Indústria farmacêutica tem novo líder com quase 9% de share

Lançamentos tornam Hypera Pharma líder da indústria farmacêutica. Com 450 novos produtos nos últimos cinco anos e R$ 420 milhões empenhados em P&D, a Hyper Pharma apresentou a projeção de R$ 7,4 bilhões de faturamento para o ano e já celebra a primeira posição no ranking setorial. Agora, prevê reforçar a operação de medicamentos de especialidades e mira inovações como o canabidiol.

Essa receita representa exatamente um incremento de 100% em relação às vendas de 2018, quando os lançamentos movimentaram R$ 232 milhões. Após a ampliação de 128% do aporte em inovação, o faturamento com novos produtos subiu para R$ 1,54 bilhão e foi determinante para elevar em dois pontos percentuais o market share da companhia no período – hoje na casa dos 8,7%.

Os indicadores foram apresentados durante o HypeDay, evento híbrido destinado a investidores, stakeholders e players do mercado financeiro. “Conseguimos solidificar nossa estrutura de governança, por meio de medidas como a formação do conselho fiscal totalmente independente, e uma cultura calcada na diversidade de segmentos de negócios e de pessoas”, pontua o CEO Breno Oliveira.

Sindusfarma anuncia os melhores fornecedores da indústria farmacêutica

Os melhores fornecedores e prestadores de serviço da indústria farmacêutica, em 25 categorias, receberam o Prêmio Sindusfarma de Qualidade na noite da última terça-feira (30), em cerimônia realizada no Teatro Santander, em São Paulo.

A dupla Carolina Thomeu e Maurício Mendes apresentou o evento, que terminou com show da banda Blitz.

O prêmio reconhece os melhores atuantes do setor farmacêutico nas categorias: Material de embalagem, Matéria prima, Prestadores de Serviços Máquinas e Equipamentos, Instrumentos e Serviços de Controle de Qualidade.

Na prestação de serviços, importante destacar pelo segundo ano seguido, o prêmio da Libraport como Armazém de medicamentos alfandegados de zona secundária.

Confira os vencedores do 26º Prêmio Sindusfarma de Qualidade:

 

26º Prêmio Sindusfarma de Qualidade – VENCEDORES
Material de Embalagem
Embalagens primárias, bisnagas e acessórios BD
Bulas Centralpack Embalagens
Rótulos CCL
Embalagens de transporte Grupo Penha
Cartuchos e displays Gráfica e Editora Sarapuí
Filmes plásticos para blister Novaprint
Laminados de alumínio Centralpack Embalagens
Matéria-Prima
Fabricantes de matérias-primas Colorcon do Brasil
Importadores de matérias-primas Merck
Prestadores de Serviços
Armazenagem e distribuição de medicamentos Ativa Distribuição e Logística
Terceirização de produção e embalagem Eurofarma
Transporte de medicamentos Ativa Distribuição e Logística
Prestação de serviços para produção Merck
Prestação de serviços para controle de qualidade T&E Analítica
Despachos aduaneiros e comércio exterior DMS Logistics
Armazenagem de medicamentos em recintos alfandegados de zona secundária Libraport
Soluções ativas para cadeia fria Ativa Distribuição e Logística
Soluções passivas para cadeia fria Grupo Polar
Consultoria jurídica-regulatória Spektra
Máquinas e Equipamentos
Máquinas e equipamentos de fabricação Merck
Soluções para serialização e rastreabilidade T2 Software
Materiais, Equipamentos, Instrumentos e Serviços de Controle de Qualidade
Terceirização de ensaios e análises T&E Analítica
Materiais de laboratório (Padrões, Solventes, Reagente e Vidrarias) LAS
Equipamentos de laboratório Agilent Technologies
Projetos e instalações (Projeto de Controle de Qualidade, Produção e Engenharia) Nordika
   

Indústria farmacêutica da Índia desembarca no Brasil

A indústria farmacêutica da Índia quer estreitar laços com o mercado brasileiro e tem o patrocínio do governo local. No início de agosto, uma delegação empresarial desembarcou em São Paulo com representantes de cerca de 50 laboratórios.

