Aeroporto de Guarulhos tem queda de 17% na exportação em agosto, em terceiro pior mês do ano

O Terminal de Carga do aeroporto internacional de São Paulo, em Guarulhos, movimentou 13.478 toneladas de carga para exportação em agosto, contra 16.188 toneladas que chegaram ao aeroporto do exterior, no mês anterior. A movimentação em agosto, neste setor, foi a terceira pior do ano, ficando na frente apenas dos meses de janeiro e fevereiro, tradicionalmente de pouca movimentação.

A importação atingiu 14.152 toneladas, em segundo maior movimento mensal no ano, também no mês de agosto. Esta movimentação somente não superou o mês anterior, quando deixaram o país com destino ao exterior 14.308 toneladas.

No início de agosto a GRU Airport, Concessionária que administra o Aeroporto Internacional de São Paulo, em Guarulhos, e a Tri-Star, iniciaram as operações de um novo armazém alfandegado destinado à exportação de cargas aéreas. Com investimento de R$ 3 milhões, o projeto é inédito no país por reunir todo processo aduaneiro dentro do mesmo local, permite aumentar em até 35% a capacidade de recebimento de cargas para exportação, armazenamento, prestação de serviços e paletização.

Coberto por uma área TOTAL de 99 mil m², o TECA GRU movimenta produtos de diversos segmentos, entre eles eletrônico, farmacêutico, têxtil, alimentos, peças e acessórios automotivos. Além disso, sua localização em Guarulhos favorece o acesso a importantes rodovias que ligam o aeroporto a todo o país, e a oferta de voos diários, garante maior eficiência e agilidade no transporte da carga.

Empresa quer construir terminal intermodal em Santo André

O Ministério da Infraestrutura divulgou que recebeu mais pedidos protocolados por investidores interessados em construir e operar os trechos ferroviários, entre eles a Fazenda Campo Grande.

A empresa quer autorização para implantar um terminal intermodal em Santo André, na Região Metropolitana de São Paulo, com sete quilômetros de extensão e investimento de R$ 322 milhões. É a segunda short line (segmento de menor extensão) prevista para o estado: outra, com oito quilômetros e R$ 100 milhões de investimentos previstos, foi proposta pela VLI, entre Perequê e o Terminal Integrador Portuário Luiz Antônio Mesquita (TIPLAM), no Porto de Santos (SP).

De acordo com a pasta, são 13 projetos que representam R$ 67 bilhões de investimentos e 4,2 mil quilômetros de novos trilhos dentro do Setembro Ferroviário. Os pedidos estão sendo analisados pela equipe da Secretaria Nacional de Transportes Terrestres (SNTT) sob a luz do Medida Provisória 1.065/2021.

Projetos:

  • Água Boa/MT – Lucas do Rio Verde/MT: 557 km de extensão;
  • Uberlândia/MG – Chaveslândia/MG: 235 km de extensão;
  • Estreito/MA – Balsas/MA: 245 km de extensão;
  • Shortline entre Perequê/SP – TIPLAN/Porto de Santos/SP: 8 km de extensão;
  • Maracaju/MS – Dourados/MS: 76 km de extensão;
  • Guarapuava/PR – Paranaguá/PR: 405 km de extensão;
  • Cascavel/PR – Foz do Iguaçu/PR: 166 km de extensão;
  • Cascavel/PR a Chapecó /SC: 286 km de extensão;
  • Açailândia/MA – Alcântara/MA: 520 km de extensão;
  • São Mateus/ES – Ipatinga/MG: 420 km de extensão;
  • Suape/PE – Curral Novo/PI: 717 km de extensão;
  • Terminal Intermodal em Santo André: 7 km de extensão;
  • Presidente Kennedy (ES) – Conceição do Mato Dentro/Sete Lagoas (MG): 610 km de extensão.

General Motors retoma produção em dois turnos em todas as Fábricas no Brasil

A GM (General Motors) anunciou ontem que vai retomar a produção normal de veículos na fábrica de São Caetano na segunda-feira e em Gravataí, no Rio Grande do sul) no dia 4 de outubro, com o retorno do segundo turno de trabalho nas duas unidades. Com isso, a empresa reforça a produção com cerca de 1.800 trabalhadores que foram colocados em férias coletivas a partir do dia 30 de agosto e projeta recuperar ao menos parte dos cerca de 200 mil veículos que deixou de produzir no período em que as unidades ficaram fechadas por falta de semicondutores.

“O campeão voltou”, disse o novo presidente da GM na América do Sul e Brasil, Santiago Chamorro, na manhã de ontem, em sua primeira conversa com grupo de jornalistas brasileiros após assumir o cargo, em 31 de agosto. Ele ainda está nos Estados Unidos, preparando a volta ao País, e fez o anúncio on-line.

“Nos preparamos para este momento e faremos de tudo o que está ao nosso alcancepara atender à demanda dos clientes, ao mesmo tempo em que mantemos nosso foco na sustentabilidade do negócio na região”, afirmou Chamorro. “Este é um momento muito importante para funcionários, sindicatos, fornecedores, concessionários e consumidores”, completou.

O executivo presidiu a filial brasileira entre 2013 e 2016, e ocupava, na sede da matriz em Detroit, o posto de vice-presidente da divisão global de serviços conectados antes de ser escolhido para voltar ao Brasil e suceder Carlos Zarlenga, que assumiu a operação no Brasil em 2016. Ele deixou a companhia em 2019, após cerca de três anos no comando, que incluiu a presidência Mercosul (a partir de 2017) e depois para nove países sul-americanos (Brasil, Argentina, Chile, Colômbia, Equador, Peru, Bolívia, Paraguai e Uruguai).

