69 bilhões. O freio veio, principalmente, dos negócios com minério de ferro, que caíram 22,7%. “O minério de ferro alcançou recordes no ano passado, então essa categoria apresenta redução de preços”, frisou o subsecretário. Já no petróleo os embarques caíram 23,1%, enquanto o valor exportado aumentou 3,7%.

No acumulado do ano, as exportações da Agropecuária subiram 38,8% pela média diária, em relação ao mesmo período de 2021, e chegaram a US$ 24,645 bilhões. Também houve crescimento na Indústria de Transformação (+33,4%), que vendeu US$ 53,796 bilhões. As exportações da Indústria Extrativa recuaram (-4,1%) e ficaram em US$ 22,280 bilhões.

Impacto dos preços – Do lado das importações, o mês de abril apresentou aumento de 58,1% nas compras da Indústria Extrativa, refletindo principalmente a alta de 150,2% dos preços internacionais, já que o volume diminuiu 39,7%. Também com impacto dos preços, subiram as compras da Agropecuária (+33%) e da Indústria de Transformação (+35,5%).

Considerando o quadrimestre, o aumento das compras da Indústria Extrativa foi de 136,6%, diante da alta de 121,3% nas cotações internacionais. “Principalmente, de combustível. O Brasil é um grande importador de petróleo e derivado e gás natural”, disse Brandão. O volume importado pelo setor extrativista subiu 28,5%.

Já o volume das compras das outras categorias caiu, tanto na Indústria de Transformação (-4,5%) quanto na Agropecuária (-8,6%), apesar de ambas terem aumentos nos valores importados – de 23,7% e 8,2%, respectivamente.

Destinos e origens – Em abril, a Secex registrou aumento de vendas para Argentina (+47,8%), Estados Unidos (+32,2%) e União Europeia (+24,1%), com reduções para China (-1,3%) e Oriente Médio (-5,1%). No acumulado do ano, as exportações aumentaram para todos os principais parceiros comerciais, com destaque para União Europeia (+36,5%), Estados Unidos (+32,9%), Argentina (+26,6%) e China (+5,3%), além da Associação de Nações do Sudeste Asiático (Asean), que hoje representa 7,5% do comércio exportador brasileiro (+35,9%).

Do lado das importações, em abril, cresceram as compras de todas as principais origens. O aumento foi de 67,9% dos Estados Unidos, de 37,5% da China, de 31,3% da Argentina e de 12,5% da União Europeia. No acumulado do ano, cresceram as compras da China (+34,1%), dos Estados Unidos (+47,3%), da Argentina (+4%) e da União Europeia (+11,6%).

Guerra na Ucrânia – Herlon Brandão explicou que as estimativas dos principais organismos internacionais apontam para redução no comércio internacional, devido ao conflito entre Rússia e Ucrânia, no Leste Europeu. No Brasil, os impactos foram uma “queda drástica” do comércio bilateral com a Ucrânia e a redução de mais de 30% nas exportações para a Rússia. “Uma desaceleração da economia mundial pode afetar a demanda por produtos brasileiros, mas de uma maneira heterogênea”, salientou.

Isso porque grande parte dos produtos que o Brasil exporta respondem pouco a alterações de renda e quedas do PIB mundial. “Alimentos, por exemplo, continuam sendo consumidos”, pontuou o subsecretário. Como o conflito na região também afetou a oferta mundial de alimentos, ele observa um crescimento mais acentuado das vendas brasileiras de alimentos – principalmente grãos, como milho e soja. O que tende a diminuir são preços de commodities industriais, como já vem ocorrendo com o minério de ferro.

Fertilizantes – Chamou a atenção o fato de que, apesar da guerra, as compras de adubos e fertilizantes da Rússia cresceram 315,9% e chegaram a US$ 526,6 milhões, em abril, com alta de 38,3% na quantidade e de 200,4% no preço. No total do Brasil, foram US$ 2,1 bilhões de compras de fertilizantes, em alta de 318,7% no valor, 81,5% em quantidades e 130,7% em preço.

Receita, Anvisa, Secex, Mapa e Sindasp presentes na “Semana do Despachante Aduaneiro”, com debates de 25 a 28/04. Participe.

Fazendo parte das comemorações do “Dia do Despachante Aduaneiro”, comemorado em 25 de abril, o SINDASP (Sindicato dos Despachantes Aduaneiros de São Paulo) programou uma semana inteira de debates sobre o o comércio exterior brasileiro.

Todas as manhãs, de 25 a 28 de abril, segunda a sexta-feira, estarão destinadas para debates em evento híbrido de estúdio (com os dirigentes do SINDASP e online (pelos Órgão Intervenientes de forma remota).

O primeiro dia trará dirigentes da RCB – Receita Federal do Brasil. O segundo, 26/04, será marcado pela interação da SECEX (Secretaria de Comércio Exterior do Ministério da Economia). Já a quarta-feira trará representantes da Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) e na quinta-feira, a equipe do MAPA (Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento). Por fim, a sexta-feira estará destinada para a Indústria, com a FIESP/CIESP, além do encerramento com a mensagem da Receita Federal.