A missão foi conduzida pelo Conselho de Promoção de Exportação de Produtos Farmacêuticos da Índia (Pharmexcil), vinculado ao Ministério do Comércio e Indústria em parceria com a Embaixada da Índia no Brasil.

A delegação reuniu fabricantes de formulações de dosagem acabada (FDFs), medicamentos biológicos e insumos farmacêuticos. Além de prospectar oportunidades para ampliar o fluxo de exportações, a indústria farmacêutica da Índia mira investimentos em manufatura e joint ventures com o mercado brasileiro.

Motivações da indústria farmacêutica da Índia – Em entrevista ao portal Poder 360, o embaixador indiano no Brasil, Suresh Reddy destacou a Covid-19 e o tamanho das populações dos dois países como estímulos para reforçar esse intercâmbio.

“Se você olhar os últimos 20 anos, o número de epidemias tem aumentado rapidamente. Ainda nem terminamos com a Covid e já temos a varíola dos macacos. E não sabemos o que virá nos próximos seis meses ou um ano. Isso aumenta a necessidade de cooperarmos na área”, ressaltou.

“Com o e-commerce, vender para a Índia tornou-se muito mais fácil. No passado, você precisava ir aos locais. Hoje, não mais. Temos as plataformas digitais. Temos 600 milhões de pessoas usando a internet na Índia e mais de 900 milhões de smartphones ativos. Esse é o tamanho do mercado que o Brasil pode penetrar. E eu digo exatamente o mesmo para os meus pares indianos. Olhem para o Brasil”, acrescentou.

Referência na indústria farmacêutica global – Com exportações globais que somam US$ 24,4 bilhões, a Índia é o terceiro maior mercado farmacêutico do mundo, atrás somente de Estados Unidos e China. O país é base de quatro das dez maiores fabricantes de genéricos do mundo, além de responder por 90% dos IFAs para vacinas contra o sarampo

De acordo com o relatório Impacto da Índia na Indústria Farmacêutica, os principais motores para o crescimento contínuo da indústria farmacêutica local residem no esforço doméstico de produção de ingredientes farmacêuticos ativos (IFAs) e no aumento consistente de investimentos em pesquisa e desenvolvimento (P&D) para tratamentos inovadores.

Fonte: Redação Panorama Farmacêutico

Antes apenas polo exportador, Empresa de Guarulhos cresce e é a maior fábrica do mundo que produz lixas

A Saint-Gobain Abrasivos, líder no mercado de lixas abrasivas, realizou no dia 9 de agosto, um evento que marcou a reinauguração da unidade de Macedo, localizada em Guarulhos, na Grande São Paulo. Lá onde um maker (máquina usada na fabricação de lixas) foi implantado.

Para realizar as melhorias nesta unidade que tem cerca de 45 mil m² e atualmente emprega 200 funcionários diretos e 200 indiretos, e na planta de Cumbica, a Saint-Gobain Abrasivos investiu cerca de R$ 40 milhões. Os investimentos devem dobrar a capacidade de produção da unidade.

“Os principais objetivos desta melhoria são melhorar as condições de trabalho, garantir mais segurança aos nossos colaboradores e aumentar a capacidade produtiva. Este novo investimento é uma prova tangível do empenho e determinação da Saint-Gobain Abrasivos em continuar a crescer no Brasil e na América Latina”, comenta Stéphane Artaud, vice-presidente da Saint-Gobain Abrasivos na América do Sul.

A chegada do maker à Macedo proporciona melhor desempenho, inovação e agilidade na produção. “Nossa meta é garantir operações seguras, sustentáveis e ser uma referência mundial na qualidade de lixas técnicas e lixas à base d’água”, diz Stéphane Artaud.

