Empresas de Logística e CD’s receberão Incentivos Fiscais para se instalarem em Campinas (SP)

Além de atrativos naturais, como o Terminal Cargueiro de Viracopos e logística privilegiada com estradas para escoar os produtos, a Prefeitura de Campinas (SP) prevê agora a isenção de três impostos para empresas que trouxerem investimentos para a metrópole. Empresas de Logísticas e Centros de Distribuição (CD’s) estão entre os setores contemplados.

A medida faz parte da Lei de Incentivos Fiscais, que foi regulamentada e publicada nesta quarta-feira (8) no Diário Oficial. Com o atrativo para os negócios, a expectativa é que 5 mil novos empregos com carteira assinada sejam gerados.

De acordo com o decreto 22.166, as empresas que se enquadrarem terão direito à isenção de Imposto Predial Territorial Urbano (IPTU), Imposto sobre Transmissão de Bens Imóveis (ITBI) e do Imposto Sobre Serviços de Qualquer Natureza (ISSQN) da construção civil.

Além disso, contarão com uma redução de 5% para 2% do ISSQN. “A ação faz parte do Programa de Ativação Econômica e Social (Paes), que prevê R$ 4 bilhões em investimentos e a geração de mais de 20 mil empregos no Município”, ressaltou a prefeitura.

A regra já começou a valer nesta quarta-feira (9), e inclui o fato de que as companhias farão contribuições para fundos municipais – contrapartida social que não existia antes.

A Lei havia sido aprovada na Câmara de Vereadores e sancionada pelo prefeito no fim de 2021.

Quem pode se beneficiar

  • Indústrias
  • Centros de distribuição
  • Unidades de logística e serviços
  • Call centers e empresas de informática das áreas de tecnologia da informação e de comunicações
  • A lei vale para novas empresas e também para as já instaladas em Campinas e que pretendam expandir sua produtividade.
  • Investimento mínimo: varia de acordo com o segmento Indústria: R$ 15 milhões Prestadores de serviços: R$ 8 milhões Centros de Distribuição, Logística e Call Center: R$ 4,2 milhões

 

“Não se consideram instalação ou expansão a incorporação, a transformação, a fusão ou qualquer reestruturação societária de empresas, inclusive a entrada e a saída de sócios”, esclarece o texto da Lei.

O tempo de duração do benefício será definido de acordo com o projeto apresentado e a pontuação alcançada pela empresa. Para projetos maiores, um tempo maior de duração.

“Serão levados em consideração os seguintes critérios: valor do investimento, geração de postos de trabalho, receita de prestação de serviços e valor adicionado fiscal gerado”, esclareceu a administração municipal.

Antes da Lei, os incentivos fiscais podiam ser fixos ou escalonados, por um prazo de até 10 anos.

Com pedido de relicitação em curso, Riogaleão cresce 18% na importação no acumulado até maio

Em processo de relicitação em curso, o RIOgaleão, – que opera o Aeroporto Internacional Tom Jobim (GIG) e apresentou às autoridades federais no início de 2022 o pedido de relicitação da concessão aeroportuária – cresceu 18% nas operações de importação de janeiro a maio deste ano.

Nos 5 primeiros meses de 2022, chegaram aos terminais cariocas 12.289 toneladas de carga, contra 10.241 toneladas processadas no mesmo período do ano passado.

A empresa divulgou que os principais mercados de importação, no período, foram oil & gas e transporte aéreo, além das indústrias farmacêutica e química. Cada um destes segmentos apresenta características de cargas diferenciadas, que demandam tratativas de armazenamento e movimentação também específicas.

Uma vez aprovada a relicitação, seguindo a legislação vigente, uma outra concessionária ficará definida em novo leilão que será lançado pelo governo federal. Até o final desse processo, o RIOgaleão permanecerá responsável pela operação do aeroporto.

Exportações da BorgWarner para a AL crescem 55%

A BorgWarner registrou vendas de turbocompressores e embreagens na América Latina 42% maiores no segmento de reposição em 2021, na comparação com o volume vendido em 2020.

