ANVISA: correta instrução processual pelo Despachante Aduaneiro é diferencial para sucesso das operações junto à Agência

Na última quinta-feira, dia 12/09, a Anvisa realizou treinamento em importação de medicamentos e produtos biológicos em sua Sede, em Brasília (DF).

O SINDASP – Sindicato dos Despachantes Aduaneitos de São Paulo esteve representado pelo seu Vice-Presidente, Elson Isayama. O encontro contou com a exposição da ANVISA, pela Gerente Glaucia Lima, pelo Coordenador Mateus Cerqueira e pelo especialista Felipe Morais, responsável pela apresentação.

Inicialmente foi informado pela Agência que finalizaram os manuais referentes ao PAFMED, nos moldes do que foi desenvolvido pelo PAFPS. Ele será publicado nas próximas semanas, com a ideia de harmonização dos procedimentos, tanto do setor regulado, quanto dos analistas da Anvisa. Os Manuais terão revisões periódicas, caso sejam detectadas questões passiveis de correção.

Participação dos Associados – Passadas as informações iniciais, o SINDASP reforça a importância de auxílio dos associados que são executores dos processos junto ao órgão anuente, para sempre que detectados esses problemas, o Sindicato seja informado, na busca da construção de um processo cada vez mais consistente, rápido, menos oneroso, transparente e previsível.

A ANVISA apresentou também os números de indeferimentos (que em 2019 até a última semana eram de 878 licenças) e reforçaram que 85% deles tinham vinculação com problemas na instrução processual e que isso afetará diretamente o foco de análise sobre esses importadores que tiverem problemas relacionados a essa situação.

Dirigentes da Agência insistiram que estão pegando algumas empresas que se utilizam de emissão de novas licenças para cobrir eventual demora na análise ou burlar exigências feitas. Além de cancelar as LI´s, a Anvisa detectou que liberaram o material com essas novas licenças, nesse caso, a Agência já está notificando as empresas e o pior: já lavraram auto de infração para esses casos.

Detalharam cada procedimento vinculado a esse posto com os documentos obrigatórios e cuidados que devem ser tomados.

A ANVISA deixou claro que, caso haja indeferimento por falta de documento, esse é o único motivo imediato para emissão de nova licença de importação. Nos outros casos, se houver erro de análise ou qualquer outra inconsistência passível de revisão, deverá entrar com recurso para que seja alterado o parecer (se assim for o caso) e, desde que tenha certeza do dado, pois se não houver reversão em “primeira instância”, o processo irá para o DICOL e a definição pode levar 90 dias.

Outra situação é que a parametrização será por produto e não necessariamente por empresa. No caso de aumento de tempo para análise de empresa, isso só ocorrerá se for constatado que os processos da mesma tenham um número grande de erros administrativos e sanitários.

Transformações do Comex e importância do Despachante Aduaneiro – “Por fim, é importante salientar, como o SINDASP tem divulgado amplamente em comunicados anteriores, que o Despachante Aduaneiro tem cada vez mais trabalhado com sua função de fato e, para isso, a qualidade da instrução processual fica cada vez mais evidente no despacho. Somente com profissionais capacitados, como é reconhecida a categoria, é que teremos um comércio exterior muito mais eficiente, transparente e previsível”, avaliou o Presidente do SINDASP, Marcos Farneze.

Emplacamento de caminhões cresce mais de 40%

O mercado de caminhões continua em ritmo de recuperação e apresentou números positivos no emplacamento.

Dados da Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (ANFAVEA), mostram que durante o mês de agosto foram licenciadas 9.433 unidades, 5,5% a mais que as 8.942 de julho. Em relação a agosto de 2018 (7.456) o crescimento foi de 26,5%.

O melhor resultado aconteceu no acumulado do ano. Entre janeiro e agosto de 2019 foram emplacadas 65.157 unidades, 41,4% a mais do que as 46.072 no mesmo período do ano passado.

A produção caiu 1,7% em agosto quando comparado a julho. Porém, no acumulado do ano o número é positivo com crescimento de 13,1%. Em relação a exportação os resultados são pouco satisfatórios. Entre janeiro e agosto a queda foi de 52,06%.