“A história do nosso negócio na América do Sul é profundamente enraizada a Guarulhos. Esta fábrica foi inaugurada em 1962, já abrigou a sede da companhia, passou a ser um polo de exportação de abrasivos para América do Sul e Central e hoje é a maior fábrica do mundo que produz lixas da marca Saint-Gobain”, finaliza o vice-presidente.

fonte: https://ipesi.com.br

O Cobre Chileno

Por Ricardo Drago – Presidente AGESBEC

 O Chile vive como outros países do continente sul-americano uma reorganização social, política e econômica.

Com uma economia fortemente voltada a extração mineral principalmente pelo cobre, famosa pela produção de vinhos, sem uma indústria de base e com forte fluxo de importação de bens e consumos já foi uma das economias mais sólidas do cone sul, mantendo por anos o maior índice de renda per capta do continente.

 

POLÍTICA

Entre transições de governos de direita e esquerda, tem mantido o equilíbrio do jogo político na divisão de momentos e que agora com um governo mais liberal e de esquerda tentou aprovar uma nova alteração da constituição que foi negada com base no referendo.

 

ECONOMIA

A economia chilena amarga os piores resultados das últimas décadas.

A reboque de todas as economias globais a inflação atingiu em junho 12,5% no acumulado em 12 meses, o maior valor desde 1994.

O peso chileno sofre grande desvalorização frente ao dólar, sendo a primeira vez na história que a marca dos mil pesos foi ultrapassada. Por trás desse cenário, especialistas apontam uma combinação de fatores domésticos e externos que agravaram o quadro inflacionário do país, indo desde a alta global dos combustíveis até uma incerteza política.

 

CAUSAS

A situação da economia do Chile, é uma combinação de exterior e interior, mas sem dúvida há um grande componente doméstico nessa inflação, o superaquecimento da economia chilena, com um forte crescimento do (PIB), refletindo estímulos fiscais “exagerados” concedidos pelo governo durante a pandemia, além da pressão de demanda, destacando um quadro de incerteza política e institucional no país, que começou em 2019, onde os chilenos foram às ruas demandando melhores condições de vida e uma nova Constituição, que fez o então presidente Piñera, convocar um referendo que aprovou a criação de uma Assembleia Constituinte. Somadas às incertezas quanto a aprovação da Constituição, e uma insatisfação do mercado com o seu conteúdo  a transição entre Piñera, de centro-direita, para o atual presidente, Gabriel Boric de esquerda com uma agenda de “profundas mudanças”, pretende aprovar uma proposta de aumento de carga tributária para financiar uma “agenda ambiciosa de gastos”, o que não foi bem recebido por investidores.

O cenário impacta diretamente no câmbio, com aumento de percepção de risco e desvalorização do peso, o que também piora a inflação, que com a forte queda nos preços do cobre (principal produto de exportação do Chile), o que desvalorizou a moeda, além das críticas do mercado à atuação do banco central chileno, com uma alta de juros menor que o esperado, o peso chileno despencou, e a autarquia precisou intervir no mercado de câmbio em meio à saída de capital estrangeiro, injetando dólares no mercado para conter a alta da moeda. A taxa chilena iniciou o ciclo de alta em 0,5% ao ano. Hoje, está em 9,75%, maior nível em 24 anos.

 

PERSPECTIVAS – Uma evolução positiva da taxa de câmbio aliviaria a situação atual do Chile, já que a transmissão de desvalorizações da moeda nos preços é elevada pelo forte volume de importações. Em um cenário de preços de custos altos pelo câmbio e demanda superaquecida, a inflação tende a não cair rapidamente sem que o BC atue de maneira a equilibrar o consumo, uma vez que não tem fraqueza de reservas internacionais, então pode se dar ao luxo de acomodar esse ajuste do câmbio reduzindo reservas, mas a política monetária precisa fazer o que tem que ser feito, tudo para que não se prolongue essa agonia e incerteza sobre o país.