A fábrica de Gravataí, onde é produzido o Onix, ficou quase dois meses paralisada em razão da falta de chips, problema que atinge montadoras de todo o mundo. A de São Caetano, que produz Tracker, Spin e Onix Joy, suspendeu a produção por mais de dois meses, período em que também realizou obras para o início da produção da nova Montana, em 2022.

Volatilidade – Chamorro disse que os problemas de suprimento de semicondutores e outros componentes prosseguem, mas o grupo trabalha para administrar a volatilidade de abastecimento da melhor forma possível. “Há um trabalho gigantesco, de forma global, para redesenhar nossa manufatura de produtos e a cadeia de logística de suprimentos”, afirmou o executivo.

O objetivo é tentar depender menos de poucos fornecedores concentrados na Ásia. A partir das próximas duas semanas, as três fábricas de automóveis da marca no País estarão trabalhando em dois turnos — a de São José dos Campos, no Vale do Paraíba (SP), onde são feitos a picape S10 e o SUV Trailblazer já operava nessas condições. Só com a operação em um turno nas unidades do Rio grande do Sul e do Interior paulista, a partir de meados de agosto, a marca já conseguiu alcançar 12% de participação nas vendas de automóveis e comerciais leves neste mês (até terça-feira,21), informa Chamorro. Nos últimos meses, a fatia estava na casa dos 7%, já que o Onix era o carro mais vendido da marca e campeão de vendas no País por vários anos.

“A retomada da produção mais acelerada a partir de agora é um bom momento para ampliar nossos esforços para criar na região um negócio auto sustentável”, afirmou o executivo colombiano. A GM registra prejuízos na América Latina há vários anos seguidos.

Apesar dos percalços, a GM segue mantém o projeto de investimentos. São R$ 10 bilhões que estão sendo destinados ao desenvolvimento de novos produtos, como a Nova Montana, e à modernização das fábricas da empresa no Estado de São Paulo. “Esses investimentos vão alavancar a nossa estratégia de crescimento para os próximos anos no Brasil e na América do Sul, com novas tecnologias e produtos que vão contribuir para melhorar a rentabilidade e garantir um futuro sustentável para o negócio”, declarou Chamorro.

Fonte: Diário do Grande ABC – https://www.dgabc.com.br

Toyota conclui mudança do ABC para Sorocaba

A Toyota concluiu na última segunda-feira, 20, a mudança do seu quadro administrativo da unidade de São Bernardo do Campo (SP) para uma nova edificação construída em Sorocaba (SP), no mesmo terreno onde a companhia mantém a produção dos modelos Corolla Cross, Yaris e unidades do compacto Etios para exportação. Ao todo 400 funcionários passam a realizar atividades no novo prédio.

Foram transferidas para Sorocaba as áreas de marketing, recursos humanos, comercial, compras, financeira e jurídica. A área construída, com 6,2 mil metros quadrados, abriga também centro de visitas, auditório, área de pesquisa e desenvolvimento e um centro de treinamento específico para receber membros da rede de concessionários.

O prédio onde funcionavam essas áreas no ABC Paulista foi desativado e será vendido, informou a companhia. A parte da unidade onde são produzidas peças, onde está a forjaria e o laboratório de motores seguem em operação no local.

O anúncio da mudança foi feito em 2020. A planta de São Bernardo do Campo é a mais antiga unidade Toyota fora do Japão, inaugurada em 1962. Ali foi produzido o icônico utilitário 4×4 Bandeirante, que teve a fabricação encerrada em 2001, após 103,7 mil unidades saírem das linhas da unidade.

A unidade de Sorocaba passará a operar em três turnos a partir de janeiro do ano que vem, estimulada principalmente pelo bom desempenho nas vendas do Corolla Cross, que é exportado para 22 países da América Latina.

A medida causou certa surpresa, pois a mesma planta vem de um período de paralisação total das atividades: a unidade precisou conceder férias coletivas entre 18 e 27 de agosto por falta de semicondutores para a montagem dos veículos.

Com a decisão de funcionar 24 horas por dia, a capacidade produtiva da linha de montagem vai crescer em 25%, o que deverá aumentar seu volume anual dos atuais 122 mil veículos para 152 mil.

Serão contratados 450 trabalhadores para atuar unidade e cerca de 50 colaboradores que serão distribuídos em outras unidades da Toyota no Brasil.

Fonte: https://www.automotivebusiness.com.br

 

Exportadores do agro e governo discutem apagão portuário

Exportadores do agronegócio e da Frente Parlamentar da Agropecuária (FPA) reuniram-se com o governo federal ontem (22/9) em Brasília para debater soluções para os gargalos no comércio marítimo, que têm afetado a competitividade do setor.

O encontro foi com o secretário de Desenvolvimento da Infraestrutura do Ministério da Economia, Gustavo Ene, e outros membros da Pasta. Desde o fim de agosto, havia uma insatisfação dos exportadores com a falta de diálogo com o governo.

Segundo o Conselho dos Exportadores de Café do Brasil (Cecafé), a reunião teve como objetivo sinalizar os impactos econômicos e sociais que os entraves logísticos têm causado ao país e buscar soluções, em sinergia com o governo federal, para mitigar a crise emergencial e encontrar caminhos para os médio e longo prazos