Por meio de comunicado, a empresa afirmou que o porcentual foi alavancado pelo crescimento de 55% das exportações para países da América Latina, atendidos pela equipe brasileira, e 37% de crescimento nas vendas no mercado interno. Em 2021, 30% das vendas vieram de demandas da região e 70% do mercado brasileiro.

“Nosso crescimento representa a expansão do mercado e a qualidade que nossas peças estão entregando aos nossos clientes e consumidores”, disse Guilherme Soares, diretor de aftermarket da BorgWarner Emissions, Thermal and Turbo Systems no Brasil.

Turbo puxa vendas da BorgWarner – Do crescimento de 42% nas vendas da BorgWarner em 2021, 69% é atribuido às vendas de turbocompressores e 31% é de produtos da linha Thermal, que engloba oferta de embreagens e ventiladores.

Nos últimos meses a empresa tratou de expandir sua oferta nos setores agrícola e de mineração. Além disso, seguiu a companhia em comunicado, o cenário incerto da pandemia fez com que os frotistas de caminhões e ônibus optassem por formas de se reduzir o consumo de combustível, uma das características da aplicação do turbo em motores.

Este ano a BorgWarner espera registrar um crescimento em vendas semelhante ao de 2021. Também espera expandir negócios nos estados brasileiros e, também, aumentar o volume de exportações para países da América Latina.

Fonte: https://automotivebusiness.com.br

Volkswagen e Bosch fecham parceria para trabalhar em motores

A Volkswagen do Brasil e a Bosch assinaram memorando de entendimento para desenvolver projetos relacionados a sistemas de motorização e assistência ao condutor. Essas iniciativas buscarão desenvolver em conjunto soluções customizadas para mercados emergentes, que favoreçam a descarbonização e a eficiência energética na mobilidade, assim como a segurança no trânsito.

Pablo Di Si (à direita na foto), chairman executivo da Volkswagen América Latina, e Gastón Diaz Perez (à esquerda na foto), CEO e presidente da Robert Bosch América Latina, participaram de evento realizado na sede da Bosch, em Campinas (SP), para formalizar a parceria.

Híbridos estão nos planos da Volkswagen e da Bosch – Segundo comunicado enviado à imprensa, os projetos contemplados no acordo abrangem motores de combustão interna movidos a biocombustível, redução de emissões de poluentes e soluções elétricas híbridas. Além disso, a colaboração visa fomentar o uso de biocombustíveis por meio da conectividade.

Do ponto de vista de segurança e assistência ao condutor, a parceria terá enfoque na otimização de sensores e na identificação de características próprias dos cenários de trânsito sul-americanos para sistemas de assistência à condução, além de adequações do sistema de frenagem para possibilitar recuperação de energia e economia de combustível.

“Estamos imersos e focados em trazer para a VW projetos que contribuam para nossa estratégia Way To Zero na região, em todas as esferas de atuação da empresa”, destacou Pablo Di Si. “Esta parceria vem ao encontro do nosso propósito ‘Tecnologia para a vida’, tornando a mobilidade mais limpa, econômica, segura e conectada”, declarou Gastón Diaz Perez.

Globalmente, em janeiro, a Volkswagen e a Bosch formaram uma joint-venture para produção de células de baterias de veículos elétricos.

Fonte: https://www.automotivebusiness.com.br

 

Mercado se une contra insegurança jurídica de contratos de carga aérea em Viracopos

Empresas pedem olhar urgente para o setor, responsável por 70% do faturamento do aeroporto campineiro. Investimentos podem atrasar 5 anos.

Em 2022 ABV completa 10 anos desde que assumiu a gestão de Viracopos em 2012 – Início da concessão: 11/07/2012 – e segue com excelência em suas operações. Nesta semana, Viracopos foi eleito o 10º melhor aeroporto do mundo em pesquisa internacional. Na edição anunciada, o ranking da organização alemã AirHelp avaliou os 132 aeroportos mais conhecidos e mais utilizados do mundo.