O SINDASP abrirá o encontro todos os dias.

Conheça a programação preliminar e completa, e faça a sua inscrição gratuita: Clique aqui

Viracopos inicia semana com acúmulo e atrasos na liberação de carga

Segundo a Aeroportos Brasil, gestora de Viracopos, o Aeroporto enfrenta um cenário desafiador no processamento de cargas já no início desta semana, em virtude de problemas detectados em seu Warehouse Management System.

A previsão é de que a semana se inicie com reprogramação de carregamentos agendados para a segunda-feira(18).

Confira a íntegra da NOTA divulgada pela área de “CORE CARGO” de VIRACOPOS ao Mercado.

Com o objetivo de dar transparência aos nossos clientes e parceiros e possibilitar uma maior adequação no planejamento do seu processo produtivo, a Aeroportos Brasil Viracopos – ABV, informa que enfrenta desde ontem um cenário desafiador no recebimento de cargas de importação e exportação, que vem ocasionando acúmulos e atrasos nos processos de recebimento e liberação de cargas.

Trata-se de um problema de interface do Warehouse Management System – WMS utilizado para o gerenciamento de cargas do TECA. Embora toda a equipe de TI da ABV já tenha sido mobilizada para atuação na resolução do problema, ainda não temos a previsão para reestabelecimento total da ferramenta, sendo assim, medidas contingenciais estão sendo aplicadas de forma pontual, tais como o cadastramento manual das cargas em processo de recebimento, tanto na exportação como na importação, porém, infelizmente não resultam na mesma agilidade e eficiência.

Pedimos a compreensão de todos frente a situação que estamos enfrentando assim como a reprogramação dos carregamentos agendados para essa segunda-feira (18).

Assim que a situação se normalizar, publicaremos novo comunicado.

Nossos canais de atendimento seguem à disposição para dirimir dúvidas, esclarecer, orientar e colaborar.

CORE CARGO VIRACOPOS
Telefone: (19) 3725-6726 / 3725-5238
E-mail corecargo@viracopos.com – Site: www.viracopos.com

Gourmet Comex será realizado dia 20 de maio, em Campinas

O Tradicional almoço de Networking, Gourmet Comex, já tem data para ocorrer. Será no dia 20/05, em Campinas. Esta será a 23ª edição do encontro com o mercado de comércio exterior no interior de São Paulo.

Algumas empresas já confirmaram presença. São elas: Multilog, Libraport, Agesbec, V. Santos e Asa Express. O evento tem o apoio do SINDASP e do CIESP Campinas. A realização é da GPA+ Comunicação, com a assinatura de Nilo Peralta.

Participe: fale com a GPA+Comunicação: mkt@gpamais.com.br ou (19) 99299-1987

Movimento da RFB prevê encontro com todos os modais neste início de semana e Auditores reforçam intensificação da mobilização

A Alfândega de Santos amanheceu movimentada, na última quarta-feira (13), com a presença de Auditores de todas as Regiões Fiscais do país. Imbuídos do mesmo sentimento de união e compromisso, eles se reuniram no primeiro grande ato, após a decisão da última Assembleia Nacional de intensificar as ações de mobilização, para fazer uma avaliação do movimento da categoria e debater novas ações.

“Foi unânime o sentimento de que precisamos acirrar nossas ações! O recado que a Direção Nacional quer deixar aos colegas é que temos capacidade de intensificar o movimento porque são tarefas que estão ao nosso alcance. Estejamos prontos para encarar esse desafio e conseguir alcançar a vitória que almejamos”, frisou o 1º vice-presidente do Sindifisco, Auditor-Fiscal Tiago Barbosa, ao lembrar da pauta pela regulamentação da Lei 13.464, pela recomposição do orçamento da Receita e pela realização de concurso público para o órgão.

O ato contou com a cobertura da imprensa local e também recebeu a atenção do delegado da Alfândega, Auditor Richard Neubarth, e do delegado da Receita Federal na região, Auditor Walmir Martinez Thomaz, que participaram da programação.

Novos atos – O coordenador do CNM, Auditor Sérgio Aurélio, classificou a ato de Santos como uma demonstração de força da categoria e disse que novas edições estão sendo programadas para ocorrer em breve.

Sérgio lembrou ainda que a ida do CNM ao maior complexo portuário da América Latina, que é o Porto de Santos, culminou, na mesma semana, com a visita aos colegas lotados na maior aduana terrestre, que é a de Foz do Iguaçu, e nos dois maiores aeroportos responsáveis pela exportação e importação de produtos, que são o de Viracopos e o de Guarulhos. “Semana que vem falaremos com os Auditores aduaneiros de todo o Brasil lotados nos três modais. A agenda inclui o modal aéreo, na segunda-feira, às 10h, o modal marítimo, às 14h, e, na terça-feira, o modal terrestre, às 10h”, explicou.

Fonte: SINDIFISCO