Fonte: O Carreteiro

Pneu é um dos maiores custos dos caminhoneiros

Segundo levantamento feito a partir do Registro Nacional de Transportadores Rodoviários de Carga (RNTRC), em 2018, tínhamos 1.828 milhão de veículos de cargas em território nacional, em matéria publicada no site Brasil Caminhoneiros mostra que neste montante a idade média dos caminhões está em 12 anos. Quanto mais usado os caminhões, mais aumenta os custos em manutenção. Porém o Pneu independe de idade, basta rodar para estar gastando, assim como diesel, por isso é considerado entre segundo e terceiro maior custo para os caminhoneiros.

O Brasil é recordista mundial em medidas protecionistas para pneus de caminhão, este cenário começou em 2008 quando iniciaram as investigações do Governo, a pedido das Indústrias multinacionais instaladas no país, para que fosse investigado e aplicado medidas antidumpings a fim de que os pneus importados da China fossem sobretaxados e assim entrassem no Brasil com maior preço. Estas medidas duram 5 anos, e já foram renovadas, no caso da China a renovação foi publicada com a Resolução CAMEX Nº 32, publicada no diário oficial da união (DOU) em 04/05/2015,  porem a sede das industrias não parou e pediram em 2014 para que o Governo investigasse mais 5 países, além da China, e assim o Brasil emplacou mais taxas antidumping através da Resolução CAMEX nº 107/14, publicada no diário oficial da união (DOU) em 24/11/2014, sendo assim a importação de pneus de carga para uso em caminhões e ônibus tem sobretaxa  para praticamente os principais fornecedores de pneus  para o Brasil.

Segundo Presidente da ABIDIP – Associação Brasileira de Importadores e Distribuidores de Pneus, Sr Milton Favaro Junior, “este cenário faz com que o preço dos pneus no Brasil sejam um dos mais caros do mundo, além do que não incentiva o investimento em novas tecnologias de produção, nem na renovação do parque industrial, pois temos hoje indústrias 4.0 com alta tecnologia em fabricação de pneus que não chegam aqui no Brasil devido as sobretaxas, além do mais tem indústrias na Coreia do Sul por exemplo, que em 7 fábricas espalhadas pelo mundo fabricam mais do que 25 a 30 fábricas juntas de outro grupo que tem fábricas aqui, isso mostra as questões de tecnologia e eficiência, pois são pneus reconhecidos mundialmente em qualidade e segurança”. Ainda segundo Favaro, “os caminhoneiros são os únicos que perdem e pagam esta conta, pois na China, pneus novos já qualificados pelo Inmetro no Brasil, devidamente aprovados, custam em média 600 reais, este preço um caminhoneiro paga aqui no Brasil em pneu remoldado, já usado por 100 mil quilômetros e feito um recape, e o pneu novo custa mais de 1200 reais aqui no Brasil, dependendo da marca custa 1500 a 1800, isso não incentiva a concorrência e não ajuda os caminhoneiros que tem altos custos de manutenção”.

Ainda segundo Sr. Favaro os países sobretaxados não têm fabricação e exportação das marcas que possuem fabricas no Brasil. Sendo assim, as importações feitas pelos grupos multinacionais que tem fabricas aqui, não foram afetadas e assim tem uma forma mais “tranquila” de fazer seus negócios.

Segundo a SECEX, Secretaria de Comércio Exterior do Brasil, ligado ao Ministério da Economia, as medidas antidumpings duram 5 anos e em novembro irá vencer as medidas aplicadas para 5 países que fornecem pneus para Brasil, e em Janeiro irá vencer o prazo para pneus de caminhão com origem da China. As indústrias instaladas no Brasil, através de sua associação, a ANIP, Associação das Indústrias de Pneus do Brasil, podem pedir a renovação ao governo Brasileiro, que deverá fazer uma investigação sobre o assunto e decidir se vai ou não renovar as sobretaxas.

Os caminhoneiros buscam incansavelmente soluções para seus negócios, os quais transportam tudo para fomentar o mercado e a economia do Brasil. Vamos aguardar o posicionamento do novo governo sobre o assunto.