Em março, o aeroporto campineiro também já havia recebido mais uma vez o prêmio “Aviação + Brasil 2022”. A premiação, realizada pelo Ministério da Infraestrutura (MInfra), por meio da Secretaria Nacional de Aviação Civil, e da Comissão Nacional de Autoridades Aeroportuárias (Conaero), reconheceu os melhores aeroportos e empresas aéreas brasileiras de acordo com os passageiros.

Mas, em tempos de relicitação, é para o setor de carga aérea – responsável por 70% do faturamento de Viracopos – que as atenções se voltam neste momento. O aeroporto projeta uma receita de R$ 1,4 bi em 2022 e a carga aérea é vital para se atingir este objetivo.

Os serviços dos terminais cargueiros seguem, igualmente, com excelência e premiações, mesmo diante de seguidos recordes e aumentos operacionais expressivos na movimentação de importação e exportação. Viracopos foi eleito o Melhor Aeroporto de Carga do Mundo no Air Cargo Excellence Awards ainda 2018, na categoria até 400 mil toneladas/ano, mas tem figurado nos últimos anos no pódio da premiação. Além disso, Viracopos possui a certificação CEIV Pharma (Center of Excellence for Independent Validators in Pharmaceutical Logistics), emitida pela IATA (International Air Transport Association), de excelência na logística de produtos farmacêuticos

Todavia, aspectos administrativos da relicitação em curso podem atingir em cheio as empresas que operam em Viracopos.

Isto porque, para realizar suas operações no terminal de cargas, empresas que prestam serviços logísticos precisam estabelecer contratos de serviços com a concessionária. Em ano de relicitação, a ANAC determinou que os contratos não poderão ser renovados com prazos superiores a 1 ano.

“Os prazos exigidos pela ANAC engessam nossas ações. Algo tem que ser feito. Após 16 de julho próximo, não podemos assinar mais nenhum documento e a projeção, ao meu ver até otimista da ANAC, é para assinatura com o novo concessionário na relicitação, em abril de 2023”. O depoimento é de Gustavo Müsnich, presidente da ABV (Aeroportos Brasil Viracopos), que ocupa o principal cargo da empresa desde 2015.

Se por um lado, temos o mercado reaquecido e aumentando seus volumes, gerando assim a necessidade de maiores espaços para operar e armazenar as cargas, por outro, as empresas, que relutam em investir.

Associados da ABRAEC – Associação Brasileira das Empresas de Transporte Internacional Expresso de Cargas – também revelam grande preocupação com as operações em um futuro próximo. Segundo Vagner Battaglioli, diretor executivo da instituição, importantes investimentos estão paralisados em função da insegurança em estabelecer contratos de curto prazo. “Apenas uma das empresas associadas tinha a previsão de investir cerca de R$ 20 milhões em 2021, mas que em função deste cenário, mudou sua estratégia”, lembrou Battaglioli.

Além da insegurança jurídica, há também o fato de que o tempo de transição da gestão da concessão será um período de pouco avanço nos negócios. “Dessa forma, os impasses da relicitação podem atrasar os investimentos em aproximadamente 5 anos”, concluiu Battaglioli.

Outras preocupações – Não menos importantes, a pauta da relicitação também traz outras questões, como por exemplo, o modelo de cobrança de armazenagem das cargas. Na avaliação de Elson Isayama, Presidente do SINDASP – Sindicato dos Despachantes Aduaneiros de São Paulo – a questão fundamental neste momento está na indefinição sobre quando finalizará a relicitação. “No tocante à carga área, precisamos conhecer o modelo de cobrança de armazenagem que será aplicado e, obviamente, os interessados no certame para se dar qualidade aos serviços no local.

Segundo ainda Isayama, o mercado está atento aos desafios do próximo concessionário para continuar atraindo cargas e superando as expectativas do setor. “Importante a continuidade nos investimentos para que o setor de cargas continue em expansão, busque atrair novas cias aéreas de passageiro para que tenhamos a “barriga da aeronave” e novas origens e destinos, além, é claro, do alinhamento com as melhores práticas do comercio exterior global, onde os aeroportos serão pontos de passagem e, por isso, a necessidade de ajuste das tarifas de armazenagem”, finaliza Isayama.

Colaboração: Ana Miaço