“Exportações da RMC” será o tema de overview do Gourmet Comex

Falta uma semana para o Almoço de Networking que reunirá o mercado no Standard Dinning Club, em Campinas. CIESP é co-realizador.

O Gourmet Comex, clube de Networking, está ainda mais fortalecido.

O CIESP Campinas, que participou como apoiador oficial desde a primeira edição do evento, agora é também co-realizador do encontro.

Para esta edição especial, o tema “Exportações na RMC” será abordado na forma de overview pela SANASA. A empresa trará a apresentação “Segurança Hídrica para as Exportações na RMC (Região Metropolitana de Campinas)”. As indústrias presentes ao encontro receberão informações importantes sobre o assunto.

STANDAR DINNING CLUB – Os profissionais do setor estão com a agenda reservada para 20 de setembro, no espaço Standard Dinning Club, na cidade de Campinas, no forte interior de São Paulo. Município que abriga o Aeroporto Internacional de Viracopos e é reconhecido pela sua força na indústria importadora e exportadora.

O evento chega ao seu 10º ano e atrai, regularmente, cerca de 100 empresários e executivos que trabalham com o comercio exterior e a logística.

As marcas de valor desta edição são: SINDASP, Aurora EADI, LibraPort Campinas, RGC, TCEX e AGESBEC.

Mais informações: mkt@gpamais.com.br

Após saída de Cintra, Câmara discute futuro da Receita no Comércio Exterior

Congresso realiza uma audiência sobre os impactos da reestruturação da Receita sobre a segurança das fronteiras e comércio exterior

Um dia depois da exoneração de Marcos Cintra da secretaria-geral da Receita, a Comissão Mista de Orçamento (CMO) discute o futuro do órgão.

Nesta quinta-feira 12, a comissão realizou uma audiência pública sobre os impactos da reestruturação da Receita Federal, que reduziu de dez para cinco o número de superintendências regionais no país.

Fora as questões internas da Receita, os parlamentares mencionam a demissão de Cintra, que aconteceu, segundo Bolsonaro, por causa da “tentativa de recriar a CPMF” e de divergências sobre a reforma tributária.

 

Cintra já sabia que a fala do seu adjunto Marcelo Silva, durante um evento, confirmando com tabelas e gráficos que a proposta do governo de reforma tributária contava com criação de uma nova CPMF, com alíquota de 0,2% e 0,4%, provocara muito ruído e lhe custaria provavelmente o cargo.

No mundo político e nas redes sociais, as críticas à recriação da CPMF se espalharam e ataques foram disparados, sobretudo, contra Bolsonaro, que desde a campanha eleitoral se posicionara contra o tributo.

Originalmente, a audiência foi solicitada pelo deputado Edmilson Rodrigues (Psol-PA), que argumenta que as mudanças na Receita Federal podem ter reduzido a efetividade do órgão. No pedido, o parlamentar destacou ainda que o quadro de funcionários da Receita está envelhecido e, devido às restrições orçamentárias, não há perspectivas de novas contratações.

Para tentar equilibrar as contas públicas, o governo de Jair Bolsonaro tem optado pela redução de despesas de toda ordem, e a Receita não foi poupada. Em 2019, o Ministério da Economia determinou o corte de 366 milhões de reais do orçamento do órgão.

Além disso, houve o projeto de reestruturação da instituição, com redução das superintendências e fechamento programado de 74 unidades de atendimento pelo país.

Para 2020, as perspectivas são as mesmas. O projeto de Lei Orçamentária prevê 1,8 bilhão para a Receita, o menor valor desde 2007. Com isso, atividades essenciais prestadas pelo órgão, como atendimento ao contribuinte, arrecadação e cobrança de impostos, controle do comércio exterior e combate à sonegação fiscal, serão prejudicadas.

As mudanças não devem ser feitas de imediato para não provocar novas fissuras no órgão, que conta com um corpo de funcionários com poder de parar portos, aeroportos e arrecadação de tributos.

Uma das ideias é separar as funções de arrecadação e fiscalização. Nada, porém, está definido.  Em agosto, Cintra já havia exonerado o “número 2” do órgão, João Paulo Ramos Fachada, numa manobra para evitar pedidos de demissão em massa de seus auxiliares.

Com informações: Exame